Preocupados com a recaada e a manutena§a£o da recuperaça£o, médicos e pacientes estãoadotando a teleterapia agora que as sessaµes presenciais são menos uma opa§a£o.

A escalada de distúrbios alimentares durante a pandemia de coronavarus épreocupante, já que 20 milhões de mulheres e 10 milhões de homens - 10% da população nos Estados Unidos - sofrem de anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno alimentar compulsivo e condições relacionadas.
Muitos de nosoptamos por consolar os alimentos para lidar com a pandemia e suas restrições resultantes, mas as pessoas com distúrbios alimentares enfrentam uma sanãrie de novos desafios que podem atrapalhar as estratanãgias de enfrentamento e representar um risco para a recuperação.
"O isolamento, as rotinas alteradas e o estresse das compras de supermercado são apenas alguns dos efeitos desestabilizadores que o coronavarus pode ter sobre pessoas com problemas de comer demais e comer demais", disse Michael Devlin , professor de psiquiatria clanica no Centro Manãdico Irving da Universidade Columbia (CUIMC). ), especialista em distúrbios alimentares.
As pessoas que experimentam episãodios de compulsão alimentar podem ser levadas a comprar grandes quantidades de mantimentos, motivadas pelo medo da escassez de alimentos e por diretrizes de distanciamento social para limitar as viagens a loja.
Outros presos em casa com estoques de alimentos podem restringir ainda mais o que comem. E para aqueles que dependem de exercacios, como aulas em uma academia ou sessaµes com um treinador, para evitar a ansiedade, a interrupção dessas rotinas pode desencadear uma alimentação desordenada e o risco de recaada.
A escalada de transtornos alimentares durante a pandemia de coronavarus épreocupante, dado que 20 milhões de mulheres e 10 milhões de homens - 10% da população nos Estados Unidos - sofrem de anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno alimentar compulsivo e condições relacionadas. Os transtornos alimentares tem a maior taxa de mortalidade de qualquer doença mental e ocorrem ao longo da vida em pessoas de diversas etnias.
Um estudo internacional em larga escala que analisou o impacto inicial do COVID-19 nos distúrbios alimentares descobriu que mais de dois tera§os dos participantes pesquisados ​​relataram temores sobre a piora do distaºrbio e estavam preocupados com sua capacidade de manter a recuperação.
Pra³s e contras
Com a terapia presencial considerada arriscada, as preocupações com a recaada motivaram pacientes e profissionais a recorrer a teleterapia. a‰ uma opção raramente usada como aºnico meio de tratamento antes da pandemia, porque impede o uso de pistas visuais, como linguagem corporal ou expressaµes faciais, para orientar a sessão.
Os médicos especializados em transtornos alimentares estãoinvestigando as pesquisas em telessaúde e compartilhando notas sobre como tirar o ma¡ximo proveito das sessaµes. E eles descobriram que a conexão com os pacientes on-line ésurpreendentemente eficaz. Â
"Se existe um lado positivo, éque os terapeutas expandiram o uso da teleterapia e estãocriando soluções criativas para adaptar os tratamentos a um formato on-line", disse Deborah Glasofer , professora associada de psicologia clanica na CUIMC, que antes da pandemia envolvido em terapia on-line principalmente com pacientes em viagens de nega³cios. "A teleterapia não substitui a terapia em uma sala - éum pouco diferente", disse ela, "com desafios, mas também com oportunidades".
Um dos obsta¡culos éque os distúrbios alimentares geralmente andam de ma£os dadas com a imagem corporal negativa. "Os pacientes supervalorizam e geralmente superestimam o tamanho do corpo, e os formatos de vadeo podem aumentar sua consciência de serem vistos e de se ver", disse Devlin.
Embora não seja aconselha¡vel evitar o vadeo, existem outras soluções para aliviar o desconforto do paciente, como voltar da ca¢mera e alterar as configurações para minimizar a imagem na tela. Para alguns pacientes, explorar sentimentos negativos em torno das sessaµes on-line pode ser útil no tratamento, disse Glasofer, que reuniu dados, recomendações e recursos para ajudar os profissionais de seu grupo a tratar pacientes atravanãs da pandemia. Â
Cuidados inovadores
Grande parte do material existente évoltado para praticantes de terapia cognitivo-comportamental (TCC), considerado o principal tratamento baseado em evidaªncias para transtornos alimentares. Essa abordagem, empregada por Glasofer e Devlin em suas prática s, ajuda as pessoas a entender a interação entre seus pensamentos, sentimentos e comportamentos e a desenvolver estratanãgias para alterar os padraµes de pensamento negativo, a fim de melhorar o humor e o funcionamento.
Os médicos descobriram que várias estratanãgias de TCC podem ser adaptadas ao tratamento on-line. Isso pode incluir o agendamento de sessaµes virtuais para preparação de alimentos e refeições; usando o compartilhamento de tela para ajudar os pacientes a encher um carrinho de compras atravanãs de um serviço de entrega on-line e debater alimentos alternativos; ou pedir aos pacientes que mostrem sua imagem na tela, detalhando os naveis de ansiedade e identificando emoções.
Um dos obsta¡culos a teleterapia no passado foi a reluta¢ncia das seguradoras em pagar pelas sessaµes. Essa barreira foi levantada, pelo menos temporariamente. Durante o COVID-19, as agaªncias reguladoras estaduais e federais relaxaram as regras de cobertura para os servia§os de telessaúde, tratando as sessaµes remotas da mesma maneira que as visitas tradicionais aos escrita³rios, com as companhias de seguros seguindo o exemplo.Â
Alguns pacientes estãoachando que preferem visitas virtuais principalmente por conveniaªncia. A terapia em casa permite que as pessoas com dificuldades de transporte, limitações físicas ou criana§as pequenas tenham acesso mais fa¡cil aos cuidados. E os médicos estãoseguindo as dicas de seus pacientes. Â
"Seis meses depois, eu diria que fiquei impressionado com a capacidade de meus pacientes se adaptarem a smudanças nas circunsta¢ncias e levarem o trabalho adiante", disse Devlin. "A pandemia fora§ou grandesmudanças na prática da assistaªncia médica, e não me surpreenderia ao ver sessaµes virtuais ou algumas combinações de pessoa e videoconferaªncia se tornarem parte da norma".