Saúde

Melhor amiga da criana§a
O estudo geral de Mass. Conclui que a perda de um animal de estimaa§a£o pode potencialmente desencadear problemas de saúde mental em criana§as
Por MGH News and Public Affairs - 11/09/2020


Constantinos Panagopoulos / Unsplash

A morte de um animal de estimação pode desencadear um sentimento de luto profundo e prolongado nas criana§as e pode potencialmente levar a problemas de saúde mental subsequentes, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH). 

Em um artigo publicado na European Child & Adolescent Psychiatry , a equipe descobriu que o forte apego emocional dos jovens aos animais de estimação pode resultar em sofrimento psicola³gico mensura¡vel que pode servir como um indicador de depressão em criana§as e adolescentes por atétrês anos ou mais após a perda de um animal de estimação amado.

“Uma das primeiras grandes perdas que uma criana§a encontrara¡ provavelmente seráa morte de um animal de estimação, e o impacto pode ser trauma¡tico, especialmente quando o animal se sente como um membro da fama­lia”, disse Katherine Crawford, anteriormente no Centro de Medicina Gena´mica do MGH, e principal autor do estudo. “Descobrimos que essa experiência de morte de animal de estimação estãofrequentemente associada a sintomas elevados de saúde mental em criana§as, e que os pais e médicos precisam reconhecer e levar esses sintomas a sanãrio, não simplesmente ignora¡-los.”

Aproximadamente metade das fama­lias empaíses desenvolvidos possuem pelo menos um animal de estimação. E, como relataram os investigadores do MGH, os laa§os que as criana§as formam com animais de estimação podem se assemelhar a relacionamentos humanos seguros em termos de fornecimento de afeto, proteção e segurança. Estudos anteriores mostraram que as criana§as costumam recorrer aos animais de estimação em busca de conforto e para expressar seus medos e experiências emocionais. Embora o aumento da empatia, autoestima e competaªncia social que muitas vezes fluem dessa interação seja claramente benanãfico, a desvantagem éa exposição das criana§as a  morte de um animal de estimação que, segundo o estudo do MGH, ocorre com 63 por cento das criana§as com animais de estimação durante seus primeiros sete anos de vida. 

“Ter alguém com quem conversar de maneira simpa¡tica ou terapaªutica pode ser extremamente útil para uma criana§a em luto.”

- Katherine Crawford, autora principal

Pesquisas anteriores focalizaram o apego de adultos a animais de estimação e as consequaªncias da morte de um animal. A equipe do MGH éa primeira a examinar as respostas de saúde mental em criana§as. A análise ébaseada em uma amostra de 6.260 criana§as do Estudo Longitudinal de Pais e Filhos da Avon (ALSPAC), em Bristol, Inglaterra. Esta amostra de base populacional estãorepleta de dados coletados de ma£es e filhos que permitiram aos pesquisadores rastrear a experiência de propriedade e perda de animais de estimação desde a tenra idade de uma criana§a atéos oito anos.

 “Graças a esta coorte, pudemos analisar a saúde mental e emocional de criana§as após examinar suas experiências com a morte de animais de estimação durante um longo período”, disse Erin Dunn, do Centro de Medicina Gena´mica e Departamento de Psiquiatria do MGH, e autora saªnior do estudo. “E observamos que a associação entre a exposição a  morte de um animal de estimação e sintomas psicopatola³gicos na infa¢ncia ocorria independentemente da condição socioecona´mica da criana§a ou das dificuldades que ela já havia enfrentado em suas vidas jovens.”

Os pesquisadores também descobriram que a relação entre a morte do animal de estimação e o aumento da psicopatologia era mais pronunciada em criana§as do sexo masculino do que do sexo feminino - uma descoberta que os surpreendeu a  luz de pesquisas anteriores - e que a força da associação era independente de quando a morte do animal de estimação ocorreu durante a infa¢ncia, e quantas vezes ou quanto recentemente ocorreu. De acordo com Dunn, esta última descoberta fala sobre “a durabilidade do va­nculo com os animais de estimação que éformado desde muito cedo e como isso pode afetar as criana§as ao longo do seu desenvolvimento”.

O estudo do MGH enfatizou a importa¢ncia dos pais, cuidadores e pediatras reconhecerem e levarem a sanãrio as reações psicológicas de curto e longo prazo das criana§as a  morte de um animal de estimação - reações que podem imitar a resposta de uma criana§a a  perda de outros membros importantes da fama­lia. “Os adultos precisam prestar atenção se esses sentimentos são mais profundos e profundos e se duram mais do que o esperado”, diz Crawford. “Eles podem ser sinais de luto complicado e ter alguém com quem conversar de maneira simpa¡tica ou terapaªutica pode ser extremamente útil para uma criana§a que estãosofrendo.”

O autor principal Crawford éconselheiro genanãtico anteriormente no Center for Genomic Medicine, MGH, agora no Women & Infants Hospital of Rhode Island. O autor saªnior Dunn éprofessor assistente da Unidade de Genanãtica Psiquia¡trica e de Neurodesenvolvimento, do Centro de Medicina Gena´mica e do Departamento de Psiquiatria. O co-autor Yiwen Zhu éanalista de dados do Center for Genomic Medicine.

 

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