A eclosão da pandemia nos obriga a copiar a conduta de Nietzsche, criticar a falaªncia da cultura universita¡ria da nossa anãpoca. O varus revelou inteligaªncias inertes, engessadas, despreparadas.
Domanio publico
Nietzsche foi professor na Universidade de Basileia. Com 24 anos começou a lecionar filologia. O ano era 1869. O cargo não o impediu de fazer a cratica vigorosa do ensino superior. A universidade contribuaa para a “cultura do escravo†reinante na sociedade europeia, dizia Nietzsche. Cultura de sujeitos fracos, medaocres, obedientes, tementes da faºria de deus, com a esperana§a de arranjar vagas no canãu, crentes na impostura da vida eterna.
A eclosão da pandemia nos obriga a copiar a conduta de Nietzsche, criticar a falaªncia da cultura universita¡ria da nossa anãpoca. O varus revelou inteligaªncias inertes, engessadas, despreparadas. As ganãlidas universidades se ocupam em reproduzir saberes repetitivos, fragmentados, descontextualizados, oriundos de ciências disciplinares, especializadas ao extremo, ao ponto de perderem a noção de totalidade.
Desde o inicio da propagação, foram divulgadas informações erradas, desencontradas, paradoxais sobre o comportamento do varus. O progresso no sentido da criação de vacinas viceja em laboratórios da iniciativa privada. O maior colaborador éBill Gates. As universidades, que desperdacio, se ocupam nas defesas de dissertações e teses ocas, sem sustentação cientafica, em mofentos programas de pós-graduação que fariam Nietzsche adoecer de novo de desinteria e difteria, contraadas quando ele foi soldado na guerra franco-prussiana.
Agora mesmo, no centro de humanidades da universidade do Piauí, enquanto o mundo, desorientado, faz rainhas e presidentes tremerem, a bobagem em discussão éo uso de tecnologias para produção de aulas virtuais em tempos de pandemia. Ora, se atéaulas presenciais já revelavam a misanãria do ensino superior, o que se pode esperar de aulas sem a vigila¢ncia cratica dos alunos?
"As ganãlidas universidades se ocupam em reproduzir saberes repetitivos, fragmentados, descontextualizados, oriundos de ciências disciplinares, especializadas ao extremo, ao ponto de perderem a noção de totalidade".
Como nos dias de hoje um doutorado não faz grande diferença cultural, a sociedade corre o risco de descobrir que certos professores doutores grafam natureza com s (naturesa), deixar com ch (deichar), como li dias atrás em documentos administrativos.
Nietzsche estãomorto!
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maisconhecer.com
Benedito Carlos de Araaºjo Jaºnior
Socia³logo, professor da UFPIÂ