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Gelo marinho no inverno de 2022 no artico éo 10º mais baixo já registrado
A extensão do inverno deste ano éa 10ª mais baixa no registro de satanãlite mantido pelo National Snow and Ice Data Center, um dos Centros de Arquivos Ativos Distribua­dos da NASA.
Por Roberto Molar-Candanosa - 20/03/2022


Esta imagem mostra a concentração média de gelo marinho do artico em 25 de fevereiro de 2022. O contorno amarelo mostra a extensão média do gelo marinho para o maªs de mara§o, quando o gelo geralmente atinge sua extensão máxima, conforme observado por satanãlites de 1981 a 2010. A mediana éo valor manãdio. Ou seja, metade das extensaµes eram maiores que a linha e metade eram menores. Crédito: Joshua Stevens / NASA Earth Observatory

O gelo marinho do artico parecia ter atingido sua extensão máxima anual em 25 de fevereiro, depois de crescer durante o outono e o inverno. A extensão do inverno deste ano éa 10ª mais baixa no registro de satanãlite mantido pelo National Snow and Ice Data Center, um dos Centros de Arquivos Ativos Distribua­dos da NASA.

A extensão do gelo marinho do artico atingiu um pico de 5,75 milhões de milhas quadradas (14,88 milhões de quila´metros quadrados) e estãocerca de 297.300 milhas quadradas (770.000 quila´metros quadrados) abaixo da média máxima de 1981-2010 oso equivalente a perder uma área de gelo ligeiramente maior que o Texas e o Maine juntos. Este ma¡ximo empata com 2015 como o terceiro mais antigo registrado.

O gelo do mar aumenta e diminui com as estações a cada ano. No artico, atinge sua extensão máxima por volta de mara§o, depois de crescer nos meses mais frios, e encolhe atésua extensão ma­nima em setembro, após derreter nos meses mais quentes. No Hemisfanãrio Sul, o gelo marinho da Anta¡rtida segue um ciclo oposto.

Para estimar a extensão do gelo marinho, sensores de satanãlite coletam dados de gelo marinho que são processados ​​em imagens dia¡rias, cada canãlula da grade de imagem abrangendo uma área de aproximadamente 25 quila´metros por 25 quila´metros. Os cientistas usam essas imagens para estimar a extensão do oceano onde o gelo marinho cobre pelo menos 15% da a¡gua.

Desde que os satanãlites começam a rastrear de forma confia¡vel o gelo marinho em 1979, as extensaµes máximas no artico diminua­ram a um ritmo de cerca de 13% por década, com as extensaµes ma­nimas diminuindo em cerca de 2,7% por década. Essas tendaªncias estãoligadas ao aquecimento causado por atividades humanas, como a emissão de dia³xido de carbono , que retanãm o calor na atmosfera e faz com que as temperaturas subam. A análise da NASA também mostra que o artico estãoaquecendo cerca de três vezes mais rápido do que outras regiaµes.

Em fevereiro deste ano, o gelo marinho da Anta¡rtida caiu para uma extensão ma­nima recorde. Mas, ao contra¡rio do artico, esse gelo marinho apresentou altos e baixos irregulares principalmente por causa das caracteri­sticas geogra¡ficas que o cercam. Ventos e correntes oceânicas: especificamente ligadas ao Oceano Anta¡rtico e ao Oceano Anta¡rtico tem uma forte influaªncia na extensão do gelo marinho.

O gelo marinho no artico écercado por terra, enquanto o gelo marinho na Anta¡rtida écercado apenas pelo oceano e, portanto, pode se espalhar mais livremente. No geral, o registro do gelo marinho da Anta¡rtida mostra uma tendaªncia ou aumento ligeiramente ascendente, mas quase plano.

Os ganhos no gelo marinho da Anta¡rtida não são grandes o suficiente para compensar as perdas do artico. O gelo em ambas as regiaµes ajuda a regular as temperaturas globais. Mesmo que a Anta¡rtida ganhe na­veis de gelo marinho equilibrados globalmente, as perdas de gelo marinho do artico ainda podem contribuir para o aquecimento regional e global.

 

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