Saúde

Jornada evolutiva completa da superbactanãria hospitalar mapeada pela primeira vez
Usando tecnologia anala­tica e de sequenciamento que são foi desenvolvida nos últimos anos, os cientistas criaram uma linha do tempo evolutiva da bactanãria Enterococcus faecalis, que éuma bactanãria comum que pode causar resistência a antibia³ti
Por Wellcome Trust Sanger Institute - 09/03/2021


Enterococcus faecalis. Crédito: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos / Doma­nio Paºblico

Os hospitais modernos e o tratamento com antibia³ticos por si são não criaram todas as cepas de bactanãrias resistentes aos antibia³ticos que vemos hoje. Em vez disso, as pressaµes de seleção anteriores ao uso generalizado de antibia³ticos influenciaram o desenvolvimento de alguns deles, descobriu uma nova pesquisa.

Usando tecnologia anala­tica e de sequenciamento que são foi desenvolvida nos últimos anos, os cientistas do Instituto Wellcome Sanger, da Universidade de Oslo e da Universidade de Cambridge criaram uma linha do tempo evolutiva da bactanãria Enterococcus faecalis, que éuma bactanãria comum que pode causar resistência a antibia³ticos infecções em hospitais.

Os resultados, publicados hoje na Nature Communications, mostram que esta bactanãria tem a capacidade de se adaptar muito rapidamente a pressaµes de seleção, como o uso de produtos químicos na agricultura, bem como o desenvolvimento de novos medicamentos, que tem causado diferentes cepas da mesma bactanãria a podem ser encontrados em muitos lugares do mundo, desde as va­sceras da maioria das pessoas atémuitos pa¡ssaros selvagens. Por ser tão difundido, os pesquisadores sugerem que as pessoas devem ser rastreadas para esse tipo de bactanãria ao entrarem no hospital , da mesma forma que para outras superbactanãrias, para ajudar a reduzir a possibilidade de desenvolver e disseminar a infecção na área de saúde.

Enterococcus faecalis éuma bactanãria comum que, na maioria das pessoas, se encontra no trato intestinal e não causa danos ao hospedeiro. No entanto, se alguém estiver imunocomprometido e essa bactanãria entrar na corrente sanguínea, pode causar uma infecção grave.

Em hospitais, émais comum encontrar cepas de E. faecalis resistentes a antibia³ticos e inicialmente pensou-se que o amplo uso de antibia³ticos e outras medidas de controle antibacteriano em hospitais modernos causavam o desenvolvimento dessas cepas.

Em um novo estudo, cientistas do Instituto Wellcome Sanger, da Universidade de Oslo e da Universidade de Cambridge analisaram cerca de 2.000 amostras de E. faecalis de 1936 atéos dias atuais, usando isolados da corrente sanguínea de pacientes e amostras de fezes de animais e humanos sauda¡veis.

Ao sequenciar o genoma (incluindo cromossomos e plasma­deos) usando a tecnologia de Oxford Nanopore, a equipe mapeou a jornada evolutiva da bactanãria e criou uma linha do tempo de quando e onde diferentes cepas se desenvolveram, incluindo aquelas atualmente consideradas resistentes a antibia³ticos. Eles descobriram que as cepas resistentes aos antibia³ticos desenvolveram-se mais cedo do que se pensava, antes do uso generalizado de antibia³ticos e, portanto, não foi o uso de antibia³ticos sozinho que fez com que elas surgissem.
 
Os pesquisadores descobriram que as prática s agra­colas e médicas iniciais, como o uso de arsaªnico e mercaºrio, influenciaram a evolução de algumas das cepas que vemos agora. Além disso, cepas semelhantes a s variantes resistentes a antibia³ticos que vemos em hospitais agora foram encontradas em pa¡ssaros selvagens. Isso mostra como essa espanãcie de bactanãria éadapta¡vel e flexa­vel ao evoluir para novas cepas em face de adversidades diferentes.

O professor Jukka Corander, coautor principal e membro do corpo docente associado do Instituto Wellcome Sanger, disse: "Esta éa primeira vez que conseguimos mapear a evolução completa de E. faecalis a partir de amostras de até85 anos de idade, o que permite para vermos o efeito detalhado dos estilos de vida humanos, agricultura e medicamentos no desenvolvimento de diferentes cepas bacterianas. Ter a linha do tempo completa dasmudanças evolutivas não teria sido possí­vel sem técnicas anala­ticas e de sequenciamento que podem ser encontradas no Instituto Sanger. "

A Dra. Anna Pa¶ntinen, coautora e pa³s-doutoranda da Universidade de Oslo, disse: "Atualmente, quando os pacientes são admitidos no hospital, eles são esfregados em busca de algumas bactanãrias e fungos resistentes a antibia³ticos e são isolados para garantir que as taxas de infecção sejam mantido o mais baixo possí­vel. Graças a este estudo, épossí­vel examinar a diversidade de E. faecalis e identificar aqueles que são mais propensos a se espalhar dentro dos hospitais e, portanto, podem causar danos em pessoas imunocomprometidas. Acreditamos que poderia ser benanãfico para também triagem para E. faecalis na admissão em hospitais. "

O professor Julian Parkhill, coautor e professor do Departamento de Medicina Veterina¡ria da Universidade de Cambridge, disse: "Esta pesquisa descobriu que essas cepas de bactanãrias resistentes a antibia³ticos associadas a hospitais são muito mais antigas do que pensa¡vamos anteriormente e destacou sua incra­vel flexibilidade metaba³lica combinada com vários mecanismos que aumentam sua sobrevivaªncia em condições adversas que lhes permitiu se espalhar amplamente por todo o mundo. "

 

.
.

Leia mais a seguir