Saúde

Usando luz em vez de eletricidade em implantes cocleares
Em seu trabalho publicado na revista Science Translational Medicine , o grupo descreve seu novo aparelho auditivo e como ele funcionou em ratos de teste.
Por Bob Yirka, - 23/07/2020


Implante coclear a³ptico moldado em silicone submetido a um teste de flexa£o. Crédito: D. Keppeler et al., Science Translational Medicine (2020)

Uma equipe de pesquisadores afiliados a várias instituições na Alemanha desenvolveu um implante coclear que converte ondas sonoras em sinais luminosos, em vez de elanãtricos. Em seu trabalho publicado na revista Science Translational Medicine , o grupo descreve seu novo aparelho auditivo e como ele funcionou em ratos de teste.

Os implantes cocleares funcionam convertendo as ondas sonoras em sinais elanãtricos que são enviados para as células nervosas do ouvido. A ideia éignorar as células ciliadas danificadas dentro da ca³clea para restaurar a audição. Mas como o fluido no ouvido também conduz eletricidade, os sinais elanãtricos gerados podem atravessar, levando a uma perda de resolução. O resultado édificuldade em ouvir em algumas situações, como salas lotadas ou ao ouvir música com muitos instrumentos. Nesse novo esfora§o, os pesquisadores procuraram substituir os sinais elanãtricos nesses dispositivos por sinais de luz , que não seriam turvos pelo fluido do ouvido e, assim, melhorar a audição.

Em todos os tipos de dispositivos cocleares, o som que entra no ouvido édirecionado para um chip de computador que processa o som que detecta. Apa³s o processamento, o chip direciona outro dispositivo para criar sinais que são enviados aos neura´nios. Com o novo dispositivo, os pesquisadores desenvolveram um dispositivo que iria gerar luz usando chips de LED e envia¡-lo atravanãs do cabo de fibra diretamente para as células nervosas.

Para que esse sistema funcione, as células nervosas dentro do ouvido precisariam ser modificadas de alguma maneira para permitir que respondessem a  luz em vez de a  eletricidade. Para fins de teste, os pesquisadores modificaram ratos de laboratório geneticamente para cultivar células nervosas em seus ouvidos que respondiam a  luz. No dispositivo, eles usaram um implante com 10 chips de LED. Eles também treinaram os ratos para responder a diferentes sons antes de desativar suas células ciliadas e implantar os dispositivos cocleares. Os implantes funcionaram como esperado, pois os ratos foram capazes de responder de maneira semelhante aos mesmos sons gerados.

Os pesquisadores sugerem que, nas pessoas, esse dispositivo usaria 64 LEDs ou outros canais de fonte de luz. Eles também planejam realizar mais pesquisas com o dispositivo e esperam iniciar os ensaios clínicos até2025.

 

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