Saúde

Minaºsculas “pina§as” cerebrais podem ser a chave para o tratamento da doença de Parkinson
Um estudo colaborativo liderado pela Dra. Nora Bengoa-Vergniory do Oxford Parkinson's Disease Centre mostrou que compostos conhecidos como pina§as moleculares podem se tornar uma terapia promissora para modificar a doença de Parkinson.
Por Oxford - 01/10/2020


Minaºsculas “pina§as” cerebrais podem ser a chave para o tratamento da doença de Parkinson - Crédito da imagem: Oxford Parkinson's Disease Center na Universidade de Oxford

Uma equipe de pesquisadores mostrou que pequenos compostos conhecidos como “pina§as” moleculares podem se tornar uma terapia promissora para retardar o Parkinson. Este novo tipo de droga funciona separando aglomerados ta³xicos de protea­nas que se formam no cérebro durante o Parkinson.

A terapia mostrou anteriormente alto potencial para direcionar aglomerados de protea­nas ta³xicas que se formam em condições neurodegenerativas, como Alzheimer. As equipes de pesquisa, portanto, investigaram se uma pina§a molecular especa­fica, CLR01, foi capaz de reduzir a formação de aglomerados de protea­nas em modelos de células e ratos de Parkinson.

A pesquisa foi liderada pelo Oxford Parkinson's Disease Center da University of Oxford, criado com financiamento do Parkinson's UK, e apoiado pelo Medical Research Council com colaboradores da University of Bordeaux, da Universidad del Paa­s Vasco e da University of California.

O estudo mostrou que CLR01 écapaz de diminuir os aglomerados de formação de alfa-sinuclea­na da protea­na de Parkinson e prevenir a morte de neura´nios humanos que foram feitos a partir de células-tronco.

Os pesquisadores testaram o CLR01 em um modelo de rato de Parkinson que estimula a formação de aglomerados de protea­nas e imita os sintomas motores experimentados por pessoas com a doena§a, que podem incluir tremor e lentida£o de movimento. Conforme os camundongos envelheciam, o tratamento com CLR01 reduziu o aparecimento de problemas motores e a formação de aglomerados de protea­nas ta³xicas no cérebro. a‰ importante ressaltar que a equipe mostrou que em animais muito mais velhos com Parkinson mais progredido, o tratamento CLR01 foi menos eficaz.

Este trabalho mostra que o uso de terapias protetoras no ini­cio do Parkinson éessencial para um tratamento eficaz. Esses resultados combinados destacam que CLR01 representa um candidato para o tratamento da doença de Parkinson e destaca a necessidade de pesquisas adicionais nesta área.

A investigadora principal, Dra. Nora Bengoa-Vergniory, disse: 'O investimento futuro para determinar a janela terapaªutica apropriada para estes tipos de agentes terapaªuticos écrucial para o sucesso destas e de outras estratanãgias terapaªuticas.'

O chefe do Oxford Parkinson's Disease Center e autor saªnior do estudo, Professor Richard Wade-Martins, disse: 'Este éum trabalho muito empolgante que mostra que os tratamentos com drogas podem ser desenvolvidos para liberar aglomerados de protea­nas ta³xicas para salvar neura´nios em modelos de Parkinson. Nosso trabalho estãofocado no desenvolvimento de novas abordagens para salvar neura´nios quando eles comea§am a perder a função no ina­cio, mas antes de morrerem posteriormente na condição. Este éum trabalho muito empolgante que mostra que os tratamentos com medicamentos podem ser desenvolvidos para liberar os aglomerados de protea­nas ta³xicas para salvar os neura´nios em modelos de Parkinson. Este trabalho deve encorajar aqueles que, em última análise, desejam terapias de proteção. '

A Dra. Beckie Port, gerente de pesquisa da Parkinson's UK, disse: 'Precisamos desesperadamente de tratamentos que protejam as células cerebrais na doença de Parkinson. Essas descobertas mostram que essa abordagem inovadora de 'pina§a molecular' tem um potencial estimulante no laboratório. Agora precisamos levar esta terapia adiante para teste em ensaios clínicos - são então saberemos se ela pode fazer o mesmo em pessoas com Parkinson. '

O artigo de pesquisa “CLR01 protege neura´nios dopaminanãrgicos in vitro e em modelos de camundongos da doença de Parkinson ”  foi publicado na  Nature Communications .

 

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