Saúde

O contato pele a pele imediato após o nascimento melhora a sobrevivaªncia de bebaªs prematuros
O contato pele a pele conta­nuo entre o bebaª e a ma£e, ou
Por Karolinska Institutet - 26/05/2021


Doma­nio paºblico

O contato pele a pele conta­nuo, comea§ando imediatamente após o parto, mesmo antes de o bebaª estar estabilizado, pode reduzir a mortalidade em 25% em bebaªs com muito baixo peso ao nascer. Isso de acordo com um estudo empaíses de baixa e média renda coordenado pela OMS por iniciativa de pesquisadores do Karolinska Institutet publicado no The New England Journal of Medicine .

O contato pele a pele conta­nuo entre o bebaª e a ma£e, ou "cuidado ma£e-canguru" (KMC), éuma das maneiras mais eficazes de prevenir a mortalidade infantil em todo o mundo. A recomendação atual da Organização Mundial da Saúde (OMS) éque o contato pele a pele deve comea§ar assim que um bebaª de baixo peso estiver suficientemente esta¡vel, o que para aqueles com peso inferior a 2 kg ao nascer normalmente leva vários dias.

"A ideia de proporcionar contato pele a pele imediatamente após o parto para bebaªs muito pequenos e insta¡veis ​​encontrou uma resistência bastante forte, mas cerca de 75 por cento das mortes ocorrem antes de o bebaª ser considerado suficientemente esta¡vel", disse Nils Bergman, médico e pesquisador no Departamento de Saúde da Mulher e da Criana§a, Karolinska Institutet, Suanãcia, e um dos iniciadores do estudo.

O novo estudo, financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates e liderado pela OMS, examinou se o Manãtodo Ma£e Canguru imediato, iKMC, após o parto leva a taxas de sobrevivaªncia ainda melhores para bebaªs com peso ao nascer de 1 a 1,8 kg em criana§as com baixo epaíses de renda média . O estudo foi conduzido em cinco hospitais universita¡rios em Gana, andia, Malawi, Niganãria e Tanza¢nia, onde a mortalidade desses bebaªs, antes do estudo, variou entre 20 e 30 por cento.

Para melhorar e alinhar os cuidados o ma¡ximo possí­vel entre os hospitais do estudo antes do ini­cio do estudo, foi fornecido treinamento em cuidados neonatais ba¡sicos e foi adquirido equipamento ba¡sico para medir os na­veis de oxigaªnio dos bebaªs e fornecer ventilação assistida. Os hospitais participantes também foram treinados para o contato pele a pele seguro para bebaªs insta¡veis. Os pesquisadores KI, apoiados por um colega da Universidade de Stavanger, Noruega, foram responsa¡veis ​​pelo treinamento e, por meio de visitas frequentes aos locais de estudo, pela garantia da qualidade dos cuidados ba¡sicos em ambos os grupos e da técnica iKMC no grupo intervenção.

No estudo, 3.211 bebaªs foram distribua­dos aleatoriamente em dois grupos, um que recebeu iKMC e contato conta­nuo pele a pele na unidade neonatal, onde as ma£es também receberam seus cuidados médicos, e um grupo de controle que recebeu cuidados padra£o, por meio do qual as ma£es e os bebaªs são cuidados em unidades separadas e são são reunidos durante a alimentação infantil. Assim que os bebaªs se estabilizaram o suficiente, ma£es e bebaªs de ambos os grupos foram transferidos para a unidade regular de MMC. Durante as primeiras 72 horas, os bebaªs do grupo iKMC receberam aproximadamente 17 horas de contato pele a pele por dia, em comparação com 1,5 horas no grupo de controle.
 
A mortalidade durante os primeiros 28 dias foi de 12 por cento no grupo iKMC em comparação com 15,7 por cento no grupo de controle, o que corresponde a uma redução de 25 por cento. Houve também um número significativamente menor de bebaªs no grupo iKMC com temperatura corporal baixa ou envenenamento sangua­neo por bactanãrias.

"A mensagem principal éque os recanãm-nascidos de baixo peso devem receber contato pele a pele imediatamente após o nascimento e, posteriormente, em uma unidade de cuidados materno-infantis, onde ma£es e bebaªs são cuidados juntos sem a necessidade de separação", disse Bja¶rn Westrup, consultor e pesquisador do Departamento de Saúde da Mulher e da Criana§a, Karolinska Institutet e co-iniciador do estudo com Nils Bergman. "Nossos resultados sugerem que esse modelo de atendimento, que por si são não exige muitos recursos, pode ter efeitos significativos para a saúde."

Os pesquisadores estimam que o iKMC tem o potencial de salvar a vida de mais 150.000 pequenos recanãm-nascidos a cada ano.

"Manter a ma£e e o bebaª juntos desde o nascimento, com separação zero, vai revolucionar a forma como o cuidado intensivo neonatal épraticado para bebaªs nascidos cedo ou pequenos", disse o Dr. Rajiv Bahl, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento de Saúde Materna e Neonatal da OMS e o coordenador do estudo. "Este estudo ilustra que o cuidado ma£e-canguru tem o potencial de salvar muito mais vidas se for iniciado imediatamente após o nascimento, uma descoberta com releva¢ncia parapaíses de todos os na­veis de renda."

A OMS estãorevisando suas recomendações atuais sobre o cuidado materno-canguru, publicadas em 2015, a  luz de novas evidaªncias. A OMS recomenda KMC para todos os bebaªs, mas o novo estudo fornece evidaªncias importantes sobre o papel salvador de vidas do KMC imediato para bebaªs pequenos insta¡veis .

 

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