Saúde

Dina¢mica familiar pode influenciar pensamentos suicidas em criana§as
Novas pesquisas estãodiminuindo a lacuna no entendimento da psicologia sobre pensamentos suicidas em jovens . Os resultados mostram que esses pensamentos comea§am tão cedo quanto 9 e 10 anos.
Por Universidade de Washington - 07/02/2020

Crédito: CC0 Public Domain

A morte por suica­dio em criana§as atingiu uma alta de 30 anos nos Estados Unidos. Durante o ensino fundamental e manãdio, 10 a 15% das criana§as tem pensamentos suicidas, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doena§as.

Qua£o cedo na vida de uma criana§a esses pensamentos comea§am? Novas pesquisas da Universidade de Washington, em St. Louis, estãodiminuindo a lacuna no entendimento da psicologia sobre pensamentos suicidas em jovens . Os resultados mostram que esses pensamentos comea§am tão cedo quanto 9 e 10 anos.

Além disso, o conflito familiar e o monitoramento dos pais são preditores significativos de pensamentos suicidas, e a maioria das criana§as pesquisadas tinha cuidadores que não conheciam ou não relataram os pensamentos suicidas das criana§as sob sua responsabilidade.

"Já existe uma imprensa sobre a ideação suicida em adolescentes", disse Deanna Barch, diretora e professora de Psicologia e Ciências do Canãrebro em Artes e Ciências e professora de radiologia na Faculdade de Medicina. "Mas quase não hádados sobre as taxas de ideação suicida nessa área. faixa eta¡ria em uma grande amostra populacional ".

Os resultados foram publicados no JAMA Network Open .

O estudo, conduzido por Barch e Diana Whalen, Ph.D., instrutora de psiquiatria da Faculdade de Medicina, além de colegas do Instituto Laureate de Ciências do Canãrebro, analisou 11.814 criana§as de 9 e 10 anos do Adolescent Brain. Estudo de Desenvolvimento Cognitivo (ABCD), um estudo longitudinal nacional sobre saúde cerebral de adolescentes, no qual os cuidadores também participam.

Dividindo pensamentos e ações suicidas em várias categorias, os pesquisadores descobriram que 2,4 a 6,2% das criana§as relataram ter pensamentos sobre suica­dio, do desejo de estarem mortas a  elaboração - mas não a  execução - de um plano.

Quando se tratava de ações, eles viram 0,9% dessas criana§as de 9 e 10 anos de idade que disseram que tentaram cometer suica­dio; 9,1% relataram automutilação não suicida.

Entrando neste estudo, Barch disse que não sabia o que esperar, mas esperava ver quantidades não triviais de pensamentos suicidas nessa faixa eta¡ria.

"Havia duas razões pelas quais eu tinha certeza", disse ela. "Quando vocêolha para a taxa de CDC de criana§as no ensino manãdio e no ensino manãdio que tem esses pensamentos, bem alto. a‰ claro que elas não estavam surgindo do nada".

"Se vocêtem filhos que estãoangustiados de alguma forma, deve perguntar sobre isso", disse ela. "Vocaª pode ajudar a identificar criana§as que podem estar com problemas".

 
A segunda razãopela qual ela estava preparada: em trabalhos anteriores, ela já havia visto pensamentos suicidas em pré-escolares.

Tambanãm dignas de nota são algumas discrepa¢ncias observadas entre homens e mulheres. Especificamente, os homens mostraram mais pensamentos suicidas e mais lesões não suicidas do que as meninas; essas tendaªncias se revertem a  medida que as pessoas envelhecem, mostram estudos.

"Na³s realmente não sabemos o porquaª", disse Barch. "Quando a adolescaªncia chega, as taxas aumentam para todos, mas aumentam desproporcionalmente para as meninas. A discrepa¢ncia foi completamente inesperada."

Outro grupo que pode ter achado os resultados inesperados: cuidadores.

Essa éa idade em que as criana§as e seus cuidadores geralmente tendem a fornecer relatos diferentes de experiências internas, disse Barch, mas ainda assim, a desconexão entre os relatos pessoais de pensamentos suicidas e os relatos dos cuidadores dos pensamentos de seus filhos diverge amplamente. Em mais de 75% dos casos em que as criana§as relataram pensamentos ou comportamentos suicidas, os cuidadores não sabiam da experiência da criana§a.

A natureza do estudo ABCD, acompanhando as criana§as ao longo do tempo, permitira¡ que os pesquisadores demonstrem essa aparente contradição. "Uma pergunta seráse um desses relatórios" - o da criana§a ou do cuidador - "émais preditivo do que o outro sobre como as criana§as se comportam ao longo do tempo", disse Barch.

De fato, os cuidadores parecem desempenhar um papel importante quando se trata de pensamentos e comportamentos suicidas nessa faixa eta¡ria jovem. Apa³s o ajuste para sexo, hista³rico familiar e outras varia¡veis, o conflito familiar foi um preditor de pensamentos suicidas e autolesões não suicidas. O monitoramento por um cuidador também foi preditivo dessas medidas, bem como tentativas de suica­dio.

Historicamente, a crena§a éque as pessoas não precisam perguntar a s criana§as sobre pensamentos suicidas antes da adolescaªncia, disse Barch. "Nossos dados sugerem que isso absolutamente não éverdade. As criana§as estãotendo esses pensamentos. Elas não tem as mesmas taxas que os adultos, mas não são triviais".

Ela sugeriu que pais, cuidadores e pessoas que trabalham com criana§as devem estar cientes da possibilidade de uma criana§a de 9 anos estar pensando em suica­dio.

"Se vocêtem filhos que estãoangustiados de alguma forma, deve perguntar sobre isso", disse ela. "Vocaª pode ajudar a identificar criana§as que podem estar com problemas".

 

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