EUA e UE são responsa¡veis ​​pela maioria dos danos ecola³gicos causados ​​pelo uso excessivo de matérias-primas
Entre 1970 e 2017, quase 2,5 trilhaµes de toneladas de materiais foram extraados globalmente, compaíses de alta e média renda usando a grande maioria desses recursos. Destes, 1,1 trilha£o de toneladas estavam acima do corredor sustenta¡vel.

Domanio paºblico
As nações de alta renda são responsa¡veis ​​por 74% do excesso global na extração de recursos no período 1970-2017, impulsionado principalmente pelos EUA e pelospaíses da Unia£o Europeia. Isso édemonstrado em um estudo internacional liderado por Jason Hickel, pesquisador do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Auta´noma de Barcelona (ICTA-UAB), que determina a responsabilidade nacional pela degradação ecola³gica calculando atéque ponto cada nação ultrapassou seu quinha£o de limites de uso sustenta¡vel de recursos.Â
Os impactos humanos nos processos do sistema terrestre estãoultrapassando várias fronteiras planeta¡rias, não apenas em termos de emissaµes de CO 2 emudanças climáticas , mas também emmudanças no uso da terra , perda de biodiversidade, poluição química e fluxos biogeoquamicos. Este colapso ecola³gico estãosendo causado em grande parte pela extração global de recursos , que aumentou rapidamente ao longo do último meio século e agora excede dramaticamente os naveis seguros e sustenta¡veis.Â
Estima-se que a economia mundial consuma mais de 90 bilhaµes de toneladas de materiais por ano, bem acima do que os ecologistas industriais consideram o limite sustenta¡vel. Â
Este novo estudo propaµe um novo manãtodo para determinar a responsabilidade nacional pela degradação ecola³gica. "Nem todas as nações são igualmente responsa¡veis ​​por essa tendaªncia; algumas nações usam substancialmente mais recursos per capita do que outras por meio de extração de materiais, produção, consumo e resíduos", explica o pesquisador do ICTA-UAB Jason Hickel. Â
Entre 1970 e 2017, quase 2,5 trilhaµes de toneladas de materiais foram extraados globalmente, compaíses de alta e média renda usando a grande maioria desses recursos. Destes, 1,1 trilha£o de toneladas estavam acima do corredor sustenta¡vel.  Â
O estudo mostra que ospaíses de alta renda (com 16% da população mundial) são responsa¡veis ​​por 74% do excesso de uso global de recursos no período 1970-2017, impulsionado principalmente pelos Estados Unidos (27%) epaíses de alta renda em a Unia£o Europeia (25%). A Espanha ocupa o 11º lugar na lista de 15países que ultrapassam o limite planetario sustenta¡vel de uso de matéria-prima. A Espanha éresponsável por 2% do excesso, atrás depaíses como Japa£o, Alemanha, Frana§a, Reino Unido, Canada¡ e Ita¡lia, entre outros. Â
A China, umpaís de renda média alta, ocupa o segundo lugar globalmente e éresponsável por 15% do uso global de material excedente. O restante do Sul Global (ou seja,países de baixa e média renda da Amanãrica Latina e Caribe, áfrica, Oriente Manãdio e asia) éresponsável por apenas 8%. Da mesma forma, 58países do Sul global, representando 3,6 bilhaµes de pessoas e incluindo a andia, permanecem dentro de naveis sustenta¡veis. Â
A pesquisa, publicada na revista Lancet Planetary Health , analisou a extração doméstica, bem como os materiais envolvidos nos fluxos comerciais globais de recursos como combustaveis fa³sseis , madeira, metais, minerais e biomassa, usando dados do painel internacional de recursos da ONU e ca¡lculos extrapolados .Â
A responsabilidade nacional mudou ao longo do período analisado. Embora o overshoot dos Estados Unidos tenha crescido consistentemente em termos absolutos, sua participação no overshoot global diminuiu gradualmente nas últimas duas décadas, uma tendaªncia semelhante para a Europa e outrospaíses de alta renda. Essa mudança se deve principalmente ao aumento do uso de recursos na China, que écomposto principalmente de materiais de construção. A superação da China começou apenas em 2001, mas cresceu rapidamente nos anos seguintes.Â
"Os resultados mostram que as nações ricas tem a esmagadora responsabilidade pelo colapso ecola³gico global e, portanto, tem uma davida ecola³gica com o resto do mundo", explica Jason Hickel, que enfatiza que "essas nações precisam assumir a liderana§a em fazer reduções radicais na seu uso de recursos para evitar mais degradação, o que provavelmente exigira¡ abordagens transformadoras de pa³s-crescimento e decrescimento".Â