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Gene ligado a  audição em humanos também ligado ao toque em anaªmonas do mar
Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo vários pesquisadores em ciências biológicas da U of A, publicou um artigo que relata a descoberta de um gene de desenvolvimento ligado ao toque nos tenta¡culos de anaªmonas do mar...
Por Universidade do Arkansas - 01/04/2022


Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo vários pesquisadores em ciências biológicas da U of A, publicou um artigo que relata a descoberta de um gene de desenvolvimento ligado ao toque nos tenta¡culos de anaªmonas do mar, bem como a  audição em humanos. O gene, chamado pou-iv (pronuncia-se "pow four"), éimportante para o desenvolvimento de células auditivas no ouvido interno humano.

Uma imagem fluorescente do tenta¡culo da anaªmona.
Crédito: Universidade do Arkansas

Os cnida¡rios, que incluem a¡guas-vivas, corais e anaªmonas do mar , são os parentes vivos mais pra³ximos de animais com simetria bilateral, como humanos e outros invertebrados. Como tal, os cnida¡rios são aºteis para estudar a história evolutiva humana porque caracteri­sticas compartilhadas por animais bilaterais e cnida¡rios provavelmente estavam presentes em nosso último ancestral comum. Uma caracterí­stica digna de nota éo sistema nervoso , e tanto os bilatanãrios quanto os cnida¡rios usam conjuntos semelhantes de genes no desenvolvimento neural.

As células auditivas no ouvido interno dos vertebrados que captam vibrações para permitir a audição são chamadas de células ciliadas. Embora não sejam conhecidas por serem capazes de ouvir, as anaªmonas do mar tem células de aparaªncia semelhante em seus tenta¡culos ostambém chamadas de células ciliadas osque usam para sentir os movimentos de suas presas.

Nos mama­feros, o pou-iv énecessa¡rio para o desenvolvimento adequado das células ciliadas, e os camundongos que não possuem pou-iv são surdos. As anaªmonas do mar também tem um gene pou-iv, mas, antes do trabalho da equipe de pesquisa, ninguanãm havia examinado seu papel no desenvolvimento das células ciliadas das anaªmonas.

Os pesquisadores eliminaram o gene pou-iv em uma anaªmona do mar e descobriram que isso resultava no desenvolvimento anormal de células ciliadas tentaculares , removendo a resposta dos animais ao toque. Eles também descobriram que o pou-iv énecessa¡rio para ativar o gene da policistina 1 nas anaªmonas do mar, que énecessa¡rio para a detecção normal do fluxo de fluido pelas células renais dos vertebrados. Em conjunto, isso sugere que o pou-iv tem um papel muito antigo no desenvolvimento da sensação de toque que remonta pelo menos aténosso último ancestral comum com as anaªmonas do mar.

Os pesquisadores da U of A são afiliados ao Nakanishi Lab, supervisionados por um professor assistente de ciências biológicas Nagayasu Nakanishi, que recebeu recentemente um praªmio NSF CAREER por seu trabalho sobre a evolução do sistema nervoso. Ele éo autor correspondente do estudo.

“Este estudo éempolgante porque não apenas abriu um novo campo de pesquisa sobre como a mecanossensibilização se desenvolve e funciona em uma anaªmona do mar, que tem amplo potencial para descobertas novas e importantes (a serem relatadas no futuro)”, disse Nakanishi, “mas também nos informa que os blocos de construção do nosso sentido da audição tem raa­zes evolutivas antigas que remontam a centenas de milhões de anos no Pranã-Cambriano."

O artigo foi publicado no eLife.

 

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