Opinião

Como combater a desinformação russa nas eleições presidenciais dos EUA
Devemos nos concentrar em anaºncios e cobertura de nota­cias sobre o que cada candidato faria se eleito.
Por Thomas Kent - 22/09/2020


Doma­nio paºblico

A Raºssia fez um grande esfora§o para influenciar as eleições de 2016 nos EUA. Desde o emprego de personalidades falsas nas redes sociais atéa promoção da confusão nas ruas, o Kremlin trabalhou muito para tornar o clima pola­tico da Amanãrica ainda mais ta³xico e dividido.

Qual éa estratanãgia de Moscou desta vez?

Atéagora, a ma­dia financiada pelo Kremlin como RT e Sputnik News , junto com contas reais e falsas em plataformas sociais, geralmente favorecem a reeleição do presidente Donald Trump. Mas Moscou tem pouca confianção em qualquer presidente americano. Vozes controladas pela Raºssia também foram duras com Trump, especialmente na pola­tica externa e no tratamento que ele deu ao COVID.

Como em 2016, a Raºssia estãoprocurando intensificar tudo o que pode dividir ainda mais a sociedade americana. O Kremlin não éideola³gico. Seus vea­culos agitaram a favor e contra o movimento Black Lives Matter, a favor e contra as vacinações, e incentivaram Bernie Sanders quando ele parecia estar dividindo o Partido Democrata. O objetivo russo ésimplesmente encorajar qualquer força que possa adicionar estresse a  pola­tica e a  sociedade dos EUA.

O Kremlin também incentiva a daºvida sobre a capacidade dos Estados Unidos de realizar eleições justas em meio ao caos pola­tico. As operadoras russas parecem gostar dos americanos preocupados com seu poder. Antes das provas de 2018, um site bizarro supostamente administrado pela Agência de Pesquisa da Internet da Raºssia disse aos americanos: “Quer vocêvote ou não, não hádiferença, já que controlamos os sistemas de votação e contagem. Lembre-se, seu voto tem valor zero. ”

O objetivo de tais ta¡ticas não ésimplesmente minar a confianção dos americanos em nosso processo eleitoral, mas também convencer os ativistas pela democracia em outros lugares de que nunca se pode confiar em eleições livres.

O Kremlin, éclaro, não inventou as divisaµes políticas da Amanãrica. Os russos podem, com raza£o, sentir que estãosendo culpados por problemas sociais que, na raiz, são americanos. Dito isso, a Raºssia busca claramente ter uma voz na pola­tica interna dos EUA.

Como podemos nos proteger de atividades destrutivas dos russos e de nossas próprias fontes de desinformação? Obviamente, muito depende dos esforços para fortalecer nossa infraestrutura de votação e expor a interferaªncia estrangeira. Alguns desses esforços estãoem andamento por agaªncias governamentais e vigilantes não governamentais.

Como indiva­duos, seria sensato desconsiderar as lamenta¡veis ​​alegações de ambas as partes de que, a menos que ganhem, a eleição tera¡ sido fraudada. Tambanãm devemos nos concentrar não em anaºncios negativos, dos quais todos os lados são adeptos, mas em anaºncios e cobertura de nota­cias sobre o que cada candidato faria se eleito. Esse deve ser o verdadeiro teste de quem merece nosso voto.

*As opiniaµes expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es), não refletindo necessariamente a posição institucional do maisconhecer.com


Thomas Kent
Ensina sobre a guerra da informação mundial e jornalismo internacional no Harriman Institute . Seu novo livro,  Striking Back: Overt and Covert Options to Combat Russian Disinformation

 

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