Pesquisadores das Universidades de Maynooth e Bonn descobrem uma nova conexão na distrofia muscular

Domanio paºblico
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) éa doença muscular mais comum em criana§as e étransmitida por herana§a recessiva ligada ao X. A característica éuma atrofia muscular progressiva. A doença geralmente resulta em morte antes da terceira década de vida. Pesquisadores das Universidades de Maynooth (Irlanda) e Bonn descobriram uma conexão entre os maºsculos distra³ficos e o sistema linfa¡tico em camundongos com a doença de Duchenne. Os resultados já foram publicados na revista "iScience".
A atrofia muscular na doença de Duchenne écausada pela falta de distrofina, uma proteana do citoesqueleto. Em vertebrados, a distrofina éencontrada na membrana da fibra muscular e éimportante para a contração muscular. Embora a doença seja causada principalmente por um aºnico gene defeituoso (gene DMD), como uma doença principalmente neuromuscular, ela também tem efeitos relevantes para a saúde complexos e de longo alcance em tecidos não musculares e sistemas orga¢nicos.
Nos últimos anos, os grupos de pesquisa associados ao Prof. Dr. Dieter Swandulla, Instituto de Fisiologia da Universidade de Bonn, e ao Prof. Dr. Kay Ohlendieck, Universidade Nacional da Irlanda, Maynooth, usaram a análise de proteana por espectrometria de massa (protea´mica) para mostrar que a distrofia muscular de Duchenne causa alterações no respectivo conjunto de proteanas (proteoma) em vários órgãos, incluindo coração, cérebro, rim e fagado, bem como na saliva, soro e urina.
Pesquisa de proteanas marcadoras especaficas de doena§as
"A protea´mica éum manãtodo analatico confia¡vel e eficaz para identificar proteanas marcadoras especaficas de doenças que fornecem informações sobre o curso da doena§a, possaveis alvos terapaªuticos e a eficácia das intervenções terapaªuticas", diz o autor saªnior, Prof. Swandulla.
No estudo atual, os pesquisadores usaram a protea´mica em camundongos que sofrem de distrofia muscular de Duchenne para modelar como os maºsculos esquelanãticos e o baa§o influenciam um ao outro em vista da deficiência de distrofina. O baa§o desempenha um papel fundamental na resposta imunola³gica e estãolocalizado na cavidade abdominal perto do esta´mago. Ele garante a proliferação de linfa³citos, que são células brancas do sangue, e também armazena células imunes do tipo mona³cito e descarta as células vermelhas do sangue gastas.
Os pesquisadores usaram os ratos Duchenne para decodificar pela primeira vez o conjunto de proteanas (proteoma) do baa§o em comparação com animais de controle sauda¡veis ​​e criaram um arquivo abrangente de proteanas para este a³rga£o. "Os ratos com a doença de Duchenne mostraram inaºmerasmudanças na assinatura protea´mica do baa§o em comparação com os controles", disse o Prof. Kay Ohlendieck da Universidade Nacional da Irlanda, Maynooth.
Além disso, os pesquisadores descobriram pela primeira vez uma forma mais curta de distrofina (DP71), que ésintetizada como uma proteana no baa§o. "Esta variante da distrofina aparentemente não éafetada pela doença porque ocorre inalterada em camundongos Duchenne", disse Swandulla. O "crosstalk" éexpresso especialmente pelo fato de que um grande número de proteanas no baa§o são drasticamente reduzidas devido a perda da forma longa da distrofina. "Isso inclui proteanas que estãoenvolvidas no transporte e metabolismo de lipadios e na resposta imune e processos inflamata³rios."
Efeitos secunda¡rios no sistema linfa¡tico
Além disso, o estudo fornece evidaªncias de que a perda da forma longa da distrofina, observada na distrofia muscular de Duchenne no maºsculo esquelanãtico, aparentemente causa efeitos secunda¡rios no sistema linfa¡tico. "a‰ um verdadeiro 'crosstalk' entre os maºsculos esquelanãticos e o sistema linfa¡tico", diz o autor principal, Dr. Paul Dowling, da Maynooth University.
O termo "crosstalk" éusado, por exemplo, quando háuma sobreposição perturbadora de outra conversa no telefone que pode ser ouvida em segundo plano. No caso especafico da distrofia muscular de Duchenne, o "crosstalk" foi particularmente expresso pelo fato de que a forma curta da distrofina ainda era produzida normalmente no baa§o, mas haviamudanças disruptivas da assinatura protea´mica nas outras espanãcies de proteanas.
Os pesquisadores apontam que os resultados do estudo sugerem que os mecanismos dos processos inflamata³rios que ocorrem no curso da distrofia muscular de Duchenne merecem atenção especial. Isso ocorre porque esses mecanismos inflamata³rios são uma característica importante da degeneração das fibras musculares e contribuem significativamente para a progressão da doena§a. "As interações especaficas da deficiência de distrofina com o sistema imunológico podem, portanto, abrir novas abordagens terapaªuticas", diz o Prof. Swandulla.