Saúde

Cambridge lidera teste nacional de drogas para prevenir mortes depois que pacientes com COVID-19 deixam o hospital
Um estudo em todo o Reino Unido estãosendo lana§ado para reduzir o número de pessoas que morrem nos meses após uma estadia no hospital com COVID-19.
Por Craig Brierley - 25/03/2021


Visualização do va­rus SARS-CoV-2 - Crédito: Fusion Medical Animation


"Tendo sobrevivido ao trauma de ser hospitalizado com COVID-19, muitos pacientes voltam ao hospital com complicações novas ou de longo prazo"

Charlotte Summers

O ensaio cla­nico - denominado HEAL-COVID - também visa reduzir o número de pacientes readmitidos ao hospital com complicações em decorraªncia do COVID.

Dados do Office for National Statistics sugerem que 29% dos pacientes hospitalizados devido ao COVID-19 são readmitidos em seis meses e mais de 12% morrem no mesmo período.

HEAL-COVID significa Ajudando a Aliviar as consequaªncias de longo prazo do COVID-19 e éfinanciado pelo National Institute for Health Research (NIHR) e pelo NIHR Cambridge Biomedical Research Center. Ele testara¡ uma sanãrie de medicamentos seguros existentes em pacientes em todo o Reino Unido, a fim de encontrar tratamentos eficazes.  

A lider do estudo, Dra. Charlotte Summers, da University of Cambridge and Addenbrooke's Hospital, disse: "Tendo sobrevivido ao trauma de ser hospitalizado com COVID-19, muitos pacientes voltam ao hospital com complicações novas ou de longo prazo.

“Infelizmente, muitos morrem nos meses após a alta. Este estudo éo primeiro desse tipo a examinar quais drogas podera­amos usar para reduzir o impacto devastador sobre os pacientes”.

O estudo estãosendo conduzido pela Cambridge University Hospitals NHS Foundation Trust e pela University of Cambridge, em colaboração com o Liverpool Clinical Trials Centre da University of Liverpool e a Aparito Limited. 

O HEAL-COVID inscrevera¡ os pacientes quando eles tiverem alta do hospital, após sua primeira admissão para o COVID-19. Eles sera£o randomizados e recebera£o um de dois medicamentos - apixaban e atorvastatina - e seu progresso serámonitorado. Espera-se que um terceiro medicamento seja introduzido no estudo por recomendação do Painel Consultivo Terapaªutico COVID do Reino Unido nas próximas semanas.

O professor Carrol Gamble, Diretor do Liverpool Clinical Trials Centre, disse: “Esta éuma excelente oportunidade para ajudar as pessoas na fase pa³s-aguda do COVID-19. O estudo foi projetado para nos permitir remover ou adicionar opções de tratamento em resposta aos resultados dos pacientes. Todos os esforços foram feitos para projetar o ensaio para minimizar a carga sobre a equipe do NHS e os pacientes e representa uma verdadeira abordagem de equipe para a ciência ”

O diretor médico do NHS, Professor Stephen Powis, disse: “O NHS liderou a pesquisa que identifica a dexametasona como o primeiro tratamento no mundo para COVID-19 e este último ensaio pode ajudar a descobrir novos tratamentos para as sequelas do COVID, ajudando a obter rapidamente terapias lideres mundiais para nossos pacientes.

“Long COVID pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de alguém , e éexatamente por isso que, além de financiar pesquisas sobre a doena§a, o NHS investiu milhões na abertura de dezenas de cla­nicas dedicadas para ajudar as pessoas a voltarem a ter uma boa saúde."

Lord Bethell, Ministro da Inovação, disse: “O Reino Unido élider mundial no desenvolvimento de tratamentos que salvam vidas em resposta a  pandemia e este ensaio cla­nico émais uma prova disso. a‰ vital que continuemos nossa busca pelos melhores tratamentos para COVID-19, principalmente para prevenir que as pessoas desenvolvam complicações de longo prazo após adoecerem.

“Plataformas de testes clínicos como HEAL estãomostrando como designs inovadores podem significar que podemos alcana§ar apenas os candidatos certos, de forma rápida e enfa¡tica. Sou imensamente grato aos incra­veis cientistas e clínicos da Universidade de Cambridge que estãoimpulsionando este trabalho que salva vidas, que desempenhara¡ um papel crítico em colocar esta pandemia para trás. ”

Adaptado de um comunicado a  imprensa da Cambridge University Hospitals NHS Foundation Trust

 

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