Saúde

'Sinais de segurança' podem ajudar a diminuir a ansiedade
A terapia cognitivo-comportamental e os antidepressivos ajudam cerca de metade das pessoas que sofrem de ansiedade, mas milhões de outras pessoas não encontram ala­vio suficiente das terapias existentes.
Por Bill Hathaway - 11/12/2019

(Ilustração de Michael S. Helfenbein)

Para atéuma em cada três pessoas, eventos ou situações da vida que não representam perigo real podem desencadear um medo incapacitante, uma caracterí­stica da ansiedade e dos distúrbios relacionados ao estresse. A terapia cognitivo-comportamental e os antidepressivos ajudam cerca de metade das pessoas que sofrem de ansiedade, mas milhões de outras pessoas não encontram ala­vio suficiente das terapias existentes.

Pesquisadores da Universidade de Yale e Weill Cornell Medicine relatam 9 de dezembro de uma maneira nova que pode ajudar a combater essa ansiedade: quando a vida desencadeia medo excessivo, use um sinal de segurança.

Nos seres humanos e nos ratos, um sa­mbolo ou um som que nunca estãoassociado a eventos adversos pode aliviar a ansiedade atravanãs de uma rede cerebral completamente diferente daquela ativada pela terapia comportamental existente, escrevem os pesquisadores na revista Proceedings da National Academy of Sciences.

"Um sinal de segurança pode ser uma pea§a musical, uma pessoa ou atémesmo um item como um bicho de pelaºcia que representa a ausaªncia de ameaa§a", disse Paola Odriozola, Ph.D. candidato em psicologia em Yale e co-primeiro autor .

A abordagem difere da terapia comportamental, que expaµe lentamente os pacientes a  fonte de seu medo, como as aranhas, atéque um paciente aprenda que as aranhas não representam uma ameaça significativa e a ansiedade diminui. E para muitas pessoas, a terapia baseada em exposição não ajuda de verdade.

O novo estudo pode explicar o porquaª.

Na nova pesquisa, os sujeitos foram condicionados a associar uma forma a um resultado ameaa§ador e uma forma diferente a um resultado não ameaa§ador. (Nos ratos, os tons eram usados ​​no condicionamento, em vez de nas formas.) A forma associada apenas a  ameaça era apresentada aos indiva­duos, e os sujeitos posteriores viam formas ameaa§adoras e não ameaa§adoras juntas. A adição da segunda forma não ameaa§adora - o sinal de segurança - suprimiu o medo dos indivíduos em comparação com a resposta apenas a  forma relacionada a  ameaa§a. Os estudos de imagem cerebral de indivíduos humanos e camundongos apresentados com os sinais mostraram que essa abordagem ativou uma rede neural diferente da terapia de exposição, sugerindo que a sinalização de segurança pode ser uma maneira eficaz de aumentar as terapias atuais.

"A terapia baseada em exposição depende da extinção do medo e, embora uma memória de segurança seja formada durante a terapia, ela estãosempre competindo com a memória de ameaa§as anterior", explicou Dylan Gee, professor assistente de psicologia em Yale e co-autor saªnior . "Essa competição sujeita as terapias atuais a  recaa­da do medo - mas nunca háuma memória de ameaça associada aos sinais de segurança".


Gee enfatizou que a necessidade de alternativas para aqueles que sofrem de transtornos relacionados a  ansiedade égrande.

" Tanto a terapia cognitivo-comportamental quanto os antidepressivos podem ser altamente eficazes, mas uma parte substancial da população não se beneficia o suficiente, ou os benefa­cios que experimentam não se sustentam a longo prazo", disse ela.

Heidi Meyer, da Weill Cornell Medicine, éco-primeira autora do artigo e Francis Lee, da Weill, éco-autora saªnior. A pesquisa foi financiada principalmente pelo National Institutes of Health, Brain & Behavior Research Foundation, Jacobs Foundation, Pritzker Neuropsychiatric Disorders Research Consortium, New York-Presbyterian Youth Anxiety Center, a familia Dr. Mortimer D. Sackler, DeWitt. -Wallace Fund do New York Community Trust e da National Science Foundation.

 

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