Saúde

Pacientes com câncer de sangue são mais vulnera¡veis ​​ao COVID-19
Um estudo recentemente publicado liderado pelas Universidades de Oxford e Birmingham descobriu que, em comparaça£o com outros tipos de ca¢ncer, os pacientes com câncer no sangue são mais vulnera¡veis ​​aos efeitos da pandemia do coronava­rus.
Por Oxford - 26/08/2020


Um estudo recentemente publicado liderado pelas Universidades de Oxford e Birmingham descobriu que, em comparação com outros tipos de ca¢ncer, os pacientes com câncer no sangue são mais vulnera¡veis ​​aos efeitos da pandemia do coronava­rus - Crédito da imagem: Shutterstock

O estudo, publicado na Lancet Oncology hoje pelo UK Coronavirus Cancer Monitoring Project (UKCCMP), descobriu que pacientes com câncer de sangue estavam particularmente em risco, com probabilidade 57% maior de doença grave se contraa­rem COVID-19. Isso foi quando comparado a outros pacientes com ca¢ncer, como câncer de mama, que demonstrou ter o risco geral mais baixo.

Em linha com o que já sabemos sobre a pandemia de coronava­rus, a idade mostrou ser um fator no desfecho geral, com pacientes com câncer acima de 80 anos tendo a maior frequência de mortalidade.

Como o COVID-19 se espalhou globalmente no ini­cio de 2020, os pacientes com câncer foram identificados como um subgrupo que estava potencialmente em um risco aumentado de infecção por COVID-19 e potencialmente sofrendo consequaªncias de doenças mais graves. Foi essa preocupação que levou a  formação do projeto nacional UKCCMP.

Como os tratamentos de câncer precisam continuar durante a pandemia, este estudo fornece aos médicos e pacientes informações importantes para tomar decisaµes informadas sobre o tratamento. A produção de tabelas de risco para os diferentes tipos de câncer permitira¡ que os médicos discutam os riscos e benefa­cios com os pacientes, para que juntos escolham a melhor forma de tratar o câncer de cada pessoa. O estudo também fornece uma base de evidaªncias a partir da qual hospitais e outros profissionais de saúde podem criar medidas para garantir que eles mantenham o acesso a tratamentos que salvam vidas com a maior segurança possí­vel.

Desde mara§o, mais de 60 centros de câncer em todo o Reino Unido inseriram dados no banco de dados do UKCCMP com informações sobre pacientes adultos com câncer que contraa­ram COVID-19. O projeto foi criado para ajudar os pesquisadores e médicos a entender melhor quais grupos de pacientes com câncer estãoem maior risco de COVID-19 grave.

Usando dados demogra¡ficos, como idade, sexo e tipo de tumor, os pesquisadores foram capazes de determinar que pacientes com ca¢nceres hematola³gicos, particularmente pacientes mais velhos e aqueles com leucemia, tiveram uma trajeta³ria COVID-19 mais grave em comparação com pacientes com tumores de órgãos sãolidos.

A professora Rachel Kerr, pesquisadora saªnior do estudo da Universidade de Oxford, disse: 'Usando esses novos dados, estamos trabalhando rapidamente para identificar tendaªncias e correlações, o que nos permitira¡ criar uma ferramenta de avaliação de risco em camadas para que possamos definir com mais precisão o risco para um determinado paciente com câncer e afaste-se de uma pola­tica geral de “vulnerabilidade” para todos os pacientes com ca¢ncer, no caso de uma segunda onda de COVID-19. '

O Dr. Lennard Lee, Professor Cla­nico Acadaªmico da Universidade de Oxford, disse: 'Pela primeira vez, temos uma análise abrangente para determinar quem corre mais risco de contrair COVID-19. a‰ importante notar que, embora os pacientes com câncer sejam mais vulnera¡veis, a chance de qualquer paciente ser infectado com COVID-19 permanece baixa. As pessoas com câncer podem ter certeza de que tudo estãosendo feito nos centros de câncer do Reino Unido para minimizar efetivamente o risco de infecção, de modo que os tratamentos que salvam vidas possam continuar a ser administrados. '

O professor Gary Middleton, da Universidade de Birmingham e presidente do Projeto de Monitoramento do Ca¢ncer Coronava­rus do Reino Unido, disse: 'Os pacientes estãose voltando para seus oncologistas e querem saber exatamente qual éo risco do COVID-19. Isso éparticularmente importante porque o número de casos na Europa e no Reino Unido ainda éinsta¡vel. O UKCCMP continuara¡ a trabalhar para compreender o efeito do COVID-19 em pacientes com câncer e servia§os oncola³gicos para garantir o melhor atendimento possí­vel nos pra³ximos meses. '

 

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