Saúde

Uma vacina de mRNA para imunoterapia contra o ca¢ncer
Os pesquisadores desenvolveram um hidrogel que, quando injetado em camundongos com melanoma, lentamente liberou nanovacinas de RNA que encolheram os tumores e os impediram de metastatizar.
Por American Chemical Society - 17/02/2021


Crédito: American Chemical Society

Vacinas de RNA mensageiro (mRNA) para prevenir COVID-19 chegaram a s manchetes em todo o mundo recentemente, mas os cientistas também tem trabalhado em vacinas de mRNA para tratar ou prevenir outras doena§as, incluindo algumas formas de ca¢ncer. Agora, os pesquisadores relatando no Nano Letters da ACS desenvolveram um hidrogel que, quando injetado em camundongos com melanoma, lentamente liberou nanovacinas de RNA que encolheram os tumores e os impediram de metastatizar.


As vacinas de imunoterapia contra o câncer funcionam de forma semelhante a s vacinas de mRNA para COVID-19, exceto que ativam o sistema imunológico para atacar tumores em vez de um va­rus. Essas vacinas contem mRNA que codifica protea­nas feitas especificamente por células tumorais . Quando o mRNA entra nas células apresentadoras de anta­geno, elas comea§am a produzir a protea­na tumoral e a exibi-la em suassuperfÍcies, ativando outras células do sistema imunológicopara procurar e destruir tumores que também fazem essa protea­na. No entanto, o mRNA éuma molanãcula insta¡vel que érapidamente degradada por enzimas no corpo. Para a imunoterapia contra o ca¢ncer, os pesquisadores tentaram usar nanoparta­culas para proteger e entregar o mRNA, mas elas normalmente são eliminadas do corpo em 1-2 dias após a injeção. Guangjun Nie, Hai Wang e colegas queriam desenvolver um hidrogel que, quando injetado sob a pele, liberasse lentamente nanoparta­culas de mRNA, junto com um adjuvante - uma molanãcula que ajuda a ativar o sistema imunológico.

Para desenvolver seu sistema, os pesquisadores usaram ovalbumina (uma protea­na encontrada na clara de ovo de galinha) como um anta­geno modelo. A equipe misturou mRNA de ovalbumina e um adjuvante com outros compostos para formar um hidrogel. Quando injetado sob a pele de camundongos com tumores de melanoma projetados para expressar ovalbumina, o hidrogel lentamente liberou mRNA e nanoparta­culas adjuvantes ao longo de um período de 30 dias. A vacina de mRNA ativou as células T e estimulou a produção de anticorpos, fazendo com que os tumores diminua­ssem nos camundongos tratados. Além disso, em contraste com os camundongos não tratados, os camundongos vacinados não apresentaram nenhuma meta¡stase para o pulma£o.

Esses resultados demonstram que o hidrogel tem grande potencial para alcana§ar uma imunoterapia eficaz e duradoura contra o câncer com apenas um aºnico tratamento, afirmam os pesquisadores.

 

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