Os principais centros europeus de câncer compartilham orientações para tornar suas operações 'prova de pandemia'
Sete dos principais centros de câncer da Europa publicaram um relatório detalhando como eles organizaram seus sistemas de saúde em uma escala e ritmo sem precedentes para tornar suas operaçaµes 'prova de pandemia' durante a pandemia de COVID-19.
Os centros, que incluem o Cancer Research UK Cambridge Cancer Center, formam uma aliana§a conhecida como Cancer Core Europe (CCE) e juntos representam cerca de 60.000 pacientes com câncer recanãm-diagnosticados a cada ano e realizam mais de 1.500 ensaios clínicos.
Em uma perspectiva publicada na Nature Medicine, os pesquisadores do CCE descrevem como seus centros foram forçados pela atual pandemia a revisar e reorganizar drasticamente o atendimento ao paciente e a pesquisa cientafica, mantendo a mesma alta qualidade do atendimento.
"O COVID-19 criou um desafio aºnico: como ajustar o tratamento do câncer para minimizar as perturbações causadas ao tratamento do câncer pela pandemia"
Carlos Caldas
Os centros especializados não apenas desejam impedir a propagação do varus em geral, mas também proteger pacientes com câncer cuja doença e tratamento os tornam especialmente vulnera¡veis ​​a complicações se infectados.
"O COVID-19 criou um desafio aºnico: como ajustar o gerenciamento do câncer para minimizar as perturbações causadas pelo tratamento do câncer pela pandemia", disse o professor Carlos Caldas, co-autor principal do artigo, membro da equipe de gerenciamento saªnior do Cancer. Research UK Cambridge Centre e lider do grupo no Cancer Research UK Cambridge Institute.
"Nossa equipe médica em todas as disciplinas tem sido realmente incravel ao produzir rapidamente diretrizes de tratamento ajustadas ao COVID-19".
Os pesquisadores identificaram vários fatores que as instituições médicas precisam considerar para garantir a continuidade no tratamento do câncer a medida que a pandemia do COVID-19 se desenrola. Esses incluem:
Atividades clanicas
Dada a alta taxa de transmissibilidade do SARS-Cov2, éresponsabilidade de todos os profissionais de saúde garantir que os pacientes não sejam expostos ao COVID-19. Para os centros de CCE, isso significa que as consultas presenciais são agora, sempre que possível, realizadas via consultoria na Web ou por telefone, e os compromissos não urgentes são adiados.
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Adaptação de regimes de tratamento padrãode atendimento
Em todos os centros, os regimes de tratamento padrãode atendimento foram adaptados para minimizar o número de visitas e hospitalizações e para evitar complicações do COVID-19 causadas por tratamentos antineopla¡sicos.
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Informações ao paciente e atendimento psicossocial
A abordagem das preocupações dos pacientes em relação ao tratamento e como ele pode ser afetado pelo COVID-19 representa um desafio para os centros de CCE e requer atenção urgente.
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Suporte de pessoal qualificado
Para garantir a continuidade do tratamento do ca¢ncer, éessencial a presença de pessoal qualificado suficiente para tratar pacientes com ca¢ncer. Isso envolve toda a cadeia de prestadores de cuidados hospitalares, da sala de operações, a enfermaria, clanica diurna e unidade de terapia intensiva (UTI). Cada CCE enfrentou um problema semelhante: a ausaªncia de um sistema de diagnóstico rápido para COVID-19 para os cuidadores. Isso frequentemente leva ao auto-isolamento desnecessa¡rio dos profissionais de saúde, reduzindo ainda mais a força de trabalho da saúde em um momento em que a demanda estãochegando.
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Capacidade das instalações de atendimento ao ca¢ncer
Em muitos hospitais, a pandemia de COVID-19 éum importante teste de estresse para a capacidade das várias unidades de tratamento ou suporte: radiação, oncologia médica, imagem, cirurgia e UTIs. Com o aumento da severidade da pandemia, os sistemas de saúde ficara£o sobrecarregados e a priorização seránecessa¡ria. Para se preparar para isso, os centros de CCE estabeleceram regras de decisão para categorizar e priorizar pacientes para terapias ou cirurgia antica¢ncer.
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Pesquisa atividades
centros CCE tem grandes instalações de pesquisa e milhares juntos empregam de cientistas pré-clínicos. Uma das primeiras medidas adotadas foi reduzir ao manimo essas atividades de pesquisa pré-clanica, de acordo com as diretrizes de distanciamento social e a polatica local de 'bloqueio'. Cientistas clinicamente treinados e pesquisadores estãofrequentemente voltando ao trabalho clanico para apoiar seu sistema de saúde.
Os autores reconhecem que a crise atual tera¡ grandes ramificações para o progresso das pesquisas sobre o ca¢ncer. No entanto, as medidas de saúde pública em vigor para reduzir a pandemia do COVID-19 devem ser priorizadas no momento, e os danos ao empreendimento cientafico sera£o reparados a tempo, se salvaguardas e recursos forem implementados.
A equipe delineia um conjunto de medidas prática s implementadas em seus respectivos centros e que podem ser consideradas por outros centros médicos. Isso varia desde instruir os pacientes, sempre que possível, a não visitar o hospital, se houver possaveis sintomas do COVID-19, reduzir ao manimo as atividades de pesquisa pré-clanica e informar os pacientes sobre um risco possivelmente aumentado associado a terapia anticâncer durante a pandemia, atéconsiderar tratamentos não baseados em cirurgia, como radiação para câncer de pra³stata.
O professor Caldas acrescentou: “Esperamos que nossas experiências coletivas ajudem a orientar outras pessoas e também tranquilizem os pacientes com câncer de que estamos fazendo tudo o que podemos para evitar comprometer seus cuidados.
"Essa crise do COVID-19 estãonos fazendo repensar os cuidados, e algumas dasmudanças podem, a longo prazo, ter efeitos positivos, por exemplo, minimizar as visitas ao hospital e as consultas presenciais ou prestar assistaªncia usando telemedicina".
A aliana§a Cancer Core Europe (CCE) dos sete principais centros europeus de câncer foi fundada em 2014 para acelerar o desenvolvimento de terapias inovadoras contra o câncer por meio de uma estreita colaboração em pesquisas clanicas e de tradução. Seus sete centros membros tratam coletivamente aproximadamente 350.000 pacientes anualmente.
O Centro de Pesquisa de Ca¢ncer do Reino Unido, em Cambridge, reconhece o financiamento do Ca¢ncer de Pesquisa no Reino Unido, o Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde, Centro de Pesquisa Biomédica de Cambridge e a Fundação Mark para a Pesquisa de Ca¢ncer. Seus servia§os de câncer clanico são fornecidos pelos Cambridge University Hospitals (CUH) e Royal Papworth Hospital.