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Novo estudo explica como ampliar a estratanãgia para evitarmudanças climáticas catastra³ficas
um novo estudo conclui que uma estratanãgia que reduz simultaneamente as emissaµes de outros poluentes clima¡ticos amplamente negligenciados reduziria a taxa de aquecimento global pela metade e daria ao mundo uma chance
Por Universidade da Califórnia - San Diego - 24/05/2022


Doma­nio paºblico

Cortar as emissaµes de dia³xido de carbono, por si são, não pode impedir o aquecimento global catastra³fico. Mas um novo estudo conclui que uma estratanãgia que reduz simultaneamente as emissaµes de outros poluentes clima¡ticos amplamente negligenciados reduziria a taxa de aquecimento global pela metade e daria ao mundo uma chance de manter o clima seguro para a humanidade.

Publicado esta semana pela Proceedings of the National Academy of Sciences , o estudo éo primeiro a analisar a importa¢ncia de reduzir os poluentes clima¡ticos não-dia³xido de carbono em relação a  mera redução das emissaµes de combusta­veis fa³sseis , tanto no curto quanto no manãdio prazo. Confirma os temores crescentes de que o foco quase exclusivo atual no dia³xido de carbono não pode por si são impedir que as temperaturas globais ultrapassem 1,5 graus Celsius acima dos na­veis pré-industriais, a barreira internacionalmente aceita além da qual se espera que o clima mundial ultrapasse pontos de inflexa£o irreversa­veis .

De fato, essa descarbonização por si são dificilmente impediria que as temperaturas excedessem atémesmo o limite muito mais perigoso de 2 graus Celsius.

O estudo osrealizado por cientistas da Georgetown University, Texas A&M University, Scripps Institution of Oceanography da UC San Diego e outros osconclui que a adoção de uma estratanãgia dupla que reduz simultaneamente as emissaµes de dia³xido de carbono e de outros poluentes clima¡ticos reduziria a taxa de aquecimento. pela metade até2050, tornando muito mais prova¡vel que fique dentro desses limites.

Os poluentes não-dia³xido de carbono incluem metano, refrigerantes hidrofluorocarbonados, fuligem de carbono preta, poluição atmosfanãrica de oza´nio troposfanãrico, bem como a³xido nitroso. O estudo calcula que, juntos, esses poluentes atualmente contribuem quase tanto para o aquecimento global quanto o dia³xido de carbono. Como a maioria deles dura pouco tempo na atmosfera, corta¡-los retarda o aquecimento mais rápido do que qualquer outra estratanãgia de mitigação.

Atéagora, no entanto, a importa¢ncia desses poluentes não-dia³xido de carbono foi subestimada por cientistas e formuladores de políticas e amplamente negligenciada nos esforços para combater asmudanças climáticas.

Relata³rios recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Clima¡ticas concluem que cortar as emissaµes de combusta­veis fa³sseis osa principal fonte de dia³xido de carbono osdescarbonizando o sistema energanãtico e mudando para energia limpa , isoladamente, na verdade piora o aquecimento global no curto prazo. Isso porque a queima de combusta­veis fa³sseis também emite aerossãois de sulfato, que agem para resfriar o clima, e estes são reduzidos junto com o dia³xido de carbono quando se muda para energia limpa. Esses sulfatos de resfriamento caem da atmosfera rapidamente, em dias ou semanas, enquanto grande parte do dia³xido de carbono dura centenas de anos, levando ao aquecimento geral na primeira década ou duas.

O novo estudo explica esse efeito e conclui que focar exclusivamente na redução das emissaµes de combusta­veis fa³sseis pode resultar em “aquecimento fraco e de curto prazo”, o que poderia fazer com que as temperaturas excedessem onívelde 1,5 graus Celsius até2035 e onívelde 2 graus Celsius até2050. .

Em contraste, a estratanãgia dupla que simultaneamente reduz os poluentes não-dia³xido de carbono, especialmente os poluentes de vida curta, permitiria que o mundo ficasse bem abaixo do limite de 2 graus Celsius e melhoraria significativamente a chance de permanecer abaixo do guardrail de 1,5 graus Celsius .

De fato, um insight importante do estudo éa necessidade de que as políticas climáticas abordem todos os poluentes emitidos por fontes de combusta­veis fa³sseis, como usinas de carva£o e motores a diesel, em vez de considerar apenas o dia³xido de carbono ou o metano individualmente, como écomum.

Continuar a reduzir as emissaµes de dia³xido de carbono dos combusta­veis fa³sseis continua sendo vital, enfatiza o estudo, pois isso determinara¡ o destino do clima a longo prazo além de 2050. A eliminação gradual dos combusta­veis fa³sseis também éessencial porque eles produzem poluição do ar que mata mais de oito milhões de pessoas a cada ano e causa bilhaµes de da³lares em danos a s plantações.

Combater o dia³xido de carbono e os poluentes de curta duração ao mesmo tempo oferece a melhor e a única esperana§a de a humanidade chegar a 2050 sem desencadearmudanças climáticas irreversa­veis e potencialmente catastra³ficas.

 

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