Saúde

As vacinas existentes podem proteger contra a variante do coronava­rus brasileiro
Cientistas da Universidade de Oxford divulgaram dados pré-impressos medindo onívelde anticorpos que podem neutralizar - ou impedir a infeca§a£o de - variantes que estãocirculando na áfrica do Sul, Brasil e outros lugares.
Por Oxford - 22/03/2021


Foto | Pesquisador trabalhando com imunologia no laboratório

Esses dados sugerem que os anticorpos induzidos por vacinas e naturais ainda podem neutralizar essas variantes, mas em na­veis mais baixos. a‰ importante ressaltar que a cepa P1 'brasileira' pode ser menos resistente a esses anticorpos do que se temia inicialmente.

O professor Gavin Screaton, cientista-chefe do estudo disse:

“Este estudo amplia nossa compreensão do papel dasmudanças na protea­na spike no escape da resposta imune humana, medida como na­veis de anticorpos neutralizantes. Os resultados sugerem que P1 pode ser menos resistente a  vacina e a s respostas imunola³gicas de convalescena§a do que B1351, e semelhante a B117. ”

Na publicação pré-impressa, dispona­vel no bioRxiv , os autores relatam a neutralização dessas cepas ao usar amostras de sangue de pessoas com anticorpos naturais gerados a partir de uma infecção por COVID-19 e daqueles com anticorpos gerados a partir do ChAdOx1 nCoV-19 As vacinas Oxford-AstraZeneca e BNT162b2 Pfizer-BioNTech.

Esses dados mostram uma redução de quase três vezes nonívelde neutralização do va­rus pelos anticorpos gerados pelas vacinas ChAdOx1 nCoV-19 e BNT162b2 para as variantes B.1.1.7 (Kent) e P.1 (Brasil) quando comparadas a s cepa 'Victoria' original, e uma redução de 9 e 7,6 vezes, respectivamente, contra a cepa B.1.351 'áfrica do Sul'.

O professor Andrew Pollard, chefe de investigação do ensaio de vacinas da Universidade de Oxford, disse: “Esses esforços adicionais para investigar a relação entre asmudanças no va­rus e a imunidade humana fornecem novos insights que nos ajudam a estar preparados para responder a novos desafios a  nossa saúde decorrentes da pandemia va­rus, se precisarmos fazer isso. ”

Os autores comentam que, como P.1 e B.1.351 contem alterações muito semelhantes no doma­nio de ligação ao receptor, foi assumido que os anticorpos neutralizantes seriam afetados de forma semelhante, o que significa que a vacinação provavelmente ainda fornecera¡ alguma proteção contra P.1. Eles acreditam que a queda na eficácia da vacina contra doença leve a moderada contra B.1.351 éprovavelmente um reflexo das mutações que ocorrem fora do doma­nio de ligação do receptor. 

Eles destacam ainda que, dadas as grandes reduções nos pneus de neutralização, o desenvolvimento de construções de vacinas para B.1.351 deve ser a maior prioridade para desenvolvedores de vacinas em todo o mundo.

 

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