A fibrose castica decorre de mutaa§aµes no gene responsável por uma proteana que participa da secrea§a£o de muco, tornando-a anormalmente espessa

A proteana Vav3 (em verde) cria estações de ancoragem de laquobactanãrias »nasuperfÍcie (em vermelho) das células respirata³rias (núcleos em azul) que facilitam a infecção das vias aanãreas em pacientes com fibrose castica. Crédito: UNIGE, laboratório Chanson
A fibrose castica, uma das doenças genanãticas mais comuns na Suaa§a, causa graves distúrbios respirata³rios e digestivos. Apesar dos considera¡veis ​​avanços terapaªuticos, essa doença ainda reduz a expectativa de vida, principalmente devido a infecções respirata³rias com risco de vida.
Cientistas da Universidade de Genebra (UNIGE) descobriram o motivo desse grande número de infecções pulmonares: uma proteana , o Vav3, promove infecções criando uma 'estação de ancoragem bacteriana' nasuperfÍcie das vias aanãreas. A inibição dessa proteana pode impedir que as bactanãrias atracem nasuperfÍcie das vias aanãreas e causem infecções recorrentes. Esses resultados, publicados na revista Cell Reports , abrem caminho para perspectivas terapaªuticas interessantes para limitar as complicações respirata³rias em pessoas com fibrose castica .
A fibrose castica decorre de mutações no gene responsável por uma proteana que participa da secreção de muco, tornando-a anormalmente espessa. A alteração desse gene isolado leva a graves problemas respirata³rios e digestivos e limita a qualidade de vida e a expectativa de vida das pessoas afetadas. Nos pulmaµes, por exemplo, o muco hiperviscoso estagna e obstrui as vias aanãreas.
Infecções recorrentes
O acaºmulo de muco não apenas obstrui as vias aanãreas, mas também promove infecções pulmonares persistentes. Apesar dos grandes avanços terapaªuticos, essas infecções pulmonares permanecem frequentes e graves. Devem-se principalmente a uma bactanãria conhecida por sua resistência a antibia³ticos, Pseudomonas aeruginosa. "Embora se saiba que a viscosidade do muco desempenha um papel no aprisionamento de bactanãrias, a razãopela qual elas ancoram tão facilmente nas vias aanãreas édesconhecida", explica Marc Chanson, professor do Departamento de Fisiologia Celular e Metabolismo da Faculdade de Medicina da UNIGE. "A ancoragem de Pseudomonas aeruginosa nas células das vias aanãreas éo ponto de partida para essas infecções muitas vezes fatais. Compreender esse processo pode ajudar a prevenir a sua ocorraªncia".
Uma estação de ancoragem bacteriana
Pesquisadores do UNIGE compararam células das vias aanãreas de pessoas doentescom células sauda¡veis. "Todo o projeto começou quando descobrimos que a proteana Vav3, que atéagora não demonstrava estar envolvida nesta doena§a, estava super expressa em células doentes", entusiasma Mehdi Badaoui, pesquisador da equipe do Prof. Marc Chanson e primeiro autor deste trabalho. Apa³s inaºmeras análises in vitro, os cientistas descobriram o papel principal dessa proteana: ela direciona a construção de uma verdadeira estação de ancoragem bacteriana. Concretamente, o Vav3 força duas outras proteanas, fibronectina e integrina b1, a se associarem nasuperfÍcie celular e criar um complexo que promove infecções por Pseudomonas aeruginosa. "a‰ a primeira vez que se observa um mecanismo que cria um microambiente favora¡vel para uma bactanãria antes mesmo de chegar", diz Marc Chanson. "
Inibindo o Vav3 para limitar infecções respirata³rias
Como desenvolver esse mecanismo para desenvolver opções terapaªuticas? Ao inibir o Vav3 em células doentes, os cientistas conseguiram impedir a expressão das outras duas proteanas que compõem a estação de acoplamento. "E, de fato, a ausaªncia dessa estrutura limita a adesão de Pseudomonas aeruginosa", acrescenta Mehdi Badaoui. Embora o vanculo exato entre a proteana Vav3 e o defeito genanãtico que causa fibrose castica ainda não tenha sido determinado, essa descoberta éum alvo terapaªutico promissor para limitar as complicações respirata³rias.