Saúde

Pode ser tarde demais para interromper a variante Delta e obter imunidade coletiva
As primeiras estimativas em 2020 de qual porcentagem da populaa§a£o precisaria ser imune a  infeca§a£o para alcana§ar a imunidade de rebanho oscilavam entre 70 e 80 por cento.
Por Tanner Stening - 16/03/2021


Crédito: Unsplash 

Com uma variante altamente contagiosa do COVID-19 se espalhando rapidamente pelos Estados Unidos, a imunidade coletiva - antes anunciada como a saa­da para a pandemia - pode não ser mais uma possibilidade, dizem vários especialistas nordestinos.

O conceito de imunidade de rebanho foi oferecido por especialistas em saúde como um ponto de inflexa£o amplamente tea³rico, mas importante na pandemia de COVID-19. Mas a esperana§a de que os EUA possam alcana§ar essa massa cra­tica de proteção, seja por vacinação ou infecção natural, começou a diminuir, em grande parte devido a  variante Delta, diz Mansoor Amiji, professor ilustre da Northeastern University nos departamentos de ciências farmacaªuticas e engenharia química.

"Na minha opinia£o, o conceito de imunidade coletiva não existe mais", disse Amiji.

As primeiras estimativas em 2020 de qual porcentagem da população precisaria ser imune a  infecção para alcana§ar a imunidade de rebanho oscilavam entre 70 e 80 por cento. Mas esse limite aumentou desde então, a  medida que mais variantes infecciosas começam a circular.

Agora que os casos estãoaumentando em todo opaís novamente por causa da alta transmissibilidade da variante Delta, mesmo com mais da metade da população dos EUA totalmente vacinada, éhora de as autoridades de saúde repensarem o "fim do jogo" da pandemia, diz Neil Maniar, professor do prática e diretora do programa de Mestrado em Saúde Paºblica em Saúde Urbana do Nordeste.

E isso significa eliminar a imunidade coletiva - o que ajudou a informar as metas de vacinação para cidades e vilas em todo opaís - como uma medida de progresso, diz Maniar.

“Nãoacho que a imunidade de rebanho deva mais ser nosso foco”, diz Maniar. “Estamos vendo agora que mesmo em uma população amplamente vacinada, vocêainda pode ter se espalhado, e isso desafia um dos principais objetivos da imunidade de rebanho”.

O objetivo agora, diz Maniar, deve ser continuar os esforços para controlar as taxas de infecção . Isso significa mascarar e insistir para que as pessoas continuem a tomar a vacina, que Maniar diz "oferece um grau de proteção mais alto do que a imunidade natural".

Embora as vacinas ainda oferea§am imunidade robusta contra a variante Delta, são menos eficazes contra a mutação do que as versaµes anteriores do coronava­rus, diz Maniar. Ainda assim, as taxas das chamadas "infecções emergentes" são muito baixas e as comunidades com taxas de vacinação mais altas estãovendo menos disseminação - outra indicação de que as vacinas estãoajudando a conter a transmissão, diz Maniar.
 
Mas, enquanto a Pfizer e a Moderna trabalham em vacinas de reforço projetadas para combater a variante Delta, os especialistas ainda estãotentando entender quanto tempo dura a imunidade baseada na vacina ou infecção. Ainda mais preocupante éo fato de que pessoas totalmente vacinadas ainda podem transmitir a infecção para outras, mesmo que não adoea§am, diz Maniar.

“a‰ importante que entendamos o ma¡ximo que pudermos sobre cada uma dessas variantes, porque elas não ira£o embora”, diz ele.

Em todo opaís, os casos dia¡rios tem sido cerca de 10 vezes maiores nos últimos dias do que em junho, e as hospitalizações estãoem seu ponto mais alto desde fevereiro. Surtos de vera£o, como o de Provincetown, Massachusetts, vinculado a s comemorações do 4 de julho, forneceram a especialistas uma visão sobre a transmissibilidade da variante Delta, diz Maniar.

A velocidade com que a mutação, que surgiu pela primeira vez na andia, estãose enraizando nos Estados Unidos éum sinal de que "estamos enfrentando um novo tipo de ameaa§a", diz Maniar.

"Na³s realmente não podemos baixar a guarda", diz ele, observando que outra variante COVID-19 - a variante Lambda - estãocomea§ando a "disputar os holofotes".

Tambanãm éimportante que as autoridades de saúde dos EUA continuem a expandir seu pensamento sobre as políticas de controle de infecção para além das fronteiras dopaís, onde várias das variantes altamente contagiosas surgiram pela primeira vez, diz Amiji.

“Na³s realmente precisamos ter uma mentalidade mais global”, diz Amiji. "Mesmo se tivermos muito sucesso em nosso programa de vacinação, as variantes podem vir de outros lugares e prejudicar esse progresso."

E eles tem. O va­rus agora estão"mudando constantemente", tanto que estãotornando a imunidade coletiva uma meta inatinga­vel, diz Amiji.

“A coisa mais importante neste momento éter certeza de que o maior número possí­vel de americanos, e tantas pessoas em todo o mundo, sejam vacinados”, diz ele.

 

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