Novo modelo prevaª câncer de esa´fago oito anos antes para metade de todos os pacientes
Um fena´meno comumente visto no DNA de tumores - mas não em tecidos sauda¡veis ​​- éaquele em que

DNA - Crédito: Stefano
O DNA de bia³psias de tecido retiradas de pacientes com esa´fago de Barrett - um fator de risco para câncer esofa¡gico - pode mostrar quais pacientes tem maior probabilidade de desenvolver a doença oito anos antes do diagnóstico, sugere um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Instituto Europeu de Bioinforma¡tica do EMBL (EMBL-EBI).
"Nossa pesquisa mostra o poder da medicina gena´mica para a detecção precoce do ca¢ncer"
Sarah Killcoyne
O câncer esofa¡gico costuma ser precedido pelo esa´fago de Barrett, uma condição na qual as células do revestimento do esa´fago comea§am a mudar de forma e podem crescer de maneira anormal. Asmudanças celulares são causadas pelo refluxo a¡cido e biliar - quando os sucos do esta´mago voltam pela goela.
O esa´fago de Barrett e o câncer esofa¡gico são diagnosticados por meio de bia³psias, que procuram sinais de displasia, a proliferação de células cancerosas anormais. Entre uma e cinco pessoas em cada 100 com esa´fago de Barrett desenvolvera£o câncer esofa¡gico durante a vida, mas como esse tipo de câncer pode ser difacil de tratar, especialmente se não for detectado precocemente, os pesquisadores tem tentado identificar maneiras para pegar a doença precocemente.
A professora Rebecca Fitzgerald, da MRC Cancer Unit da University of Cambridge, disse: “O diagnóstico precoce do câncer éuma das melhores estratanãgias para melhorar a sobrevida do paciente e diminuir os efeitos colaterais dos tratamentos. No entanto, essa estratanãgia pode resultar em tratamento excessivo - pacientes identificados incorretamente como de alto risco e recebendo tratamentos desnecessa¡rios. Precisamos encontrar novas maneiras de detectar com precisão a progressão do câncer em um esta¡gio muito inicial para nos ajudar a identificar os pacientes com maior risco. â€
Um fena´meno comumente visto no DNA de tumores - mas não em tecidos sauda¡veis ​​- éaquele em que "pedaço s" inteiros de DNA são deletados ou repetidos várias vezes conforme as células se copiam e se multiplicam. Estas são conhecidas como 'alterações do número de ca³pias'. Em um estudo publicado hoje na Nature Medicine, pesquisadores de Cambridge mostraram como esses 'sinais' de DNA podem ajudar a diagnosticar pacientes mais cedo.
A equipe usou o sequenciamento do genoma completo para analisar 777 amostras de 88 pacientes e comparou seu DNA com o das amostras de controle coletadas durante a vigila¢ncia clanica do esa´fago de Barrett. Eles estavam procurando por diferenças no DNA entre os pacientes que eventualmente foram diagnosticados com câncer e aqueles que não foram.
Os pesquisadores descobriram que os genomas em amostras de pacientes individuais que desenvolveram câncer tendem a ter um número maior de alterações no número de ca³pias, e que o número e a complexidade dessas alterações aumentam com o tempo. Eles usaram essas informações para desenvolver um modelo estatastico que pudesse prever se um paciente tinha um risco alto ou baixo de câncer a partir de uma pequena amostra de bia³psia feita anos antes. O modelo foi então usado para prever e classificar os riscos para indivíduos em uma coorte de validação de 76 pacientes e 213 amostras.
O modelo previu com precisão o câncer esofa¡gico oito anos antes do diagnóstico para metade de todos os pacientes que desenvolveram a doena§a. Isso aumentou para mais de três quartos dos pacientes um a dois anos antes do diagnóstico.
Ta£o importante quanto, o modelo previu de forma precisa e consistente os pacientes com baixo risco de desenvolver câncer ao longo de muitos anos de vigila¢ncia clanica. Isso significava que esses pacientes não precisavam ser submetidos a monitoramento ou tratamento invasivo regular.
Os pesquisadores descobriram um alto grau de variabilidade nas alterna¢ncias do número de ca³pias, mesmo dentro de uma única bia³psia, mas mesmo assim, o modelo forneceu previsaµes surpreendentemente esta¡veis ​​do risco de progressão para câncer de um paciente.
A Dra. Sarah Killcoyne da MRC Cancer Unit da University of Cambridge e EMBL-EBI, co-primeira autora, disseram: “Nossa pesquisa mostra o poder da medicina gena´mica para a detecção precoce do ca¢ncer. Combinamos o sequenciamento de baixo custo de bia³psias de tecido padrãocom modelagem estatastica para identificar quais pacientes estavam em maior risco de progredir do esa´fago de Barrett para o câncer esofa¡gico. â€
Eleanor Gregson, da MRC Cancer Unit, a primeira autora conjunta, acrescentou: “Esta nova abordagem pode nos permitir intervir mais cedo, ajudando a melhorar o resultado do paciente, ao mesmo tempo que evita a necessidade de indivíduos de baixo risco terem monitoramento regular e invasivo ou atémesmo tratamento desnecessa¡rio. â€
A pesquisa foi financiada pelo Medical Research Council e pela United European Gastroenterology, com o apoio do National Institute for Health Research Cambridge Biomedical Research Center.