O estudo da vacina Oxford-AstraZeneca COVID-19 foi interrompido após uma doena§a
A AstraZeneca não revelou nenhuma informaa§a£o sobre o possível efeito colateral, exceto chama¡-lo de

Esta foto de arquivo de 18 de julho de 2020 mostra os escrita³rios da AstraZeneca em Cambridge, Inglaterra. A AstraZeneca anunciou na segunda-feira, 31 de agosto, que sua vacina candidata entrou no esta¡gio final de testes nos Estados Unidos. A empresa disse que o estudo envolvera¡ até30.000 adultos de vários grupos raciais, anãtnicos e geogra¡ficos. (AP Photo / Alastair Grant, Arquivo)
Os estudos de esta¡gio final da vacina candidata COVID-19 da AstraZeneca estãotemporariamente suspensos enquanto a empresa investiga se a doença "potencialmente inexplicada" de um receptor éum efeito colateral da injeção.
Em um comunicado emitido na noite de tera§a-feira, a empresa disse que seu "processo de revisão padrãodesencadeou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança".
A AstraZeneca não revelou nenhuma informação sobre o possível efeito colateral, exceto chama¡-lo de "uma doença potencialmente inexplicada". O site de notacias de saúde STAT relatou pela primeira vez a pausa nos testes, dizendo que o possível efeito colateral ocorreu no Reino Unido.
Um porta-voz da AstraZeneca confirmou que a pausa nas vacinações cobre estudos nos Estados Unidos e em outrospaíses. No final do maªs passado, a AstraZeneca começou a recrutar 30.000 pessoas nos Estados Unidos para seu maior estudo da vacina . Tambanãm estãotestando a vacina, desenvolvida pela Universidade de Oxford, em milhares de pessoas na Gra£-Bretanha e em estudos menores no Brasil e na áfrica do Sul.
Duas outras vacinas estãoem enormes testes de esta¡gio final nos Estados Unidos, uma feita pela Moderna Inc. e a outra pela Pfizer e pela BioNTech da Alemanha. Essas duas vacinas funcionam de maneira diferente da AstraZeneca, e os estudos já recrutaram cerca de dois tera§os dos voluntários necessa¡rios.
A retenção tempora¡ria de grandes estudos médicos não éincomum, e a investigação de qualquer reação sanãria ou inesperada éuma parte obrigata³ria dos testes de segurança. AstraZeneca destacou que épossível que o problema seja uma coincidaªncia; doenças de todos os tipos podem surgir em estudos de milhares de pessoas.
"Estamos trabalhando para agilizar a revisão de um aºnico evento para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste", disse o comunicado da empresa.
a‰ prova¡vel que a doença inexplicada fosse sanãria o suficiente para exigir hospitalização e não um efeito colateral leve, como febre ou dores musculares, disse Deborah Fuller, pesquisadora da Universidade de Washington que estãotrabalhando em uma vacina diferente de COVID-19 que ainda não iniciou os testes em humanos .
"Isso não éalgo para se alarmar", disse Fuller. Em vez disso, éreconfortante que a empresa esteja pausando o estudo para descobrir o que estãoacontecendo e monitorando cuidadosamente a saúde dos participantes do estudo.
O Dr. Ashish Jha, da Brown University, disse via Twitter que o significado da interrupção não estava claro, mas que ele "ainda estava otimista" de que uma vacina eficaz seráencontrada nos pra³ximos meses.
Â
"Mas o otimismo não éuma evidaªncia", escreveu ele. "Vamos deixar a ciência conduzir este processo."
Nesta foto de arquivo de 14 de agosto de 2020, técnicos de laboratório trabalham na
empresa biofarmacaªutica mAbxience em uma vacina experimental contra coronavarus
desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca em Garin, Argentina.
A AstraZeneca anunciou na segunda-feira, 31 de agosto, que sua vacina candidata entrou
no esta¡gio final de testes nos EUA (AP Photo / Natacha Pisarenko, Arquivo)
Angela Rasmussen, virologista da Universidade de Columbia em Nova York, tuitou que a doença pode não estar relacionada a vacina, "mas a parte importante éque épor isso que fazemos testes antes de lana§ar uma vacina para o paºblico em geral ."
Durante o terceiro e último esta¡gio do teste, os pesquisadores procuram por quaisquer sinais de possaveis efeitos colaterais que podem não ter sido detectados em pesquisas anteriores com pacientes. Devido ao seu grande tamanho, os estudos são considerados a fase de estudo mais importante para detectar efeitos colaterais menos comuns e estabelecer a segurança.
Os testes também avaliam a eficácia rastreando quem fica doente e quem não fica entre os pacientes que recebem a vacina e os que recebem uma injeção simulada.
O desenvolvimento veio no mesmo dia em que a AstraZeneca e outros oito fabricantes de medicamentos fizeram uma promessa incomum, prometendo manter os mais altos padraµes anãticos e cientaficos no desenvolvimento de suas vacinas.
O anaºncio segue as preocupações de que o presidente Donald Trump pressionara¡ a Food and Drug Administration dos EUA para aprovar uma vacina antes que ela seja comprovadamente segura e eficaz.
Os EUA investiram bilhaµes de da³lares em esforços para desenvolver rapidamente várias vacinas contra COVID-19. Mas o temor paºblico de que uma vacina seja insegura ou ineficaz pode ser desastroso, prejudicando o esfora§o de vacinar milhões de americanos.
Representantes do FDA não responderam imediatamente aos pedidos de comenta¡rios na noite de tera§a-feira.
As ações da AstraZeneca negociadas nos Estados Unidos caaram mais de 6% nas negociações após o expediente, após relatos de que o julgamento foi interrompido.