Estudo sugere que embriaµes podem ser suscetíveis ao coronavarus já na segunda semana de gravidez
Acredita-se que os genes que desempenham um papel na maneira como o varus SARS-CoV-2 infecta nossas células sejam ativos em embriaµes desde a segunda semana de gravidez, afirmam cientistas de Cambridge e Caltech
Embria£o humano cultivado in vitro - Crédito: Zernicka-Goetz Lab
"COVID-19 pode afetar a capacidade do embria£o de se implantar adequadamente no aºtero ou ter implicações para a saúde fetal futura"
David Glover
Os pesquisadores dizem que isso pode significar que os embriaµes são suscetíveis ao COVID-19 se a ma£e ficar doente, afetando potencialmente as chances de uma gravidez bem-sucedida.
Embora inicialmente reconhecido como causador de doença respirata³ria, o varus SARS-CoV-2, que causa a doença de COVID-19, também afeta muitos outros órgãos. A idade avana§ada e a obesidade são fatores de risco para complicações, mas questões relacionadas aos possaveis efeitos na saúde fetal e na gravidez bem-sucedida de pessoas infectadas com SARS-CoV-2 permanecem amplamente sem resposta.
Para examinar os riscos, uma equipe de pesquisadores usou a tecnologia desenvolvida pela professora Magdalena Zernicka-Goetz, da Universidade de Cambridge, para cultivar embriaµes humanos atravanãs do esta¡gio que eles normalmente implantam no corpo da ma£e para observar a atividade - ou 'expressão' - dos principais genes do embria£o. Suas descobertas foram publicadas hoje no jornal Open Biology da Royal Society.
NasuperfÍcie do varus SARS-CoV-2 existem grandes proteanas 'spike'. As proteanas spike se ligam ao ACE2, um receptor de proteana encontrado nasuperfÍcie das células do nosso corpo. A proteana spike e a ACE2 são então clivadas, permitindo que o material genanãtico do varus entre na canãlula hospedeira. O varus manipula o mecanismo da canãlula hospedeira para permitir a replicação e propagação do varus.
Os pesquisadores descobriram padraµes de expressão dos genes ACE2, que fornecem o ca³digo genanãtico para o receptor SARS-CoV-2, e TMPRSS2, que fornece o ca³digo para uma molanãcula que quebra a proteana do pico viral e o receptor ACE2, permitindo a infecção. ocorrer. Esses genes foram expressos durante os esta¡gios-chave do desenvolvimento do embria£o e em partes do embria£o que se desenvolvem em tecidos que interagem com o suprimento sanguaneo materno para troca de nutrientes. A expressão gaªnica requer que o ca³digo do DNA seja primeiro copiado para uma mensagem de RNA, que depois direciona a santese da proteana codificada. O estudo relata a descoberta dos mensageiros de RNA.
A professora Magdalena Zernicka-Goetz, que ocupa cargos na Universidade de Cambridge e na Caltech, disse: “Nosso trabalho sugere que o embria£o humano pode ser suscetavel ao COVID-19 logo na segunda semana de gravidez, se a ma£e ficar doente.
“Para saber se isso realmente poderia acontecer, agora se torna muito importante saber se as proteanas ACE2 e TMPRSS2 são produzidas e posicionadas corretamente nassuperfÍcies das células. Se esses pra³ximos passos também estiverem ocorrendo, épossível que o varus possa ser transmitido da ma£e e infectar as células do embria£o. â€
O professor David Glover, também de Cambridge e Caltech, acrescentou: “Os genes que codificam proteanas que tornam as células suscetíveis a infecção por esse novo coronavarus se expressam muito cedo no desenvolvimento do embria£o. Esta éuma etapa importante quando o embria£o se liga ao aºtero da ma£e e realiza uma grande remodelação de todos os seus tecidos e, pela primeira vez, comea§a a crescer. O COVID-19 pode afetar a capacidade do embria£o de se implantar adequadamente no aºtero ou ter implicações para a saúde fetal futura. â€Â
A equipe afirma que são necessa¡rias mais pesquisas usando modelos de células-tronco e primatas não humanos para entender melhor o risco. No entanto, eles afirmam que suas descobertas enfatizam a importa¢ncia das mulheres que planejam uma familia tentarem reduzir o risco de infecção.
"Nãoqueremos que as mulheres se preocupem indevidamente com essas descobertas, mas elas reforçam a importa¢ncia de fazer tudo o que podem para minimizar o risco de infecção", disse Bailey Weatherbee, estudante de doutorado da Universidade de Cambridge.