Função identificada como proteana misteriosa que mata células cerebrais sauda¡veis ​​de pessoas com Parkinson

Brain Chip - Crédito: NIH Image Gallery
Se quisermos curar o Parkinson, primeiro precisamos entender a função da alfa-sinucleana, uma proteana presente no cérebro de todos.
Giuliana Fusco
Um estudo publicado na Nature Communications apresenta novas evidaªncias sobre o que uma proteana-chave chamada alfa-sinucleana realmente faz nos neura´nios do cérebro.
A Dra. Giuliana Fusco, da Universidade de Cambridge, e autora principal do artigo, disse: “Este estudo pode revelar mais informações sobre essa doença neurodegenerativa debilitante que pode deixar as pessoas incapazes de andar e falar. Se quisermos curar o Parkinson, primeiro precisamos entender a função da alfa-sinucleana, uma proteana presente no cérebro de todos. Esta pesquisa éum passo vital para esse objetivo. â€
A doença de Parkinson éum distaºrbio neurola³gico progressivo que faz com que as células nervosas do cérebro enfraquea§am ou morram. A doença apresenta uma variedade de sintomas, incluindo tremores - especialmente nas ma£os - problemas de marcha e equilabrio, lentida£o e extrema rigidez nos braa§os e pernas. O mal de Parkinson se desenvolve quando as células cerebrais param de funcionar corretamente e não conseguem produzir dopamina suficiente, uma substância química que controla os movimentos do corpo, agindo como um mensageiro entre as células.Â
A doença afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos e piora com o passar dos anos, mas o Parkinson de inicio precoce pode afetar pessoas ainda mais jovens.
Mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com a doença de Parkinson, incluindo o ator Michael J. Fox, que foi diagnosticado aos 29 anos, o cantor Neil Diamond, o comediante Billy Connolly e o maºsico Ozzy Osbourne. O mal de Parkinson pode afetar mulheres, mas os homens tem maior probabilidade de ter a doena§a.
Ainda não se sabe por que as pessoas contraem Parkinson, mas os pesquisadores acreditam que éuma combinação de idade, fatores genanãticos e ambientais que fazem com que as células nervosas produtoras de dopamina morram, afetando a capacidade de movimento do corpo.
O novo estudo analisou o que estava acontecendo em condições sauda¡veis ​​para ajudar a identificar o que estãoerrado nas células das pessoas com Parkinson. Todas as células do corpo tem uma membrana plasma¡tica que protege as células e geralmente transporta os nutrientes para dentro e remove as substâncias ta³xicas.
“Uma das principais questões na pesquisa de Parkinson anã: qual éa função da alfa-sinucleana, a proteana que sob condições patola³gicas forma aglomerados que afetam as habilidades motoras e cognitivas", disse Fusco, que também épesquisador no St John's College, Cambridge. “Normalmente vocêdescobre uma proteana para sua função e então explora o que estãoerrado quando a doença surge. No caso da alfa-sinucleana, a proteana foi identificada por sua associação patola³gica, mas não sabaamos o que ela fazia no neura´nio .
“Nossa pesquisa sugere que a proteana alfa-sinucleana gruda como cola na face interna da membrana plasma¡tica das células nervosas, mas não na parte externa - uma nova pea§a de informação crucial.â€
A pesquisa foi realizada predominantemente no Cambridge for Misfolding Diseases da University of Cambridge. Os cientistas usaram modelos sintanãticos para imitar as membranas das células cerebrais durante o estudo.
“Quando esta proteana estãofuncionando normalmente, ela desempenha um papel importante nos mecanismos pelos quais os neura´nios trocam sinais no cérebro", disse o co-autor Professor Alfonso De Simone, do Imperial College London. "Mas tem um lado negro porque funciona mal e comea§a a se agrupar em grupos que eventualmente se espalham e matam células cerebrais sauda¡veis. Nossa pesquisa mostrou que essa proteana se adere a face interna da membrana plasma¡tica das células cerebrais, então estamos lentamente construindo uma imagem dessa doença muito complexa, estudando a função-chave da alfa-sinucleana. â€
Existem tratamentos e medicamentos disponíveis para os pacientes com Parkinson e a doença não éfatal, mas nada estãodisponavel para reverter os efeitos da doena§a. A introdução demudanças no estilo de vida, incluindo descanso e exercacios, também pode aliviar os sintomas.
De Simone disse: “Temos milhares de proteanas em nossos corpos e atéque a função dessa proteana misteriosa seja confirmada com mais pesquisas, as terapias medicamentosas não podem comea§ar a ser desenvolvidas para lidar com as origens da doença de Parkinson, caso a medicação acidentalmente afete um propa³sito crucial de a proteana alfa-sinucleana â€.