Saúde

Estudo de medicamento que pode melhorar a recuperação respirata³ria do COVID-19 agora em andamento
Um ensaio cla­nico começou esta semana para testar se um medicamento chamado Almitrine pode ajudar pessoas gravemente doentes com COVID-19 a se recuperarem da doena§a.
Por Oxford - 12/02/2021


Estudo de medicamento que pode melhorar a recuperação respirata³ria do COVID-19 agora em andamento Crédito da imagem: Shutterstock

Pacientes que sofrem de pneumonia COVID-19 frequentemente desenvolvem na­veis muito baixos de oxigaªnio, chamados de hipa³xia, no sangue arterial que irriga o corpo. Pesquisadores da Universidade de Oxford levantam a hipa³tese de que o problema subjacente éque o va­rus interrompe um processo normal nos pulmaµes chamado vasoconstrição pulmonar hipa³xica, que desvia o sangue das partes doentes e não funcionais do pulma£o para as partes do pulma£o que ainda estãofuncionando corretamente. Se os pulmaµes forem impedidos de desviar o sangue para segmentos pulmonares mais oxigenados, isso pode causar a hipa³xia profunda da qual os pacientes com COVID-19 podem morrer. A terapia de suporte em hospitais visa prevenir isso, usando oxigaªnio suplementar e ventiladores para apoiar a respiração.

O bismesilato de almitrina, um medicamento desenvolvido pela primeira vez na Frana§a, tem sido bem-sucedido no tratamento da sa­ndrome do desconforto respirata³rio agudo ao contrair os vasos sangua­neos em regiaµes do pulma£o onde o oxigaªnio ébaixo. Os pesquisadores dizem que a almitrina pode ter o mesmo efeito em pacientes com COVID-19, com o potencial de ajudar a restaurar o processo protetor natural nos pulmaµes e aumentar os na­veis de oxigaªnio no sangue arterial. A equipe do estudo espera que a administração deste medicamento a pacientes com COVID-19 reduza, consequentemente, a quantidade de outro suporte respirata³rio de que o paciente necessita.

De acordo com o pesquisador principal, o professor Peter Robbins, “a ideia principal por trás do tratamento médico éde apoio - seu objetivo émanter as pessoas vivas enquanto se recuperam da doena§a. De certa forma, vocêpode ver o apoio potencial de Almitrine como uma extensão da pista individual das pessoas para se recuperar da doena§a. A ideia por trás do nosso teste émelhorar o tratamento de suporte - estender a pista das pessoas.'

O ensaio cla­nico começou esta semana no Royal Berkshire NHS Foundation Trust em Reading. Almitrina seráadministrada por via oral durante um período de sete dias para determinar se éeficaz na redução da necessidade de outras formas de suporte ventilata³rio.

O professor Robbins disse: 'Estou satisfeito com nossa decisão de usar almitrina oral, em vez de intravenosa, para o estudo. Essa abordagem de baixa tecnologia também poderia ser usada empaíses de baixa e média renda que talvez não tenham infraestrutura ou sejam insuficientes para fornecer oxigaªnio. Como uma droga oral, realmente tem o potencial de estender o caminho para a recuperação de muitas pessoas. '

Os médicos pretendem recrutar na regia£o 116 pacientes no total em três centros, comea§ando com o primeiro centro, o Royal Berkshire Hospital, esta semana. O segundo e o terceiro centros sera£o o Hospital John Radcliffe dos Hospitais da Universidade de Oxford e o Hospital Universita¡rio do Paa­s de Gales, Cardiff. O julgamento deve durar aproximadamente 4 meses.

Nicky Lloyd, CEO em exerca­cio da Royal Berkshire NHS Foundation Trust, disse: 'Este teste oferece uma grande oportunidade para complementar nosso crescente entendimento da Covid-19 e atender a  necessidade de novos tratamentos econa´micos. O Royal Berkshire Hospital éum hospital com atividades de pesquisa, que estãobem posicionado para melhorar o atendimento e os resultados para nossos pacientes, participando de estudos de pesquisa colaborativa. '

O Dr. Nick Talbot, investigador-chefe do estudo geral nos três locais, acrescentou: 'Se Almitrine for benanãfico para nossos pacientes, pensamos que representaria uma nova abordagem realmente importante no tratamento de COVID-19.'

O ensaio éuma colaboração estreita entre a equipe acadaªmica localizada em diferentes departamentos da Universidade de Oxford e os consultores hospitalares do NHS. Os pesquisadores incluem o professor Peter Robbins e o professor Keith Dorrington no Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genanãtica, o Professor Najib Rahman no Departamento de Medicina de Nuffield e o Professor Chris Schofield no Departamento de Quí­mica. O Dr. Nick Talbot, da Medicina Respirata³ria do Hospital John Radcliffe dos Hospitais da Universidade de Oxford e do Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genanãtica, éo investigador-chefe do ensaio geral. O Dr. Matthew Frise éo investigador principal do Royal Berkshire Hospital em Reading. O Dr. Matthew Wise éo investigador principal do University Hospital of Wales em Cardiff.

Este estudo estãosendo financiado por uma bolsa da instituição de caridade de pesquisa médica LifeArc, como parte de suas atividades para atender a  necessidade de novas terapias para o COVID-19. “A LifeArc disponibilizou £ 22 milhões para apoiar o esfora§o global contra a Covid-19, dos quais £ 10 milhões foram destinados ao reaproveitamento de medicamentos já disponí­veis como o caminho mais rápido para trazer benefa­cios aos pacientes neste momento cra­tico”, disse o CEO Melanie Lee.

 

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