Saúde

'Dedos de zinco' pode ajudar a tratar a doença de Alzheimer
O tratamento envolvendo uma única injea§a£o tem efeitos duradouros no estudo de modelo animal
Por Tracy Hampton - 21/03/2021


Patologias e demaªncias do sistema nervoso, como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, estãoassociadas a s protea­nas tau (vistas em vermelho). Imagem cortesia de EnCor Biotechnology Inc./Wikipedia

s pesquisadores usaram uma estratanãgia de engenharia genanãtica para reduzir drasticamente os na­veis de tau - uma protea­na-chave que se acumula e se enreda no cérebro durante o desenvolvimento da doença de Alzheimer - em um modelo animal da doena§a. Os resultados, que vão de pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH) e Sangamo Therapeutics Inc., afiliado a Harvard, podem levar a um tratamento potencialmente promissor para pacientes com esta doença devastadora.

Conforme descrito em  Science Advances, a estratanãgia envolve uma tecnologia de regulação gaªnica chamada fatores de transcrição de protea­nas de dedo de zinco (ZFP-TFs), que são protea­nas de ligação ao DNA que podem ser aproveitadas para direcionar e afetar a expressão de genes específicos. Nesse caso, a terapia foi projetada para direcionar e silenciar a expressão do gene que codifica a tau. Camundongos com doença de Alzheimer receberam uma única injeção do tratamento - que empregava um va­rus inofensivo para entregar os ZFP-TFs a s células - diretamente na regia£o do hipocampo do cérebro ou por via intravenosa em um vaso sangua­neo. O tratamento com ZFP-TFs reduziu os na­veis de protea­na tau no cérebro em 50% a 80% em 11 meses, o período mais longo estudado. a‰ importante ressaltar que a terapia reverteu alguns dos danos relacionados ao Alzheimer que estavam presentes nas células cerebrais dos animais.

“A tecnologia funcionou exatamente da maneira que espera¡vamos - reduzindo o tau substancialmente pelo tempo que olhamos, sem causar efeitos colaterais que pudemos ver mesmo por muitos, muitos meses, e melhorando asmudanças patola³gicas nos cérebros dos animais”, diz o autor saªnior Bradley Hyman, que dirige a unidade de pesquisa da doença de Alzheimer no Instituto MassGeneral de Doena§as Neurodegenerativas. “Isso sugere um plano para tentar ajudar os pacientes”.

A simplicidade da terapia torna uma abordagem especialmente atraente. “Esse foi o resultado de um aºnico tratamento de terapia de regulação gaªnica, que poderia ser dado por meio de uma injeção na corrente sanguínea”, diz Hyman. “Embora esta terapia esteja longe dos pacientes - já que muito mais testes de desenvolvimento e segurança precisariam ser feitos - éum primeiro passo promissor e empolgante.”

O estudo foi financiado principalmente pela Sangamo, de acordo com um acordo de pesquisa patrocinado com o MGH. O financiamento também foi fornecido pelo MGH e pelo Centro Alema£o de Doena§as Neurodegenerativas (DZNE) da Fundação Helmholtz, a Fundação JPB, o Instituto Nacional do Envelhecimento e a Fundação BrightFocus.

 

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