Um estudo recentemente publicado liderado pelas Universidades de Oxford e Birmingham descobriu que, em comparaça£o com outros tipos de ca¢ncer, os pacientes com câncer no sangue são mais vulnera¡veis ​​aos efeitos da pandemia do coronavarus.
Um estudo recentemente publicado liderado pelas Universidades de Oxford e Birmingham descobriu que, em comparação com outros tipos de ca¢ncer, os pacientes com câncer no sangue são mais vulnera¡veis ​​aos efeitos da pandemia do coronavarus - Crédito da imagem: Shutterstock
O estudo, publicado na Lancet Oncology hoje pelo UK Coronavirus Cancer Monitoring Project (UKCCMP), descobriu que pacientes com câncer de sangue estavam particularmente em risco, com probabilidade 57% maior de doença grave se contraarem COVID-19. Isso foi quando comparado a outros pacientes com ca¢ncer, como câncer de mama, que demonstrou ter o risco geral mais baixo.
Em linha com o que já sabemos sobre a pandemia de coronavarus, a idade mostrou ser um fator no desfecho geral, com pacientes com câncer acima de 80 anos tendo a maior frequência de mortalidade.
Como o COVID-19 se espalhou globalmente no inicio de 2020, os pacientes com câncer foram identificados como um subgrupo que estava potencialmente em um risco aumentado de infecção por COVID-19 e potencialmente sofrendo consequaªncias de doenças mais graves. Foi essa preocupação que levou a formação do projeto nacional UKCCMP.
Como os tratamentos de câncer precisam continuar durante a pandemia, este estudo fornece aos médicos e pacientes informações importantes para tomar decisaµes informadas sobre o tratamento. A produção de tabelas de risco para os diferentes tipos de câncer permitira¡ que os médicos discutam os riscos e benefacios com os pacientes, para que juntos escolham a melhor forma de tratar o câncer de cada pessoa. O estudo também fornece uma base de evidaªncias a partir da qual hospitais e outros profissionais de saúde podem criar medidas para garantir que eles mantenham o acesso a tratamentos que salvam vidas com a maior segurança possível.
Desde mara§o, mais de 60 centros de câncer em todo o Reino Unido inseriram dados no banco de dados do UKCCMP com informações sobre pacientes adultos com câncer que contraaram COVID-19. O projeto foi criado para ajudar os pesquisadores e médicos a entender melhor quais grupos de pacientes com câncer estãoem maior risco de COVID-19 grave.
Usando dados demogra¡ficos, como idade, sexo e tipo de tumor, os pesquisadores foram capazes de determinar que pacientes com ca¢nceres hematola³gicos, particularmente pacientes mais velhos e aqueles com leucemia, tiveram uma trajeta³ria COVID-19 mais grave em comparação com pacientes com tumores de órgãos sãolidos.
A professora Rachel Kerr, pesquisadora saªnior do estudo da Universidade de Oxford, disse: 'Usando esses novos dados, estamos trabalhando rapidamente para identificar tendaªncias e correlações, o que nos permitira¡ criar uma ferramenta de avaliação de risco em camadas para que possamos definir com mais precisão o risco para um determinado paciente com câncer e afaste-se de uma polatica geral de “vulnerabilidade†para todos os pacientes com ca¢ncer, no caso de uma segunda onda de COVID-19. '
O Dr. Lennard Lee, Professor Clanico Acadaªmico da Universidade de Oxford, disse: 'Pela primeira vez, temos uma análise abrangente para determinar quem corre mais risco de contrair COVID-19. a‰ importante notar que, embora os pacientes com câncer sejam mais vulnera¡veis, a chance de qualquer paciente ser infectado com COVID-19 permanece baixa. As pessoas com câncer podem ter certeza de que tudo estãosendo feito nos centros de câncer do Reino Unido para minimizar efetivamente o risco de infecção, de modo que os tratamentos que salvam vidas possam continuar a ser administrados. '
O professor Gary Middleton, da Universidade de Birmingham e presidente do Projeto de Monitoramento do Ca¢ncer Coronavarus do Reino Unido, disse: 'Os pacientes estãose voltando para seus oncologistas e querem saber exatamente qual éo risco do COVID-19. Isso éparticularmente importante porque o número de casos na Europa e no Reino Unido ainda éinsta¡vel. O UKCCMP continuara¡ a trabalhar para compreender o efeito do COVID-19 em pacientes com câncer e servia§os oncola³gicos para garantir o melhor atendimento possível nos pra³ximos meses. '