Em um dos estudos mais extensos, os pesquisadores descobriram a conexão entre diferentes tipos de alimentos e tipos de risco de derrame. O estudo intitulado "As associações dos principais alimentos e fibras com os riscos de derrame isquaªmico e hemorra¡gico: um estudo prospectivo de 418.329 participantes da coorte EPIC em novepaíses europeus" foi publicado na última edição da revista European Heart Journal hoje.
Crédito de imagem: Lightspring / Shutterstock
Os especialistas explicaram que o derrame isquaªmico éum derrame quando os coa¡gulos sanguaneos obstruem as artanãrias do cérebro, e isso interrompe ou prejudica o suprimento sanguaneo para diferentes partes do cérebro, levando a um derrame. Os derrames hemorra¡gicos ocorrem quando uma ou mais artanãrias do cérebro se rompem, causando sangramento interno no cérebro. Essa coleta de sangue leva a pressão nas regiaµes vitais do cérebro.
De todos os acidentes vasculares cerebrais, 85% são isquaªmicos, enquanto 15% são hemorra¡gicos. A equipe acrescentou que, em 2013, a segunda causa mais comum de morte ocorreu devido a derrames e derrames foram a terceira causa de incapacidade mais prevalente em todo o mundo.
Um estudo que incluiu mais de 418.000 pessoas de novepaíses europeus foi relatado hoje, e os pesquisadores explicaram que o risco de acidente vascular cerebral isquaªmico foi reduzido com uma maior ingestãode frutas e legumes, fibras na dieta e produtos la¡cteos, como leite, queijo e iogurte. Esses alimentos, no entanto, não diminuaram o risco de sofrer um derrame hemorra¡gico, segundo a equipe. Com o aumento do consumo de ovos, o risco de derrame hemorra¡gico aumentou, mas o risco de derrame isquaªmico permaneceu inalterado.
De acordo com o primeiro autor do estudo, a Dra. Tammy Tong, epidemiologista nutricional do Departamento de Saúde da População de Nuffield, Universidade de Oxford (Reino Unido), “a descoberta mais importante éque o maior consumo de fibras e frutas e vegetais fortemente associado a menores riscos de acidente vascular cerebral isquaªmico, que apa³iam as diretrizes europanãias atuais.
Figura mostrando quais alimentos estãoassociados a baixo ou alto risco de acidente vascular cerebral isquaªmico ou hemorra¡gico. Crédito de imagem: European Heart Journal
Figura que mostra quais alimentos estãoassociados a um risco baixo ou alto de acidente vascular cerebral isquaªmico ou hemorra¡gico. Crédito de imagem: European Heart Journal
Recomenda-se que o paºblico em geral aumente seu consumo de fibras e frutas e vegetais, se ainda não estiverem cumprindo essas diretrizes. †Tong acrescentou: “Nosso estudo também destaca a importa¢ncia de examinar os subtipos de acidente vascular cerebral separadamente, pois as associações alimentares diferem para acidente vascular cerebral isquaªmico e hemorra¡gico e éconsistente com outras evidaªncias, que mostram que outros fatores de risco, como naveis de colesterol ou obesidade, também influenciam os dois subtipos de acidente vascular cerebral de maneira diferente."
Para este estudo, a equipe analisou dados de 418.329 homens e mulheres pertencentes a Dinamarca, Alemanha, Granãcia, Ita¡lia, Holanda, Noruega, Espanha, Suanãcia e Reino Unido. Esses participantes fizeram parte do estudo European Prospective Investigation on Cancer and Nutrition (EPIC) entre 1992 e 2000.
Todos receberam um questiona¡rio para responder que analisava seu estilo de vida, história de outras doena§as, fatores socioecona´micos, idade, sexo etc., e os indivíduos foram acompanhados por uma média de 12,7 anos. Durante esse período, houve 4281 casos de acidente vascular cerebral isquaªmico e 1430 casos de acidente vascular cerebral hemorra¡gico.
Um registro detalhado dos hábitos alimentares dos indivíduos foi levado em consideração e analisado em relação ao risco de AVC. Alguns dos alimentos considerados incluem carnes (vermelhas e aves, processadas), peixes (peixes gordos e peixes brancos), laticanios (queijo, iogurte e leite), cereais (cereais e derivados), frutas e legumes, ovos, nozes , sementes e legumes e fibras. A contagem de fibras na dieta incluiu fibras totais, bem como fibras de cereais, frutas e fibras vegetais.
Os resultados mostraram o seguinte;
O consumo de frutas e vegetais reduziu o risco de derrames isquaªmicos (para 200 g / dia, a ingestãomaior reduziu o risco em 13%)
O consumo de fibra na dieta reduziu o risco de derrames isquaªmicos (para uma ingestão10 g / dia maior, o risco foi reduzido em 23%)
O consumo de leite reduziu o risco de acidentes vasculares cerebrais isquaªmicos (para 200 g / dia de maior ingestão)
O consumo de iogurte reduziu o risco de derrames isquaªmicos (para ingestãode 100 g / dia maior)
O consumo de queijo reduziu o risco de derrames isquaªmicos (para uma ingestão30 g / dia maior)
O consumo de carne vermelha aumentou o risco de derrames isquaªmicos (para ingestãode 50 g / dia maior)
O consumo de ovos aumentou o risco de derrames hemorra¡gicos (para uma ingestão20 g / dia maior, o risco foi aumentado em 25%)
A Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) e o Escrita³rio Regional da Organização Mundial da Saúde para a Europa também recomendaram o consumo de pelo menos 400 g de frutas e legumes por dia e 30 a 45 g de fibra por dia. Os especialistas acrescentaram que os efeitos dos alimentos na pressão sanguínea e no colesterol podem ser a razãopor trás do aumento do risco de derrames com esses alimentos. Os autores do estudo concluaram: "O risco de derrame isquaªmico foi inversamente associado ao consumo de frutas e vegetais, fibras alimentares e laticanios, enquanto o risco de derrame hemorra¡gico foi positivamente associado ao consumo de ovos".