Pesquisadores de Oxford fizeram uma parceria com o Ministanãrio da Saúde de Angola para estudar a introdua§a£o e circulaa§a£o do gena³tipo asia¡tico do varus Zika em Angola, no sudoeste da áfrica. O gena³tipo asia¡tico causou a epidemia 2015-16

Em 2017, Angola começou a relatar casos de microcefalia em recanãm-nascidos. Atéesse ponto, sabia-se que apenas o gena³tipo africano do zika circulava na áfrica.
Pesquisadores do Departamento de Zoologia de Oxford e do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, em Luanda, acompanharam relatos de casos de microcefalia em Angola, que eles suspeitavam serem causados ​​pela infecção pelo varus zika na gravidez. Eles realizaram testes moleculares e seqa¼enciamento de genoma para entender a história genanãtica do varus e sua epidemiologia neste trabalho inovador de detetive gena´mico. a‰ a primeira vez que genomas de varus completos são gerados no local em Angola.
Eles descobriram que:
- O gena³tipo asia¡tico do varus Zika circula em Angola desde pelo menos 2016.
- As cepas que circulavam la¡ eram mais prova¡veis ​​de serem introduzidas no Brasil.
- A rota de migração de varus reflete o grande número de viajantes que voam entre Angola e o Brasil.
- O gena³tipo asia¡tico do varus zika estãoprovavelmente ligado a um aumento nos casos de microcefalia em Angola.
O autor principal, Dr. Nuno Faria, disse: 'O varus zika circula na áfrica háséculos. Pode ser classificada em duas linhagens de varus, denominadas linhagem africana, restritas ao continente africano, e a linhagem asia¡tica, responsável pelas grandes epidemias de zika e microcefalia associada nas Amanãricas. Atéagora, apenas a linhagem africana havia sido detectada na áfrica. Em 2017, Angola começou a relatar vários casos de microcefalia em recanãm-nascidos.Â
'Realizando nossos testes moleculares e sequenciamento do genoma para entender a composição genanãtica do varus e sua epidemiologia, descobrimos que a linhagem asia¡tica foi introduzida do Brasil em Angola em 2016, provavelmente por um viajante infectado com zika. Esse varus levou ao recente aumento de casos de microcefalia nopaís. Nosso estudo destaca a necessidade de maior vigila¢ncia em áreas conectadas por viajantes a regiaµes onde circulam o zika e outros varus transmitidos por mosquitos '.Â
A colaboração internacional coordenada por cientistas da Universidade de Oxford e do Ministanãrio da Saúde em Angola, juntamente com o Ministanãrio da Saúde em Portugal e vários institutos de pesquisa no Brasil, utilizou as mais recentes tecnologias porta¡teis de seqa¼enciamento porta¡til para investigar a epidemiologia do varus Zika na áfrica.Â
A primeira autora do estudo, Sarah Hill, disse: 'Durante 2017, Angola começou a relatar um número crescente de bebaªs nascidos com suspeita de microcefalia. Investigações detalhadas sobre duas ma£es e seus bebaªs mostraram que as ma£es tinham anticorpos para o varus Zika e que seus bebaªs tinham anormalidades cerebrais compataveis com a sandrome congaªnita do zika.
'Pesquisamos o varus zika em pacientes com sintomas compataveis com a infecção por zika em Angola. A infecção pelo varus zika geralmente não causa sintomas, então também examinamos centenas de pacientes assintoma¡ticos. Detectamos apenas o varus Zika em um total de cinco pacientes, mas, usando sequaªncias gena´micas virais para reconstruir o surto, mostramos que o varus Zika provavelmente circulou em Angola por mais de 17 meses. Portanto, a verdadeira escala do surto em Angola provavelmente foi maior do que o pequeno número de casos identificados sugeriria. Nosso trabalho envolve uma colaboração internacional entre grupos de pesquisa de quatro continentes. '
A pesquisa combinou o trabalho de detetive cientafico em condições desafiadoras com a mais recente tecnologia a¡gil.
A Dra. Joana Afonso, Diretora do Laborata³rio de Saúde Paºblica do Ministanãrio da Saúde de Angola, co-autora principal do estudo, disse: 'Tanãcnicas como o seqa¼enciamento porta¡til de DNA no local e a análise computacional, ligadas ao diagnóstico molecular tradicional, nos permitiram entender melhor a epidemiologia do varus e sua ligação com a microcefalia em nossopaís. Trazer ferramentas rápidas de sequenciamento gena´mico para Angola estãocapacitando os acadaªmicos locais e estãonos ajudando a melhorar a detecção precoce de futuras ameaa§as de varus. Por fim, promover a inovação cientafica e a pesquisa em Angola ajudara¡ a melhorar a saúde do nossopaís. '
A Dra. Jocelyne Vasconcelos disse: "Ainda precisamos realizar estudos adicionais para investigar qual foi a fração da população exposta ao zika e outros varus transmitidos por mosquitos". O Dr. Zoraima Neto concluiu: 'Agora estamos trabalhando na expansão da vigila¢ncia gena´mica para dengue, chikungunya e febre amarela e outras doenças infecciosas virais negligenciadas'. Â
A Dra. Eve Lackritz, Lader da Fora§a-Tarefa de Zika da Organização Mundial da Saúde, disse: 'O uso da análise de sequaªncia viral éuma ferramenta poderosa para rastrear a disseminação global do zika e outros varus com potencial epidaªmico. Esses resultados são significativos, pois demonstraram a introdução do gena³tipo asia¡tico na áfrica continental, demonstrando a disseminação contanua do varus Zika em todo o mundo e nossa necessidade contanua de permanecer atentos a infecção pelo varus Zika e seu impacto em mulheres gra¡vidas e bebaªs. '