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A poluição sonora subaqua¡tica ameaça a vida marinha
A equipe de pesquisa do S3 descobriu que o sonar da marinha causou a interrupa§a£o do forrageamento em todas as quatro espanãcies de baleias estudadas osnariz-de-garrafa do norte, jubarte, cachalote e baleia-piloto de barbatana longa osque...
Por Universidade de St Andrews - 23/03/2022


Crédito: Universidade de St Andrews

Um estudo inovador realizado por uma equipe de pesquisa europeia especializada, incluindo cientistas da Universidade de St Andrews, mostra que a poluição sonora submarina causada pelo homem écaptada pelas baleias de maneira semelhante a  percepção de predadores naturais, explicando por que algumas espanãcies são particularmente sensa­veis a perturbações.

O relatório, liderado por uma equipe de especialistas em ecologia comportamental, incluindo o professor Patrick Miller e o Dr. que suas respostas a sons de rua­dos artificiais, como sistemas de sonar militares, são moldadas pela forma como evolua­ram para responder a predadores naturais como orcas. Enquanto alguns ceta¡ceos podem lutar ou fugir de predadores quando pensam que estãosob ataque, o rua­do subaqua¡tico criado por humanos também estãofazendo com que eles parem de forragear e, portanto, se tornem mais vulnera¡veis, impactando seus ora§amentos de energia.

As descobertas fizeram parte de um projeto envolvendo colegas europeus, incluindo o oceana³grafo Dr. Frans-Peter Lam da Acoustics & Sonar no TNO na Holanda; Dr. Petter Kvadsheim, Cientista Principal em Sistemas de Sensores e Vigila¢ncia no Estabelecimento de Pesquisa de Defesa Norueguaªs; Charlotte Curéda Unidade de Pesquisa Conjunta em Acaºstica Ambiental em Cerema, Universidade Gustave Eiffel; e SMRU Ph.D. aluna Eilidh Siegal, como parte da equipe 3S (Mama­feros Marinhos, Sonar e Segurança).

A equipe de pesquisa do S3 descobriu que o sonar da marinha causou a interrupção do forrageamento em todas as quatro espanãcies de baleias estudadas osnariz-de-garrafa do norte, jubarte, cachalote e baleia-piloto de barbatana longa osque dependem de sinais acaºsticos para avaliar o risco de predação, bem como para encontrar comida em si.

O professor Miller, coautor principal do relatório com o Dr. Isojunno, disse: "O fato de que baleias e golfinhos podem ser afetados negativamente por sons de sonar chamou a atenção do paºblico devido a eventos de encalhe de alto perfil nos quais um grande número de baleias encalhado em associação com atividades militares de sonar.

“No ini­cio e meados dos anos 2000, vários grupos de pesquisa diferentes, incluindo nosso grupo 3S, autor deste trabalho mais recente, estabeleceram novos procedimentos para estudar diretamente como o comportamento de baleias de vida livre éafetado pela exposição a sons de sonar”.

Desde 2006, a equipe documentou as respostas comportamentais de seis espanãcies de ceta¡ceos da costa da Noruega, enquanto outras espanãcies foram estudadas por grupos de pesquisa que trabalham principalmente nos EUA.
 
Ele explicou que os dados do último estudo, obtidos nas a¡guas do artico ao redor da Noruega, mostram que quando mama­feros marinhos marcados com transmissores tempora¡rios foram tocados com sonar naval de 1–4 quilohertz ou sons de orcas, a quantidade de tempo que 43 baleias pertencentes a uma das quatro espanãcies gastas em busca de alimento diminuiu na mesma proporção.

Os dados variam entre as espanãcies com o nariz-de-garrafa do norte parando completamente o forrageamento, enquanto os cachalotes mostraram apenas uma redução de 50% no tempo de forrageamento.

O professor Miller acrescentou: "Como as atividades humanas afetam praticamente todos os habitats animais do planeta, a identificação de espanãcies em risco de perturbação éuma prioridade. Medir a redução nas atividades de alimentação intensa durante as reproduções de sons de orcas mostrou uma forte correlação entre as espanãcies perto de 1: 1 linha.

"Em nosso estudo, as respostas combinadas de sonar naval e reproduções de som de orcas predata³rias indicam que as baleias que são predadores e presas, mas dependem da audição para encontrar comida e detectar perigos, não ajustaram sua resposta a  ameaça aprendendo a diferenciar o rua­do que não representa um risco de predação daquele que representa.

"Efetivamente, eles estãotendo que escolher a vida durante o jantar quando ouvem uma ameaça potencial no mar. Esta éuma preocupação particular para os ceta¡ceos do artico, com orcas e humanos cada vez mais capazes de acessar as a¡guas do artico devido ao derretimento do gelo marinho. mama­feros marinhos usam cripse e voo para evitar serem vitimas de baleias assassinas e respostas semelhantes foram relatadas ao rua­do do quebra-gelo e armas de ar usadas na exploração de petra³leo e gás. aumento do número de predadores reais, bem como ameaa§as percebidas do aumento do rua­do humano no fundo do mar."

 

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