Saúde

Vacina contra va­rus posta a  prova final em milhares de voluntários
Ainda não hágarantia de que a vacina experimental, desenvolvida pelos Institutos Nacionais de Saúde e Moderna Inc., realmente proteja.
Por Lauran Neergaard - 27/07/2020


Esta foto de arquivo de 16 de mara§o de 2020 mostra frascos usados ​​por farmacaªuticos para preparar seringas usadas no primeiro dia de um estudo cla­nico de estudo de segurança de primeira fase da potencial vacina para COVID-19, a doença causada pelo novo coronava­rus, no Kaiser Permanente Instituto de Pesquisa em Saúde de Washington, em Seattle. O maior teste de vacina contra COVID-19 do mundo começou na segunda-feira, 27 de julho, com o primeiro dos 30.000 voluntários planejados. A vacina experimental éfeita pelos Institutos Nacionais de Saúde e Moderna Inc. e éuma das várias candidatas na reta final da corrida global de vacinas. (Foto AP / Ted S. Warren, Arquivo)

O maior estudo de vacinas COVID-19 do mundo começou na segunda-feira, com o primeiro dos 30.000 voluntários planejados ajudando a testar as fotos criadas pelo governo dos EUA - um dos vários candidatos no trecho final da corrida global de vacinas.

Ainda não hágarantia de que a vacina experimental, desenvolvida pelos Institutos Nacionais de Saúde e Moderna Inc., realmente proteja.

A prova necessa¡ria: os voluntários não sabera£o se estãorecebendo a foto real ou uma versão ficta­cia. Apa³s duas doses, os cientistas acompanhara£o de perto qual grupo experimenta mais infecções a  medida que seguem suas rotinas dia¡rias, especialmente em áreas onde o va­rus ainda estãose espalhando sem controle.

"Infelizmente para os Estados Unidos da Amanãrica, temos muitas infecções no momento" para obter essa resposta, disse recentemente o Dr. Anthony Fauci, do NIH, a  Associated Press.

Moderna disse que a vacinação foi realizada em Savannah, na Gea³rgia, o primeiro local a ser iniciado entre mais de sete dezenas de locais de teste espalhados por todo opaís.

Va¡rias outras vacinas fabricadas pela China e pela Universidade Brita¢nica de Oxford no ini­cio deste maªs iniciaram testes menores na fase final no Brasil e em outrospaíses atingidos.

Mas os EUA exigem seus pra³prios testes de qualquer vacina que possa ser usada nopaís e estabeleceram umnívelalto: todos os meses atéo outono, a Rede de Prevenção COVID-19, financiada pelo governo, lana§ara¡ um novo estudo de um candidato lider - cada um com 30.000 voluntários recanãm-recrutados.

Os estudos macia§os não servem apenas para testar se os tiros funcionam - eles são necessa¡rios para verificar a segurança de cada potencial vacina. E, seguindo as mesmas regras de estudo, os cientistas podera£o comparar todos os planos.

Em agosto, inicia-se o estudo final da injeção de Oxford, seguido de planos para testar um candidato da Johnson & Johnson em setembro e da Novavax em outubro - se tudo correr conforme o cronograma. A Pfizer Inc. planeja seu pra³prio estudo de 30.000 pessoas neste vera£o.

a‰ um número impressionante de pessoas necessa¡rias para arregaa§ar as mangas para a ciência Mas nas últimas semanas, mais de 150.000 americanos preencheram um registro on-line, indicando o interesse, disse o Dr. Larry Corey, virologista do Instituto de Pesquisa do Ca¢ncer Fred Hutchinson, em Seattle, que ajuda a supervisionar os locais do estudo.

Nesta foto de arquivo de 16 de mara§o de 2020, um farmacaªutico da¡ a Jennifer Haller,
a  esquerda, a primeira tentativa no primeiro estudo cla­nico de estudo de segurança de
uma potencial vacina para COVID-19, a doença causada pelo novo coronava­rus, no Kaiser
Permanente Instituto de Pesquisa em Saúde de Washington, em Seattle. O maior teste de
vacina contra COVID-19 do mundo começou na segunda-feira, 27 de julho, com o primeiro
dos 30.000 voluntários planejados. A vacina experimental éfeita pelos Institutos
Nacionais de Saúde e Moderna Inc. e éuma das várias candidatas na reta final
da corrida global de vacinas. (Foto AP / Ted S. Warren, Arquivo)

"Esses testes precisam ser multigeracionais, precisam ser multianãtnicos, precisam refletir a diversidade da população dos Estados Unidos", disse Corey em uma reunia£o de vacinas na semana passada. Ele ressaltou que éespecialmente importante garantir participantes negros e hispa¢nicos em número suficiente, pois essas populações são duramente atingidas pelo COVID-19.
 
Normalmente, leva anos para criar uma nova vacina do zero, mas os cientistas estãoestabelecendo recordes de velocidade desta vez, estimulados pelo conhecimento de que a vacinação éa melhor esperana§a do mundo contra a pandemia. Nem sequer se sabia que o coronava­rus existia antes do final de dezembro, e os fabricantes de vacinas entraram em ação em 10 de janeiro, quando a China compartilhou a sequaªncia genanãtica do va­rus.

Apenas 65 dias depois, em mara§o, a vacina fabricada pelo NIH foi testada em pessoas . O primeiro destinata¡rio estãoincentivando outros a se voluntariarem agora.

"Todos nos sentimos tão desamparados no momento. Ha¡ muito pouco que possamos fazer para combater esse va­rus. E poder participar deste julgamento me deu uma sensação de que estou fazendo algo", disse Jennifer Haller de Seattle ao jornal. AP. "Esteja preparado para muitas perguntas de seus amigos e familiares sobre como estãoindo e muitos agradecimentos".

O estudo da primeira etapa, que incluiu Haller e outros 44, mostrou que os disparos aceleraram o sistema imunológico dos voluntários de maneiras que os cientistas esperam que sejam protetores, com alguns efeitos colaterais menores, como febre breve, calafrios e dor no local da injeção. Os testes iniciais de outros candidatos lideres tiveram resultados igualmente encorajadores.

Se tudo der certo com os estudos finais, ainda sera£o necessa¡rios meses para que os primeiros dados cheguem do teste Moderna, seguido pelo de Oxford.

Governos de todo o mundo estãotentando armazenar milhões de doses dos principais candidatos, portanto, se e quando os reguladores aprovarem uma ou mais vacinas, as imunizações podera£o comea§ar imediatamente. Mas as primeiras doses disponí­veis sera£o racionadas, presumivelmente reservadas para pessoas com maior risco do va­rus.

"Estamos otimistas, cautelosamente otimistas" de que a vacina funcionara¡ e de que "atéo final do ano" havera¡ dados para comprova¡-la, disse o Dr. Stephen Hoge, presidente da Moderna com sede em Massachusetts, a um subcomitaª da Ca¢mara na semana passada. .

Atéentão, Haller, o volunta¡rio vacinado em mara§o, usa uma ma¡scara em paºblico e toma as mesmas precauções de distancia recomendadas para todos - enquanto espera que um dos tiros no oleoduto acontea§a.

"Nãosei quais são as chances de que essa seja a vacina exata. Mas, graças a Deus, hátantas outras por aa­ lutando contra isso agora", disse ela.

 

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