Adoçantes não nutritivos são frequentemente percebidos como mais saudáveis que o açúcar, mas novas descobertas confirmaram novas maneiras pelas quais eles podem interagir com o processamento do açúcar no corpo.

Pesquisadores da Universidade de Adelaide examinaram o impacto que adoçantes, como Splenda, têm na capacidade de controlar os níveis de glicose no sangue . Pesquisas anteriores ligaram a ingestão habitual e alta de adoçantes ao aumento da ocorrência de diabetes tipo 2.

A equipe publicou os resultados de um estudo pré-clínico de duas semanas na revista Nutrients .

"Neste estudo de prova de conceito, queríamos descobrir como adoçantes não nutritivos como sucralose (Splenda) e acessulfame-K podem alterar o manuseio do açúcar", disse o professor associado Richard Young, pesquisador sênior da Adelaide Medical School, Universidade de Adelaide.

"Especificamente, se esses adoçantes interagem com as vias de detecção de açúcar no intestino que controlam a taxa de absorção de açúcar diretamente, ou indiretamente por meio de efeitos nas bactérias intestinais.

"Usando antibióticos, eliminamos as bactérias intestinais de metade dos camundongos e, então, ao longo de duas semanas, administramos sucralose e acessulfame-K na água potável."

Os ratos que receberam os adoçantes absorveram açúcar em uma taxa mais rápida do intestino em comparação com aqueles que não receberam, independentemente de terem recebido antibióticos, mostrando que esses adoçantes afetaram diretamente a absorção de açúcar no intestino. Sua administração ao longo de duas semanas, no entanto, não alterou as respostas gerais de açúcar no sangue.

"Essas descobertas contribuem muito para responder a algumas das questões fundamentais que temos sobre os efeitos dos adoçantes não nutritivos e mostram que, apesar do equívoco de que eles são metabolicamente inertes, sua alta ingestão habitual pode alterar mecanismos distintos de manuseio do açúcar", disse o Dr. Braden Rose, pesquisador de pós-doutorado em início de carreira na Adelaide Medical School, Universidade de Adelaide.

A equipe de pesquisa, que incluiu membros do Centro de Excelência em Pesquisa da Universidade em Translating Nutritional Science to Good Health and Nutrition, agora passará para testes clínicos. Os pesquisadores também foram membros do tema Lifelong Health no South Australian Health and Medical Research Institute.