Saúde

Abrace-me com ternura: os cientistas desvendam o segredo para o abraa§o perfeito
Uma equipe da Universidade Toho do Japa£o mediu o efeito calmante em bebaªs de abraa§os de diferentes pressaµes, e quando administrados por estranhos em comparaça£o com os pais .
Por Richard Carter - 11/06/2020


Nãoaperte muito o papai!

Nesta era de distanciamento social e nota­cias deprimentes, todos nospodera­amos fazer um bom abraa§o. Agora, os cientistas analisaram o que faz o abraa§o perfeito - apenas não aperte demais.

Uma equipe da Universidade Toho do Japa£o mediu o efeito calmante em bebaªs de abraa§os de diferentes pressaµes, e quando administrados por estranhos em comparação com os pais .

Ao monitorar os batimentos carda­acos da criana§a e usar sensores de pressão na ma£o do adulto, os pesquisadores avaliaram a reação do bebaª ao ser segurado, um abraa§o com pressão média e o que eles chamaram de "abraa§o apertado".

De acordo com os resultados, a serem publicados na revista Cell , os bebaªs foram acalmados mais por um abraa§o de pressão média do que apenas sendo mantidos, mas o efeito calmante diminuiu durante um abraa§o "apertado".

"Nosso experimento simples de abraa§o pode ser utilizado na triagem precoce da função autona´mica (que regula os processos corporais inconscientes), na integração sensorial e no desenvolvimento do reconhecimento social em bebaªs com alto risco familiar de TEA",

Hiromasa Funato

Os pesquisadores mantiveram a duração do abraa§o em 20 segundos, já que "era quase impossí­vel evitar o mau humor da criana§a durante um minuto ou mais de espera ou abraa§o", admitiram em seu artigo.

Nãosurpreende que, talvez, para bebaªs com mais de 125 dias, o efeito calmante tenha sido maior ao receber um abraa§o dos pais do que de uma estranha.

Portanto, o abraa§o perfeito éconsiderado uma pressão média dos pais, acreditam os cientistas.

Os bebaªs não são os aºnicos que sentem os benefa­cios de um abraa§o reconfortante, mostrou a pesquisa.

Os pais também exibiram sinais significativos de calma enquanto abraçavam o filho.

Sabe-se que um horma´nio chamado ocitocina, a s vezes conhecido como "horma´nio do amor", éliberado durante contato fa­sico pra³ximo, mas os pesquisadores disseram que o período de seu experimento de abraa§o era muito curto para que ele desempenhasse um papel.

Os cientistas acreditam que sua pesquisa éa primeira vez que o impacto fisiola³gico de abraçar bebaªs émedido e dizem que seu trabalho deve promover o conhecimento do va­nculo entre pais e filhos e da psicologia infantil .

Tambanãm poderia haver uma aplicação na detecção precoce do autismo, disse a  AFP Hiromasa Funato, um dos pesquisadores da equipe.

A pesquisa se concentra nas várias informações sensoriais recebidas durante um abraa§o - éisso que altera a frequência carda­aca , explicou Funato.

"Criana§as com transtorno do espectro autista (TEA) tem dificuldades na integração sensorial e no reconhecimento social", afirmou.

"Portanto, nosso experimento simples de abraa§o pode ser utilizado na triagem precoce da função autona´mica (que regula os processos corporais inconscientes), na integração sensorial e no desenvolvimento do reconhecimento social em bebaªs com alto risco familiar de TEA", concluiu o cientista.

 

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