Saúde

A infecção prévia por SARS-CoV-2 resgata as respostas das células B e T a s variantes após a primeira vacina
Uma única dose da vacina aumenta a protea§a£o contra as variantes do coronava­rus SARS-CoV-2, mas apenas naquelas com COVID-19 anterior, concluiu um estudo.
Por Imperial College London - 30/04/2021


Micrografia eletra´nica de varredura colorida de uma canãlula moribunda (azul) fortemente infectada com SARS-CoV-2 (amarelo), o va­rus que causa o COVID-19. Crédito: NIAID Integrated Research Facility, Fort Detrick, Maryland.

Uma única dose da vacina aumenta a proteção contra as variantes do coronava­rus SARS-CoV-2, mas apenas naquelas com COVID-19 anterior, concluiu um estudo.

Naqueles que não foram previamente infectados e atéagora receberam apenas uma dose da vacina, a resposta imune a s variantes preocupantes pode ser insuficiente.

As descobertas, publicadas hoje na revista Science e lideradas por pesquisadores do Imperial College London, Queen Mary University of London e University College London, analisaram as respostas imunola³gicas em profissionais de saúde do Reino Unido em hospitais Barts e Royal Free após sua primeira dose do Pfizer / Vacina BioNTech.

Eles descobriram que as pessoas que tinham anteriormente infecção leve ou assintoma¡tica aumentaram significativamente a proteção contra as variantes de Kent e da áfrica do Sul, após uma única dose da vacina de mRNA. Naqueles sem COVID-19 anterior, a resposta imune foi menos forte após a primeira dose, potencialmente deixando-os em risco de variantes.

A professora Rosemary Boyton, professora de Imunologia e Medicina Respirata³ria do Imperial College London, que liderou a pesquisa, disse: "Nossas descobertas mostram que pessoas que receberam sua primeira dose da vacina e que não foram previamente infectadas com SARS-CoV-2 , não estãototalmente protegidos contra as variantes circulantes de preocupação. Este estudo destaca a importa¢ncia de obter uma segunda dose da vacina para proteger a população. "

Amostras de sangue foram analisadas quanto a  presença e na­veis de imunidade contra a cepa original do SARS-CoV-2, bem como as variantes Kent (B.1.1.7) e áfrica do Sul (B.1.351) de preocupação. Junto com os anticorpos - as protea­nas em forma de Y que se aderem ao va­rus e ajudam a bloquear ou neutralizar a ameaça - os pesquisadores também se concentraram em dois tipos de gla³bulos brancos: células B , que "lembram" o va­rus; e células T, que ajudam a memória das células B e reconhecem e destroem as células infectadas com coronava­rus.

Eles descobriram que, após uma primeira dose da vacina, a infecção anterior estava associada a uma resposta de células T, células B e anticorpos neutralizantes reforçados, o que poderia fornecer proteção eficaz contra SARS-CoV-2, bem como as variantes de Kent e da áfrica do Sul.
 
No entanto, em pessoas sem infecção prévia por SARS-CoV-2, uma única dose de vacina resultou em na­veis mais baixos de anticorpos neutralizantes contra SARS-CoV-2 e as variantes, potencialmente deixando-os vulnera¡veis ​​a  infecção e destacando a importa¢ncia da segunda dose da vacina.

A equipe analisou duas variantes preocupantes, no entanto, eles acreditam ser possí­vel que os resultados se apliquem a outras variantes em circulação, como as variantes do Brasil (P.1) e da andia (B.1.617 e B.1.618).

Ainda não estãoclaro exatamente quanta proteção éoferecida pelas células T. Curiosamente, as mutações nas variantes de Kent e da áfrica do Sul resultaram na imunidade das células T, que poderia ser reduzida, aumentada ou inalterada em comparação com a cepa original, dependendo das diferenças genanãticas entre as pessoas.

O professor Boyton comentou: "Nossos dados mostram que a infecção natural por si são pode não fornecer imunidade suficiente contra as variantes. O reforço com uma única dose de vacina em pessoas com infecção anterior provavelmente sim. Amedida que novas variantes continuam a surgir, éimportante acelerar o lana§amento global de vacinas para reduzir a transmissão do va­rus e remover as oportunidades para o surgimento de novas variantes. "

O professor Danny Altmann, professor de imunologia da Imperial, comentou: "Em um momento de melhoria geral das perspectivas nospaíses com programas substanciais de implantação de vacinas, este estudo nos lembra da necessidade de estarmos vigilantes sobre a ameaça das variantes. A maioria das pessoas vacinadas em o Reino Unido recebeu apenas uma dose. Embora saibamos que isso oferece proteção nota¡vel contra o va­rus original, nossos dados sugerem que isso deixa as pessoas suscetíveis a variantes preocupantes. "

A professora aine McKnight, da Queen Mary University of London, disse: "Nosso estudo oferece uma garantia e um alerta. Mostramos que as vacinas atuais oferecem alguma proteção contra variantes preocupantes. No entanto, pessoas que receberam apenas o primeiro curso de uma vacina de dose dupla mostram uma resposta imunola³gica mais silenciosa. Precisamos garantir que o programa global de vacinação seja totalmente implementado. Os eventos atuais na andia tornam dolorosamente claro o custo da complacaªncia. "

O professor James Moon, da University College London e Barts, disse: "Esses resultados representam a ciência colaborativa no seu melhor entre hospitais, universidades e órgãos paºblicos, fornecendo resultados oportunos importantes para informar políticas e estratanãgias."

 

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