Saúde

Pesquisadores mapeiam função de grupo especial de células nervosas encontradas no olho
O estudo contribui com conhecimentos novos e específicos em diversas áreas. Sabe-se hádécadas que o olho contanãm células nervosas que detectam e sinalizam a direa§a£o do movimento quando um objeto se move em nosso campo de visão.
Por Emily Henderson - 16/04/2020

Divulgação

Pesquisadores da Universidade de Aarhus descobriram a função de um grupo especial de células nervosas encontradas no olho e que detectam movimento visual. As descobertas nos da£o uma compreensão completamente nova de como as impressaµes sensoriais conscientes ocorrem no cérebro. Esse conhecimento énecessa¡rio para desenvolver no futuro formas de tratamento especa­ficas e direcionadas para doenças que afetam o sistema nervoso e seu aparato sensorial, como demaªncia e esquizofrenia.

Segundo o pesquisador, o estudo contribui com conhecimentos novos e específicos em diversas áreas. Sabe-se hádécadas que o olho contanãm células nervosas que detectam e sinalizam a direção do movimento quando um objeto se move em nosso campo de visão. No entanto, como essas células nervosas contribuem para as células nervosas encontradas no cortex cerebral permaneceu um mistanãrio.

O cérebro ésem daºvida o órgão mais complicado do nosso corpo, e o conhecimento sobre como o cérebro desempenha todas as suas funções ainda éinadequado. Uma das funções mais importantes do cérebro éa capacidade de rastrear e perceber as impressaµes sensoriais de nosso ambiente.

Em um estudo publicado recentemente, pesquisadores da Universidade de Aarhus mapearam a função de um grupo especial de células nervosas encontradas no olho. Os resultados - apresentados em Nature Communications - podem, a longo prazo, permitir que os pesquisadores entendam e tratem doenças nas quais as percepções sensoriais do cérebro são disfuncionais, como éo caso de pessoas com demaªncia ou esquizofrenia que sofrem de alucinações.

"Descrevemos um circuito neural especializado que envia informações sobre o movimento visual das células nervosas no olho e atéas células nervosas no cortex cerebral. Isso éimportante para que possamos comea§ar a entender os mecanismos de como as impressaµes sensoriais conscientes surgem no cérebro ".

Rune Nguyen Rasmussen

Percebendo o mundo como imagens esta¡ticas

"Sem a capacidade de perceber o movimento visual, percebera­amos o mundo como imagens esta¡ticas, levando a importantes consequaªncias comportamentais, como as observadas em pessoas que sofrem da doença de Akinetopsia e perderam a capacidade de sentir o movimento de objetos".

Ao combinar uma gama de manãtodos experimentais avana§ados e usar o mouse como modelo animal no qual as células nervosas especiais do olho são afetadas, os pesquisadores foram capazes de responder a  pergunta de como as células nervosas do olho contribuem para as células nervosas do cortex cerebral.

No estudo, os pesquisadores demonstraram que um grupo especial de células nervosas no olho garante que as células nervosas no cortex cerebral visual sejam capazes de detectar e responder ao movimento visual que se move em alta velocidade. Segundo o pesquisador, isso éinteressante porque indica que o que antes se acreditava surgir no cortex cerebral já surge na fase inicial da visão, ou seja, o olho.

Visão atenua riscos

De todos os nossos sentidos, a visão éparticularmente importante porque nos permite descobrir e evitar perigos. Por exemplo, a visão garante que, de maneira rápida e precisa, possamos determinar de onde os carros e bicicletas estãose aproximando e com que rapidez eles se movem quando atravessamos uma rua movimentada durante a hora do rush.

"Uma questãoimportante restante após o nosso estudo écomo e quando esse circuito neural estãoenvolvido em diferentes aspectos do comportamento. Portanto, o pra³ximo passo em nossa pesquisa seráiniciar um projeto de pesquisa com o objetivo de entender se esse circuito neural estãoenvolvido na detecção visual. movimento quando os ratos se movimentam e precisam navegar nos arredores ", diz o pesquisador.

O estudo éfinanciado pela Fundação Lundbeck, Fundação Velux, Fundação Novo Nordisk, Fundação Carlsberg e Conselho Europeu de Pesquisa. E foi publicado na Nature Communications.

 

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