Saúde

Perfil de anticorpo exclusivo define a sensibilidade ao glaºten além da doença cela­aca
As pessoas com sensibilidade ao glaºten não cela­aca, como as cela­acas, produzem um altonívelde anticorpos anti-glaºten, mas diferem nos tipos de anticorpos produzidos e nas respostas inflamata³rias que esses anticorpos podem instigar.
Por Columbia - 01/09/2020


Doma­nio paºblico

Um novo estudo dos anticorpos produzidos por pessoas com sensibilidade ao glaºten pode levar a uma maneira melhor de detectar a doença e trata¡-la.

Atérecentemente, muitos médicos costumavam rejeitar as queixas de pessoas que afirmavam ser sensa­veis a alimentos contendo glaºten, mas não tinham doença cela­aca, uma doença autoimune bem documentada, desencadeada pela exposição a  protea­na dietanãtica encontrada no trigo, centeio e cevada.

“Descobrimos que as células B de pacientes com doença cela­aca produziram um perfil de subclasse de anticorpos IgG com forte potencial inflamata³rio que estãoligado a  atividade autoimune e danos a s células intestinais”, diz Alaedini. “Em contraste, os pacientes com sensibilidade ao glaºten não cela­aco produziram anticorpos IgG que estãoassociados a uma resposta inflamata³ria mais contida.”


Essa visão mudou nos últimos anos, com base em parte nos estudos de Armin Alaedini, PhD , professor assistente de medicina na Faculdade de Manãdicos e Cirurgiaµes Vagelos da Universidade de Columbia, que investigou a base biológica da sensibilidade ao glaºten não cela­aco.

Mas muitos aspectos da sensibilidade ao glaºten não cela­aco - incluindo o que a causa e como diagnostica¡-la - permanecem mal compreendidos.

O novo estudo de Alaedini mostra que as pessoas com sensibilidade ao glaºten não cela­aca, como as cela­acas, produzem um altonívelde anticorpos anti-glaºten, mas diferem nos tipos de anticorpos produzidos e nas respostas inflamata³rias que esses anticorpos podem instigar.

Alaedini e sua equipe analisaram amostras de sangue de 40 pacientes com doença cela­aca, 80 pacientes com sensibilidade ao glaºten não cela­aca e 40 controles sauda¡veis, todos os quais consumiram uma dieta irrestrita contendo glaºten.

“Descobrimos que as células B de pacientes com doença cela­aca produziram um perfil de subclasse de anticorpos IgG com forte potencial inflamata³rio que estãoligado a  atividade autoimune e danos a s células intestinais”, diz Alaedini. “Em contraste, os pacientes com sensibilidade ao glaºten não cela­aco produziram anticorpos IgG que estãoassociados a uma resposta inflamata³ria mais contida.” 

Esses anticorpos poderiam ser usados ​​no futuro para ajudar os médicos a detectar mais facilmente pessoas com sensibilidade ao glaºten não cela­aco, que atualmente édifa­cil de diagnosticar.

Os perfis de anticorpos também sugerem novas terapias potenciais para a doença cela­aca, que atualmente étratada apenas com dieta. “Os dados sugerem que os pacientes cela­acos geram uma forte resposta inflamata³ria de células B cada vez que consomem glaºten, enquanto o sistema imunológico em pessoas com sensibilidade ao glaºten não cela­aca aprende com seus encontros anteriores com o glaºten e gera respostas menos inflamata³rias ao anta­geno em interações subsequentes. ”

“Se pudermos conduzir células imunola³gicas especa­ficas de pacientes cela­acos em direção a seus estados menos inflamata³rios, poderemos prevenir ou reduzir a gravidade da reação imunola³gica ao glaºten.”

 

.
.

Leia mais a seguir