Saúde

Bebaªs prematuros experimentam alta exposição ao rua­do na incubadora
Os bebaªs prematuros são expostos a um altonívelde rua­do na incubadora, principalmente se estiverem em suporte respirata³rio na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).
Por Universidade Médica de Viena - 20/07/2020

Doma­nio paºblico

O que os bebaªs prematuros ouvem enquanto estãodeitados em uma incubadora? Essa éa pergunta abordada por uma equipe interdisciplinar da Universidade Manãdica de Viena, liderada por Vito Giordano (neurocientista da Divisão de Neonatologia, Terapia Intensiva Pedia¡trica e Neuropediatria do Centro Compreensivo de Pediatria (CCP) da Universidade Manãdica de Viena) e por o fisiologista da música Matthias Bertsch, da Universidade de Maºsica e Artes Caªnicas, no recente estudo "The Sound of Silence", publicado na revista Frontiers in Psychology . Este estudo mostra que os bebaªs prematuros são expostos a um altonívelde rua­do na incubadora, principalmente se estiverem em suporte respirata³rio na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), nascem prematuramente aproximadamente 15 milhões de bebaªs por ano, a proporção variando entre 5% e 18%, dependendo dopaís de origem. Apesar das melhorias gerais na medicina intensiva, muitos bebaªs prematuros enfrentam prejua­zos ao longo da vida. A experiência auditiva intra-uterina difere fortemente da carga auditiva extra-uterina encontrada em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).

"Todos, especialmente clínicos, enfermeiros, musicoterapeutas e pais, agora são capazes de imaginar como isso soa dentro da incubadora, ouvindo exemplos dos sons em si. Por dentro, soa bem diferente do lado de fora, pois a incubadora atua como um reforço de graves, ou seja, frequências mais baixas abaixo de 250 Hz são significativamente mais altas "


"Sa£o principalmente os rua­dos de baixa frequência (nota: abaixo de 500 Hz) que são transmitidos e filtrados pelo corpo da ma£e. Va¡rios estudos indicaram que onívelde rua­do dentro da UTIN excede repetidamente em muito o limite recomendado de 35 dB. Sinais do equipamento de monitoramento, conversas barulhentas, abertura saºbita de portas ou procedimentos médicos resultam em um altonívelde rua­do de fundo e atingem valores de pico bem acima de 100 dB ", explica Giordano.

No entanto, altos na­veis de rua­do podem levar a  deficiência auditiva ou atéa  perda auditiva - a incidaªncia estãoentre 2% e 10% em bebaªs muito prematuros, em oposição a apenas 0,1% -0,2% em bebaªs nascidos a termo. "Os bebaªs prematuros em uma incubadora carecem da filtragem e absorção naturais do rua­do de fundo que ocorre no aºtero da ma£e. Novos esta­mulos e / ou rua­dos acaºsticos tem um impacto marcante na maturação pa³s-natal do sistema auditivo, como apontado pelo especialista da Medical University Vienna No entanto, o silaªncio, que leva a  privação, um sentimento de isolamento, étão prejudicial quanto os esta­mulos altos.O problema não éessencialmente novo: hoje em dia, conceitos educacionais e indicadores visuais para reduzir o rua­do já são padrãonas enfermarias neonatais.

O objetivo do estudo recentemente publicado foi primeiramente registrar a dina¢mica dos sons dentro de uma incubadora e, em segundo lugar, permitir que outras pessoas entendessem a experiência auditiva de bebaªs prematuros. "Todos, especialmente clínicos, enfermeiros, musicoterapeutas e pais, agora são capazes de imaginar como isso soa dentro da incubadora, ouvindo exemplos dos sons em si. Por dentro, soa bem diferente do lado de fora, pois a incubadora atua como um reforço de graves, ou seja, frequências mais baixas abaixo de 250 Hz são significativamente mais altas ", explica o fisiologista da música Matthias Bertsch.

 

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