Saúde

Estudo encontra ligação entre câncer de bexiga e receptor de cola¡geno
Uma equipe de pesquisadores descobriu recentemente que o receptor de cola¡geno DDR1 interage funcionalmente com o sistema de fator de crescimento semelhante a  insulina na regulaa§a£o do câncer de bexiga.
Por Kate Anderton - 09/02/2020

O estudo intitulado "Discoidin Domain Receptor 1 interage funcionalmente com o sistema IGF-I no câncer de bexiga" foi recentemente aceito na revista internacional Matrix Biology Plus .

Este trabalho éum esfora§o colaborativo internacional entre os laboratórios da Dra. Andrea Morrione, atualmente no Instituto Sbarro de Pesquisa do Ca¢ncer e Medicina Molecular, e o Centro de Biotecnologia da Temple University, Dr. Renato V. Iozzo do Departamento de Patologia, Anatomia e Biologia Celular na Universidade Thomas Jefferson e Dr. Antonino Belfiore da Universidade de Catania, Ita¡lia.


O câncer de bexiga éum dos ca¢nceres mais comuns e agressivos e, independentemente do tratamento, geralmente se repete e se espalha para os tecidos circundantes. Assim, uma melhor compreensão dos mecanismos que regulam a tumorigaªnese da bexiga éfundamental para o desenho e implementação de estratanãgias terapaªuticas racionais.

Os autores descobriram anteriormente que a protea­na de membrana IGF-IR écra­tica para a capacidade migrata³ria das células cancera­genas da bexiga, sugerindo um possí­vel papel na progressão do câncer de bexiga. No entanto, o direcionamento de IGF-IR em células agressivas de câncer de bexiga inibiu apenas parcialmente o crescimento sem a fixação dessas células. Significativamente, as células agressivas do câncer de bexiga diminua­ram os na­veis de IGF-IR, mas superexpressaram outra protea­na da membrana, a isoforma do receptor de insulina A (IR-A), sugerindo que esta última pode desempenhar um papel mais prevalente do que o IGF-IR na progressão do tumor da bexiga. O receptor de cola¡geno DDR1 funciona de maneira cruzada com IGF-IR e IR no câncer de mama, e dados anteriores sugerem um papel do DDR1 no câncer de bexiga.

Os autores descobriram que o DDR1 éexpresso em células de câncer de bexiga mais agressivas, mas não invasivas. O DDR1 éativado após a estimulação com IGF-I, IGF-II e insulina, interage com o IGF-IR e o direcionamento de IR-A e DDR1 transita³rio inibe severamente a migração celular. Eles demonstram ainda que o DDR1 pode vincular o IGF-IR e o IR-A a  regulação de estruturas celulares cra­ticas para a regulação da migração de células cancera­genas. Da mesma forma que o IGF-IR, os na­veis de DDR1 são aumentados nos tecidos do câncer de bexiga em comparação aos controles de tecidos sauda¡veis.

Esses achados fornecem a primeira caracterização da interação funcional entre o DDR1 e o sistema IGF-I e podem levar a  identificação de novos alvos para intervenção terapaªutica no câncer de bexiga. Além disso, os perfis de expressão dos efetores IGF-IR, IR-A, DDR1 e a jusante podem servir como um novo painel de biomarcadores para prever a malignidade do câncer de bexiga.

 

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