Saúde

Estudo identifica o terra­vel impacto econa´mico do COVID-19 na áfrica
A pesquisa mostra quedas na segurança alimentar e na renda familiar, enquanto as mulheres relatam sentir-se nervosas com a possibilidade de fazer compras em mercados paºblicos, procurando atendimento médico
Por Laura Wells - 16/10/2020


A insegurança alimentar e o medo de comprar em mercados paºblicos estãoentre as preocupações citadas pelos participantes da pesquisa - CRa‰DITO:GETTY IMAGES

Uma nova pesquisa de quatropaíses africanos sobre a pandemia de COVID-19 mostra impactos significativos na segurança alimentar e renda familiar, e que COVID-19 tem mulheres apreensivas sobre o acesso a cuidados de saúde.

Monitoramento de Desempenho para Ação éum projeto de coleta de dados de planejamento familiar e saúde sexual e reprodutiva financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates com orientação e apoio do Instituto Bill & Melinda Gates para População e Saúde Reprodutiva da Escola de Saúde Paºblica Johns Hopkins Bloomberg e Jhpiego , em colaboração com parceiros nacionais em cadapaís do projeto.

A PMA conduziu uma pesquisa na prova­ncia de Kinshasa, na República Democra¡tica do Congo, no Quaªnia, em Burkina Faso e nos estados de Lagos e Kano, na Niganãria. A pesquisa se concentrou no conhecimento do COVID-19 e nas implicações para a saúde das mulheres e suas perspectivas econa´micas.

"EMBORA AS MULHERES QUE ENTREVISTAMOS TENHAM PROBLEMAS DE SAašDE, NOSSOS RESULTADOS MOSTRAM QUE A PREOCUPAa‡aƒO IMEDIATA DE MUITAS a‰ COMO ALIMENTAR SUA FAMaLIA."

Elizabeth Gummerson
Instituto de Saúde da População e Reprodutiva

Os resultados da pesquisa mostram impactos significativos do COVID-19 na segurança alimentar - medido como um ou mais membros da familia passando 24 horas sem comida - e na renda. Em todas as geografias, 75% ou mais das mulheres relataram que suas fama­lias perderam pelo menos uma parte da renda desde o ini­cio das restrições do COVID-19. A perda total de renda familiar variou de 16% em Burkina Faso a 62% em Kinshasa, RDC.

“Embora as mulheres entrevistadas tenham problemas de saúde, nossos resultados mostram que a preocupação imediata de muitas écomo alimentar sua fama­lia”, disse Elizabeth Gummerson, vice-diretora da unidade técnica do Instituto de Saúde Populacional e Reprodutiva. "Compartilhamos isso com nossos parceiros governamentais para ajuda¡-los a moldar suas decisaµes políticas, muitos dos quais formularam planos de ação para enfrentar esses desafios como resultado."

A segurança alimentar tem sido severa e generalizada desde o ini­cio das restrições do COVID-19. De acordo com a pesquisa, 30% das mulheres no Quaªnia relatam que pelo menos um membro de sua familia ficou sem comida desde que as restrições do COVID-19 foram impostas, com 72% relatando que a insegurança alimentar émais comum agora em comparação com antes do ini­cio das restrições.

A consciência geral do va­rus e seus sintomas éalta, assim como a percepção do risco de infecção. Embora mais de 90% das mulheres em todos os ambientes estejam tomando alguma ação preventiva, muitas acham difa­cil o distanciamento social. As razões mais comuns para essa dificuldade são as exigaªncias da vida dia¡ria - fazer compras em um mercado aberto, ir para o trabalho e visitar amigos e familiares que muitas vezes vivem em fama­lias intergeracionais.

Entre 20% e 50% das mulheres nospaíses pesquisados ​​precisaram visitar uma unidade de saúde durante as restrições de mobilidade do COVID-19, mas mais de 20% delas relataram medo do va­rus na unidade de saúde.

 

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