Saúde

Um suporte melhor pode ajudar as pessoas com sintomas de COVID-19 a se isolarem
Um novo estudo mostrou que durante o período de bloqueio no Reino Unido, as pessoas que recebiam apoio de fora de casa eram mais propensas a se isolar quando havia sintomas de tosse ou febre dentro de casa.
Por Franca Davenport - 13/09/2020


Doma­nio paºblico

Uma nova tosse ou febre conta­nua são os dois sintomas principais que devem levar as pessoas a se isolarem e a solicitarem um teste para COVID-19.

De acordo com os pesquisadores, melhores maneiras de ajudar as pessoas a aderir a s medidas sera£o necessa¡rias a  medida que avana§amos para a próxima fase de rastreamento de contato e auto-isolamento e isso exigira¡ uma comunicação mais impactante sobre as ações que devem ser tomadas quando houver suspeita de sintomas de COVID-19 e melhor suporte para pessoas que tentam isolar-se.

Publicado na revista Public Health, o estudo entrevistou mais de 2.000 pessoas entre 5 e 6 de maio de 2020 e analisou a associação de uma sanãrie de fatores com a não adesão ao auto-isolamento.

A pesquisa foi conduzida por pesquisadores da Unidade de Pesquisa de Proteção a  Saúde do NIHR em Prontida£o e Resposta a Emergaªncias (HPRU EPR ) no King's College London em colaboração com pesquisadores da Public Health England e da University of Bristol.

Os resultados mostraram que quase 1 em cada 10 pessoas na amostra relataram que tiveram tosse ou febre nos últimos sete dias ou alguém em sua casa teve tosse ou febre nos últimos 14 dias. Dentro desse grupo, um quarto das pessoas relatam isolar-se totalmente por ficar em casa.

"Atéonde sabemos, este éo primeiro estudo abrangente a investigar fatores associados ao auto-isolamento durante o bloqueio no Reino Unido. Nossos resultados sugerem que háespaço para melhorias na adesão a s medidas governamentais, embora precisemos ter em mente que esses são os resultados de uma pesquisa online do ini­cio de maio e que a adesão ao auto-isolamento édifa­cil de medir corretamente".

- Dr. James Rubin, autor saªnior, do HPRU EPR, King's College London

Ele continuou, 'O Reino Unido entrou em uma nova fase da pandemia, na qual testes extensivos, rastreamento de contato e isolamento sera£o necessa¡rios para manter a disseminação do COVID-19 sob controle. Sabemos que a maioria das pessoas deseja seguir as diretrizes e fazer a coisa certa isolando-se, mas isso precisa ser facilitado. '

Uma análise mais aprofundada desse grupo mostrou que os homens tinham maior probabilidade de sair de casa quando eles ou um membro da familia apresentavam sintomas de tosse ou febre.

Uma maior probabilidade de auto-isolamento foi associada a ter recebido ajuda de alguém de fora da casa, indicando a importa¢ncia do apoio de redes comunita¡rias neste momento.

"Notavelmente, os homens eram mais propensos a relatar ter saa­do nas últimas 24 horas se eles ou alguém em sua casa fosse sintoma¡tico, sugerindo que as campanhas de comunicação que visam especificamente os homens podem ter manãrito".

- Louise Smith, primeira autora, do HPRU EPR, King's College London

Ela acrescentou: 'A adesão também foi associada a receber ajuda de alguém de fora de sua casa, o que faz sentido intuitivamente. a‰ mais fa¡cil ficar em casa se outra pessoa puder ajuda¡-lo a fazer compras, assumir tarefas fora de casa e assim por diante. Permitir que aqueles em isolamento enviem pedidos de ajuda pode ser uma forma pragma¡tica de melhorar a adesão. '

 

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