Saúde

Bebaª infectado com COVID-19 no aºtero
O bebaª, nascido em mara§o, sofreu inchaa§o cerebral e sintomas neurola³gicos ligados ao COVID-19 em adultos, mas se recuperou desde então, relataram nesta tera§a-feira, 14, na revista Nature Communications .
Por Medicalxpress - 14/07/2020

Doma­nio paºblico

Manãdicos na Frana§a descreveram o que disseram ser o primeiro caso confirmado de um recanãm-nascido infectado no aºtero pela ma£e com COVID-19.

O bebaª, nascido em mara§o, sofreu inchaa§o cerebral e sintomas neurola³gicos ligados ao COVID-19 em adultos, mas se recuperou desde então, relataram nesta tera§a-feira, 14, na revista Nature Communications .

Pesquisas anteriores apontaram para a prova¡vel transmissão do va­rus da ma£e para o feto, mas o estudo oferece a primeira evidência sãolida, disse a autora saªnior Daniele De Luca, médica do Hospital Antoine Beclere, perto de Paris.

"Mostramos que a transmissão da ma£e para o feto atravanãs da placenta épossí­vel durante as últimas semanas de gravidez", disse ele.

Na semana passada, pesquisadores na Ita¡lia disseram que dados de 31 mulheres gra¡vidas hospitalizadas com COVID-19 "sugeriram fortemente" que o va­rus pudesse ser transmitido a bebaªs ainda não nascidos.

Um estudo da JAMA em mara§o relatando um número semelhante de pacientes gra¡vidas com COVID-19 chegou a uma conclusão semelhante.

Mas a evidência permaneceu circunstancial.

"Vocaª precisa analisar o sangue materno, o la­quido amnia³tico, o sangue do recanãm-nascido, a placenta etc.", disse De Luca por telefone.

"Obter todas essas amostras durante uma pandemia com emergaªncias em todos os lugares não tem sido fa¡cil. a‰ por isso que ésuspeito, mas nunca demonstrado".

De Luca e sua equipe reuniram esses dados para o caso de uma mulher gra¡vida de vinte anos internada no hospital no ini­cio de mara§o.

Como o bebaª foi entregue por cesariana , todas as fontes e reservata³rios potenciais do va­rus permaneceram intactos.

A concentração de SARS-CoV-2, o nome tanãcnico dado ao va­rus, foi maior na placenta, descobriram os pesquisadores.

"A partir daa­, passou pelo corda£o umbilical atéo bebaª, onde se desenvolve", disse De Luca. "Esse éo caminho da transmissão."

'Ma¡s nota­cias'

O bebaª começou a desenvolver sintomas graves 24 horas após o nascimento, incluindo rigidez severa do corpo, danos a  substância branca no cérebro e irritabilidade extrema.

Poranãm, antes que os médicos pudessem decidir o tratamento, os sintomas começam a diminuir. Dentro de três semanas, o recanãm-nascido havia se recuperado quase totalmente por conta própria.

Traªs meses depois, sua ma£e estãosem sintomas.

"A ma¡ nota­cia éque isso realmente aconteceu e pode acontecer", disse De Luca. "A boa nota­cia éque éraro - muito raro em comparação com a população global".

Entre os milhares de bebaªs nascidos de ma£es com COVID-19, mais de um ou dois por cento apresentaram resultado positivo para o va­rus, e menos ainda apresentam sintomas graves, disse Marian Knight, professora de saúde da população materna e infantil da Universidade de Oxford que não estava envolvido na pesquisa.

"A mensagem mais importante para as mulheres gra¡vidas continua sendo a de evitar infecções, prestando atenção a s medidas de lavagem das ma£os e de distanciamento social", afirmou.

Outros disseram que o estudo de caso esclarece como o va­rus passa de ma£e para filho.

"Este relatório adiciona conhecimento a um possí­vel mecanismo de transferaªncia para o bebaª, atravanãs da placenta", comentou Andrew Shennan, professor de obstetra­cia do King's College London.

"Mas as mulheres podem ter certeza de que a gravidez não éum fator de risco significativo para elas ou seus bebaªs com COVID-19".

 

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