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O que acontece quando as plantas tem reações de estresse ao toque
Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suanãcia, encontraram chaves genanãticas que explicam como as plantas respondem tão fortemente a esta­mulos meca¢nicos. Decifrar esse ca³digo pode ajudar a aumentar os rendimentos e melhorar a resistência...
Por Universidade de Lund - 23/05/2002


Olivier Van Aken e Essam Darwish. Crédito: Johan Joelsson

Um mistério genanãtico de 30 anos foi resolvido. Foi estabelecido anteriormente que o toque pode desencadear reações de estresse nas plantas. No entanto, os modelos moleculares para explicar esse processo tem sido bastante espartanos atéagora. Agora, pesquisadores da Universidade de Lund, na Suanãcia, encontraram chaves genanãticas que explicam como as plantas respondem tão fortemente a esta­mulos meca¢nicos. Decifrar esse ca³digo pode ajudar a aumentar os rendimentos e melhorar a resistência ao estresse nas culturas no futuro.

Quando vocêrega as plantas do seu jardim , elas reagem diretamente em umnívelbioqua­mico. Quando o fio de uma faca corta um talo de ruibarbo, milhares de genes são ativados e os horma´nios do estresse são liberados.

Ao contra¡rio dos humanos, as plantas não podem sentir dor, mas ainda reagem fortemente aos esta­mulos meca¢nicos do toque humano, animais famintos, vento e chuva, por exemplo. Esses fatores externos fazem com que o sistema de defesa molecular da planta seja ativado rapidamente, o que, por sua vez, pode contribuir para que as plantas se tornem mais resistentes e floresa§am mais tarde.

Embora o fena´meno seja conhecido desde Darwin, ainda hámuitos pontos de interrogação. Um novo estudo publicado na Science Advances examinou as complexas redes reguladoras que afetam como as defesas da planta são reforçadas por influaªncias externas.

"Expusemos o agria£o da planta a uma escovação suave, após o que milhares de genes foram ativados e os horma´nios do estresse foram liberados. Em seguida, usamos a triagem genanãtica para encontrar os genes responsa¡veis ​​por esse processo", explica Olivier Van Aken, pesquisador de biologia da Lund Universidade.

Estudos anteriores mostraram que o horma´nio vegetal a¡cido jasma´nico éum importante mediador na sinalização do toque. Tambanãm se sabe que o a¡cido jasma´nico éapenas parte da complexa rede de respostas sensa­veis ao toque da planta e que existem várias vias não identificadas que ainda não foram reveladas. Apa³s extenso trabalho de laboratório, os pesquisadores conseguiram identificar três novas protea­nas que desempenham um papel fundamental na resposta das plantas ao toque.

"Nossos resultados resolvem um mistério cienta­fico que iludiu os bia³logos moleculares do mundo por 30 anos. Identificamos uma via de sinalização completamente nova que controla a resposta de uma planta ao contato fa­sico e ao toque . Agora a busca por mais caminhos continua", diz Essam Darwish, pesquisador de biologia na Universidade de Lund.

Que possa­veis aplicações tera£o os novos resultados? Olivier Van Aken também estãoestudando uma tecnologia agra­cola japonesa centena¡ria que envolve pisotear gra£os durante a fase de crescimento, para obter colheitas mais abundantes. Os pesquisadores acreditam que hámuito conhecimento oculto sobre como os esta­mulos meca¢nicos podem levar a maiores rendimentos e melhor resistência ao estresse nas culturas. Conhecimento que a longo prazo pode mudar a agricultura moderna em sua essaªncia.

“Dadas as condições climáticas extremas e infecções por patógenos que asmudanças climáticas levam, éde extrema importa¢ncia encontrar novas maneiras ecologicamente responsa¡veis ​​de melhorar a produtividade e a resistência das culturas”, conclui Olivier Van Aken.

 

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