Saúde

Mema³ria imunola³gica persistente de COVID-19 encontrada em células T de pacientes recuperadas
Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que a infeca§a£o natural com COVID-19 produz uma resposta robusta de células T, incluindo a indua§a£o de 'memória' de células T para potencialmente combater infeca§aµes futuras.
Por Oxford - 06/09/2020


Mema³ria imunola³gica persistente de COVID-19 encontrada em células T de pacientes recuperadas

Uma nova pesquisa publicada na Nature Immunology mostra fortes respostas de células T em pacientes recuperados de COVID-19

Descoberta de clusters de epa­topos que provocam resposta de células T para informar uma compreensão de como os pacientes se recuperam da doença e para apoiar desenvolvimentos futuros para benefa­cio do paciente

Os resultados, publicados na  Nature Immunology , são um esfora§o conjunto do grupo de imunologia Oxford COVID-19, liderado pelo Medical Research Council Human Immunology Unit do MRC Weatherall Institute of Molecular Medicine e do Chinese Academy of Medical Science Oxford Institute da University de Oxford.

Embora a pesquisa tenha mostrado que COVID-19 induz uma resposta de anticorpos de células B, ficou menos claro se COVID-19 faz com que o sistema imunológico também faz células T especa­ficas para va­rus e se elas são importantes para a recuperação da infecção inicial, e proteção contra novas infecções.

Enquanto os anticorpos se prendem e destroem os agentes causadores de doena§as, como va­rus e bactanãrias, as células T se prendem a s células doentes dentro do corpo, como células tumorais ou células infectadas por va­rus. As células T também ajudam a atrair outras células imunola³gicas para a área.

O professor lider do estudo Tao Dong, da Unidade de Imunologia Humana MRC, disse : “Ao estudar a resposta imune das células T em profundidade e amplitude, comea§aremos a compreender melhor por que alguns indivíduos desenvolvem doenças mais brandas e como podemos ser capazes de prevenir ou tratar infecções.

“As células T também podem durar mais do que os anticorpos e, portanto, podem oferecer manãtodos alternativos para diagnosticar se alguém teve uma infecção anterior por COVID-19, depois que os na­veis de anticorpos diminua­ram”.

Tao Dong


As células T são atraa­das por fragmentos tumorais ou de protea­nas virais (chamados epa­topos) exibidos nasuperfÍcie das células doentes, que agem como uma bandeira para as células T, mostrando-lhes onde são necessa¡rias.

Neste estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de pacientes COVID-19 para identificar pepta­deos contendo epa­topos de células T, incluindo seis regiaµes imunodominantes (agrupamentos de epa­topos) que foram alvejados por células T em muitos dos pacientes.

O professor Dong, que também éo diretor fundador do Instituto de Oxford da Academia Chinesa de Ciências Manãdicas (COI), baseado no Departamento de Medicina de Nuffield, da Universidade de Oxford, acrescentou: “Ao identificar as regiaµes do va­rus que são direcionadas pelo sistema imunológico, nosantecipar as descobertas ajudara¡ a definir o papel das células T nos resultados das doena§as. "

A equipe de pesquisa comparou amostras de sangue de 28 pacientes com COVID-19 leve e 14 gravemente enfermos, bem como amostras de 16 doadores sauda¡veis.

O co-lider do estudo, Professor Graham Ogg , Diretor Interino da Unidade de Imunologia Humana do Conselho de Pesquisa Manãdica, disse : “Descobrimos que os indivíduos com COVID-19 leve tinham um padrãodiferente de resposta de células T quando comparados a queles com infecção mais grave; isso pode ajudar a fornecer informações sobre a natureza da proteção imunola³gica. ”

Enquanto a equipe de pesquisa pensa que uma resposta de células T de baixa qualidade pode contribuir para SARS- Persistaªncia viral de CoV-2 e mortalidade de COVID-19, pacientes recuperados com doença leve e grave ainda tinham memória de células T dois meses após a infecção.

Apenas um pequeno número de células T precisa ter uma memória da infecção prima¡ria e podem se replicar para montar uma resposta imune robusta rapidamente.

Os pesquisadores também descobriram que a protea­na spike do SARS-CoV-2 era frequentemente reconhecida pelas células T de pacientes recuperados, o que adiciona suporte para as abordagens usadas por muitas das vacinas atuais em desenvolvimento, incluindo a vacina Oxford. A equipe de pesquisa também descobriu que outras partes do va­rus, incluindo sua membrana e sua nucleoprotea­na, também provocaram uma forte resposta imune de células T, potencialmente fornecendo outros alvos de vacina também.

O professor Ogg, que écla­nico e pesquisador do Departamento de Medicina da Universidade de Oxford Radcliffe, acrescentou: “A pesquisa demonstra o poder de reunir muitos médicos e cientistas para enfrentar um desafio global, e somos extremamente gratos a todos os envolvidos, especialmente os participantes da pesquisa. ”

A equipe agora planeja investigar quanto tempo dura a memória imunola³gica das células T e se isso pode ter implicações para novos testes de diagnóstico e novos tratamentos.

 

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