Saúde

A pressão arterial elevada e o diabetes alteram a estrutura do cérebro para diminuir a velocidade de pensamento e memória
Neurocientistas da Universidade de Oxford descobriram que o aumento da pressão arterial e o diabetes na meia-idade alteram a estrutura do cérebro para diminuir a velocidade de pensamento e a memória.
Por Oxford - 08/09/2020


A pressão arterial elevada e o diabetes alteram a estrutura do cérebro para diminuir a velocidade de pensamento e memória - Crédito da imagem: Shutterstock

Observando os resultados de 22.000 voluntários no Biobank do Reino Unido que passaram por varredura cerebral, os cientistas descobriram que o aumento da pressão arterial e o diabetes prejudicaram significativamente as funções cognitivas do cérebro, especificamente o desempenho da velocidade de pensamento e da memória de curto prazo.

Masud Husain, professor de Neurologia e Neurociaªncia Cognitiva do Departamento de Neurociências Cla­nicas de Nuffield e investigador principal do estudo, disse: 'Para a pressão arterial, cada mila­metro de pressão em suas artanãrias conta - mesmo em pessoas que não estãosob nenhum tratamento. Para as pessoas que estãoem tratamento, a pressão arterial sista³lica acima de 140 mm foi associada a um menor desempenho cognitivo. Quanto maior a pressão, pior anã. '

O estudo, publicado na Nature Communications , mostra que os efeitos da pressão arterial foram mais fortes em pessoas com idades entre 44-69. Já em pessoas com mais de 70 anos, onívelde pressão não teve esse impacto na função cognitiva do cérebro.

 'Monitorar e tratar atémesmo a pressão arterial modestamente elevada pode fazer uma diferença na estrutura do cérebro e na velocidade de pensamento na meia-idade, ao mesmo tempo que oferece potencial para reduzir os riscos de desenvolver demaªncia mais tarde na vida.'

Professor Husain disse

Esses efeitos parecem ser mediados por alterações na estrutura do cérebro que foram detectadas usando novas técnicas de análise de varredura cerebral por ressonância magnanãtica. As alterações cerebrais ocorreram em pessoas com hipertensão e diabetes, que eram indivíduos sauda¡veis.

Alguns pesquisadores já haviam mostrado que a pressão arterial e o diabetes na meia-idade podem aumentar o risco de desenvolver demaªncia mais tarde. As novas descobertas do grupo Oxford revelam que esses fatores também podem ter um impacto direto no desempenho cognitivo na meia-idade.

A Dra. Michele Veldsman, Cientista de Pesquisa Pa³s-Doutorada em Neurologia Cognitiva do Departamento de Psicologia Experimental e co-autora do estudo, disse: 'Os exames de ressonância magnanãtica mostram que a pressão arterial elevada e a glicose parecem alterar as conexões da substância cinzenta e branca no cérebro. '

O Dr. Xin You Tai, colaborador e aluno DPhil do Departamento de Neurociências Cla­nicas de Nuffield, disse: 'Essasmudanças parecem ter um impacto direto na velocidade de pensamento e na memória de curto prazo.'

As descobertas tem implicações importantes para a saúde do cérebro e podem ajudar os neurocientistas a responder como podemos manter nossos cérebros sauda¡veis ​​e mais resistentes a  medida que envelhecemos.

O professor Husain disse: 'Monitorar e tratar atémesmo a pressão arterial modestamente elevada pode fazer uma diferença na estrutura do cérebro e na velocidade de pensamento na meia-idade, ao mesmo tempo que oferece potencial para reduzir os riscos de desenvolver demaªncia mais tarde na vida.'

 

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