Saúde

Estudo encontra potencial terapia para reverter a perda de memória da doença de Alzheimer
Os pesquisadores descobriram que o p38gamma, quando ativado, pode modificar uma protea­na que impede o desenvolvimento dos sintomas da doença de Alzheimer.
Por Universidade Macquarie - 30/07/2020


Doma­nio paºblico

Pesquisadores da Universidade Macquarie descobriram um novo tratamento mundial que reverte os efeitos da perda de memória associada a  doença de Alzheimer em um estudo com ratos com demaªncia avana§ada.

A pesquisa, co-liderada por dois irmãos, Dr. Arne Ittner e Professor Lars Ittner, do Centro de Pesquisa de Demaªncia da Universidade Macquarie, baseia-se em seu trabalho iniciado em 2016, envolvendo uma terapia genanãtica inovadora que usa uma enzima que estãonaturalmente presente no organismo. cérebro, conhecido como p38gamma.

Os pesquisadores descobriram que o p38gamma, quando ativado, pode modificar uma protea­na que impede o desenvolvimento dos sintomas da doença de Alzheimer.

Esta última descoberta, publicada na edição de setembro da revista, Acta Neuropathologica, foi um passo além e mostrou que o gene realmente melhorou ou restaurou grande parte da memória em camundongos Alzheimer avana§ados. a‰ importante ressaltar que suas descobertas também sugerem que a terapia gaªnica pode ser eficaz em outras formas de demaªncia , incluindo demaªncia frontotemporal, que se apresenta em pacientes muito mais jovens na faixa dos 40 e 50 anos.

"Sera¡ emocionante ver como mais de 10 anos de pesquisa ba¡sica para entender os mecanismos da doença de Alzheimer finalmente passara£o para o desenvolvimento cla­nico para, eventualmente, beneficiar os mais necessitados, pessoas vivendo com demaªncia",


Lars Ittner.

A terapia gaªnica éum processo pelo qual o material genanãtico éintroduzido nas células para substituir genes anormais ou produzir uma protea­na benanãfica.

O professor Lars Ittner, que éo diretor do Centro de Pesquisa sobre Demaªncia da Universidade Macquarie, diz: "Quando comea§amos a desenvolver essa terapia genanãtica, espera¡vamos que ela interrompesse a progressão da demaªncia, mas não espera¡vamos ver que ela não apenas parava. reverteu completamente a perda de memória que já existia quando comea§amos a terapia ".

A equipe mostrou ainda que a terapia genanãtica ésegura mesmo em altas doses e quando aplicada a longo prazo, sem eventos adversos observados durante o estudo.

A Dra. Arne Ittner, principal autora do estudo, explica: "Precisamos entender melhor o que acontece com as moléculas no cérebro durante a demaªncia. Nosso trabalho fornece uma pea§a muito poderosa nesse quebra-cabea§a".

O pra³ximo passo seráfazer a transição para testar a segurança e eficácia em humanos. A Universidade Macquarie estãoatualmente realizando uma avaliação detalhada do caminho regulata³rio e de desenvolvimento necessa¡rio para avaliar a terapia genanãtica em pacientes humanos. Parcerias com potenciais investidores e parceiros farmacaªuticos também estãosendo exploradas ativamente.

"Sera¡ emocionante ver como mais de 10 anos de pesquisa ba¡sica para entender os mecanismos da doença de Alzheimer finalmente passara£o para o desenvolvimento cla­nico para, eventualmente, beneficiar os mais necessitados, pessoas vivendo com demaªncia", disse o professor Lars Ittner.

"Isso fornece esperana§a, pois hámuita terapia por aa­ focada na prevenção, mas não muito para aqueles que já são afetados pela doena§a".

Os dois pesquisadores preveem que o possí­vel sucesso dessa nova terapia pode estar ao alcance dos seres humanos em menos de 10 anos: "Isso pode ser tão pra³ximo quanto um cronograma de cinco anos para que possamos ver o sucesso que vimos em ratos".

 

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