Saúde

A fragilidade étão importante quanto a idade ou os problemas de saúde subjacentes no risco de morte por COVID-19
Onívelde fragilidade étão importante quanto a idade ou os problemas de saúde subjacentes para determinar se os pacientes hospitalizados podem morrer de COVID-19, segundo um novo estudo envolvendo pesquisadores do King's College London.
Por Universidade de Cardiff - 14/07/2020

Reprodução

A análise de 1.564 pacientes hospitalares em 10 locais no Reino Unido e um na Ita¡lia por especialistas em cuidados geria¡tricos sugere que o aumento da fragilidade estãoassociado a um maior risco de morte e a um maior tempo gasto no hospital.

O estudo, publicado em julho na revista The Lancet Public Health , foi realizado por pesquisadores da Cardiff University, King's College London, Salford Royal e North Bristol NHS trust, entre outros, e éo primeiro a explorar o impacto da fragilidade no risco de morte no mundo. pandemia atual. Os pesquisadores do King's College London lideraram a coleta e análise de dados.

Os pesquisadores disseram que suas descobertas mostraram que a avaliação da fragilidade écrucial para informar as decisaµes cla­nicas no tratamento com COVID-19 - e recomendaram seu uso como um indicador-chave para avaliar o risco de morte de um paciente.

"As diretrizes da NICE, implementadas em mara§o, já recomendam o uso da fragilidade para avaliar pacientes com COVID-19 - mas não sabemos o quanto isso estãosendo usado na prática . Nosso estudo mostra que évital cuidar da linha de frente; todo paciente com COVID-19 deve ser avaliado quanto a  fragilidade, porque agora sabemos que a fragilidade - não importa quantos anos vocêtenha ou que condições subjacentes vocêpossa ter - afeta sua chance de recuperação desta doena§a".

- Investigador-chefe e principal autor, Dr. Jonathan Hewitt, Faculdade de Medicina da Universidade de Cardiff

Ele continua: "Atéagora, o foco estava na idade e em outros problemas de saúde, mas acreditamos que isso agora deve mudar para fragilidade para garantir que os pacientes estejam recebendo o tratamento adequado e direcionado".

A fragilidade éuma condição cla­nica significada por uma perda de reservas, energia e bem-estar que deixa as pessoas vulnera¡veis ​​amudanças repentinas na saúde e em risco de internação hospitalar, a necessidade de cuidados prolongados ou a morte.

A autora saªnior Dra. Kathryn McCarthy, cirurgia£o do North Bristol NHS Trust que pesquisa fragilidade, disse: 'a‰ necessa¡ria maior conscientização sobre o conceito de fragilidade e seu uso como ferramenta de avaliação, tanto em hospitais quanto na comunidade.

A avaliação da fragilidade érápida e fa¡cil, e o treinamento para realiza¡-la ésimples. Poderia ser realizado rotineiramente por médicos de familia ou geriatras na atenção ba¡sica ou mesmo em casas de repouso, permitindo que essas informações estivessem disponí­veis na admissão no hospital.

'Nossas descobertas também podem ajustar o entendimento das pessoas sobre seus pra³prios riscos pessoais com o COVID-19. Por exemplo, pessoas mais jovens podem ter riscos mais fra¡geis e mais altos, mas dizem que estãoem um grupo de menor risco, enquanto pessoas mais velhas que não são fra¡geis foram informadas de que estãoem risco e precisam se proteger apenas por causa da idade.

"Se as pessoas acreditarem que podem se enquadrar na categoria de alta fragilidade, devem se envolver com seu médico de fama­lia, pois correm maior risco de morrer de COVID-19 se forem infectadas. Uma vez avaliada como fra¡gil, existem muitas medidas preventivas que podem ser tomadas para diminuir a fragilidade, principalmente em torno do exerca­cio".

- Dra. Kathryn McCarthy, autora saªnior, cirurgia£ do North Bristol NHS Trust

O objetivo do estudo COPE (COVID-19 em idosos) foi estabelecer a prevalaªncia de fragilidade em pacientes com COVID-19 - e investigar sua influaªncia na mortalidade e no tempo de internação.

Das 1.564 pessoas admitidas no COVID-19, dois tera§os tinham 65 anos ou mais. Nem todos os grupos mais velhos foram considerados fra¡geis, com 65% daqueles com mais de 65 anos se enquadram nessa categoria, enquanto 20% daqueles com menos de 65 anos são considerados fra¡geis.

Ana¡lises posteriores mostraram que pacientes que eram considerados fra¡geis eram 2,4 vezes mais propensos a morrer de COVID-19 do que aqueles que não foram avaliados como fra¡geis, depois de considerar a idade, outros problemas de saúde e a gravidade da doença quando os pacientes foram admitidos para o Hospital.

"Nosso estudo mostrou que houve um aumento de 2,4 vezes na mortalidade hospitalar entre as mais fra¡geis em comparação com as menos fra¡geis após considerar a idade, outras condições de saúde e gravidade da doença na admissão".

- Dr. Ben Carter, epidemiologista principal do estudo do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociaªncia (IoPPN), King's College London

Ele acrescentou: 'Precisamos pensar na fragilidade como sendo tão importante quanto a idade ou as condições de saúde subjacentes quando se trata de tratar o COVID-19 e agora devemos procurar maneiras de ajudar a reduzir a fragilidade na população em geral como uma medida protetora'.

O Dr. Carter continuou: 'Com as medidas de proteção sendo relaxadas nos pra³ximos meses e a possibilidade conta­nua de uma segunda onda de COVID-19, seráimportante ter um indicador significativo para ajudar a informar as decisaµes sobre quem pode ter que se proteger novamente.

"Neste estudo, mostramos o valor da fragilidade na avaliação do risco de morte por Covid-19 e acreditamos que poderia fornecer informações aºteis sobre se e quando as pessoas tera£o que se proteger novamente no futuro".

A pesquisa foi uma colaboração entre a Universidade de Cardiff, o North Bristol NHS trust, as universidades King's College London, Aberdeen e Glasgow e a Universidade de Modena e Reggio Emilia, e incluiu pacientes do Conselho de Saúde da Universidade de Cardiff e Vale, Conselho de Saúde da Universidade Aneurin Bevan, North Bristol NHS Trust, Salford Royal NHS Foundation Trust, NHS Greater Glasgow e Clyde, NHS Grampian e Hospital Universita¡rio de Modena Policlinico.

Segundo os pesquisadores, foram necessa¡rios mais trabalhos para entender se cuidados geria¡tricos abrangentes, atividade física e nutrição ideal poderiam melhorar os resultados para pacientes fra¡geis com a doena§a.

 

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