Saúde

Pesquisadores descobrem nova maneira de refinar a produção de células da retina para tratar a cegueira
Essa perda de visão écausada pela morte dos fotorreceptores (bastonetes e cones) resultantes da degeneraça£o e morte do epitelial pigmentar da retina subjacente (células RPE), que fornece nutria§a£o essencial aos bastonetes e cones.
Por James Ives, - 30/03/2020

Pesquisadores do Karolinska Institutet e do St Erik Eye Hospital, na Suanãcia, descobriram uma maneira de refinar a produção de células da retina a partir de células-tronco embriona¡rias para o tratamento da cegueira em idosos. Usando a edição do gene CRISPR / Cas9, eles também conseguiram modificar as células para que possam se esconder do sistema imunológico para impedir a rejeição. Os estudos são publicados nas revistas cienta­ficas Nature Communications e Stem Cell Reports .


A degeneração macular do olho relacionada a  idade éa causa mais comum de cegueira nos idosos. Essa perda de visão écausada pela morte dos fotorreceptores (bastonetes e cones) resultantes da degeneração e morte do epitelial pigmentar da retina subjacente (células RPE), que fornece nutrição essencial aos bastonetes e cones. Um possí­vel tratamento futuro poderia ser o transplante de células RPE frescas formadas a partir de células-tronco embriona¡rias.

Trabalhando com colegas do St Erik Eye Hospital, pesquisadores do Karolinska Institutet agora encontraram marcadores específicos nasuperfÍcie das células EPR que podem ser usados ​​para isolar e purificar essas células da retina. Os resultados são publicados na Nature Communications .

"A descoberta nos permitiu desenvolver um protocolo robusto que garante que a diferenciação de células-tronco embriona¡rias em células EPR seja eficaz e que não haja contaminação de outros tipos de células. Agora comea§amos a produção de células EPR de acordo com nosso novo protocolo para o primeiro estudo cla­nico, planejado para os pra³ximos anos ".


Fredrik Lanner, pesquisador principal, pesquisador do Departamento de
Ciência Cla­nica, Intervenção e Tecnologia e do Centro Ming Wai Lau de
Medicina Reparadora do Instituto Karolinska.

Um obsta¡culo ao transplantar tecido gerado a partir de células-tronco éo risco de rejeição, que ocorre se os anta­genos do transplante e do tecido do paciente diferirem. Grupos de pesquisa em todo o mundo estão, portanto, trabalhando na criação do que éconhecido como células universais, que idealmente não desencadeara£o uma resposta imune.

Em um estudo publicado no Stem Cell Reports, o mesmo grupo do Karolinska Institutet criou células-tronco embriona¡rias capazes de se esconder do sistema imunológico. Usando a edição do gene CRISPR / Cas9, eles removeram certas molanãculas, HLA classe I e classe II, que ficam nasuperfÍcie das células-tronco como um meio pelo qual o sistema imunológico pode identifica¡-las como enda³genas ou não. As células-tronco sem essas moléculas foram então diferenciadas em células RPE.

Os pesquisadores conseguiram mostrar que as células EPR modificadas mantem seu cara¡ter, que nenhuma mutação prejudicial aparece no processo e que as células podem evitar as células T do sistema imunológico sem ativar outras células imunes. A resposta de rejeição também foi significativamente menor e mais retardada do que após o transplante de células EPR regulares, cujassuperfÍcies ainda possuem moléculas HLA.

"A pesquisa ainda estãoem um esta¡gio inicial, mas esse pode ser um passo inicial importante para a criação de células RPE universais para o futuro tratamento da degeneração macular relacionada a  idade", diz Anders Kvanta, último autor do estudo, professor adjunto do Departamento de Neurociaªncia Cla­nica e consultor no St Erik Eye Hospital.

 

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