Saúde

Para sentar menos e promover o envelhecimento sauda¡vel, a inteligaªncia artificial pode ser a chave
Novas orientações começam a alertar sobre o impacto que ficar sentado regular e prolongado tem sobre a saúde a longo prazo, levando a uma onda de pesquisas que procuram os efeitos prejudiciais desse comportamento cotidiano.
Por Tanner Stening - 20/08/2021


O aluno de graduação Diego Arguello estãotrabalhando em um estudo financiado pelo
Instituto Nacional do Envelhecimento para ajudar a melhorar e manter a atividade física e a preparação física em adultos mais velhos usando IA. Crédito: Matthew Modoono / Northeastern University

Todos nossabemos que ficar sentado por longos períodos afeta nossa saúde e bem-estar - e não de maneira benanãfica.

a‰ por isso que pesquisadores nordestinos estãoestudando como fazer as pessoas sentarem menos e se movimentarem mais ao longo do dia. Diego Arguello, um estudante de doutorado que trabalha no Laborata³rio de Ciência do Exerca­cio da Northeastern, estãorealizando um ensaio cla­nico financiado pelo National Institute on Aging que analisa o uso de inteligaªncia artificial e humana para ajudar a combater o que se tornou uma epidemia de sedentarismo na vida moderna ligada a morte prematura e problemas de saúde .

Desde que os Centros de Controle e Prevenção de Doena§as começam a emitir diretrizes de exerca­cios para ajudar os americanos a se manterem em forma, hámais de uma década, eles permaneceram relativamente inalterados: cerca de meia hora de exerca­cios estruturados de intensidade "moderada a vigorosa", cinco dias por semana, Arguello diz.

“Esse éo tipo de prescrição genanãrica para prevenção de doenças crônicas e envelhecimento sauda¡vel”, diz ele.

Desde então, novas orientações começam a alertar sobre o impacto que ficar sentado regular e prolongado tem sobre a saúde a longo prazo, levando a uma onda de pesquisas que procuram os efeitos prejudiciais desse comportamento cotidiano.

Arguello diz que mesmo aqueles que seguem as recomendações de exerca­cios dia¡rios do CDC, mas ficam sentados por longos períodos durante o dia, correm um risco maior de doença do que aqueles que cumprem as recomendações e se sentam menos.

O problema, diz ele, éque ainda não existem prescrições de como se sentar menos.

Antes de embarcar no teste, Arguello e outros pesquisadores do Nordeste conduziram um teste separado testando mesas de descanso e esteira nos escrita³rios administrativos do Hospital Geral de Massachusetts. Os resultados ajudaram a informar alguns dos objetivos do ensaio em andamento.

"Descobrimos que vocêpode dar a alguém uma modificação no escrita³rio para sugerir que interrompa o tempo sentado, mas se não houver essa motivação ou, digamos, treinamento ao longo do caminho, ela tende a cair", diz ele. "Então, de repente, eles estãode volta aos seus velhos ha¡bitos."

A abordagem do grupo élidar com a motivação e ajudar seus participantes a remover as barreiras para fazer alguma atividade física ao longo do dia. Isso pode significar vários minutos de agachamento em sua estação de trabalho, alongamento, uma curta caminhada ao ar livre ou apenas pausas mais frequentes que incluem levantar da cadeira e se movimentar.
 
O estudo se concentra em adultos com mais de 60 anos.

Um equa­voco comum sobre como alcana§ar a saúde e o condicionamento fa­sico ideais, diz Arguello, éque isso requer uma academia ou um compromisso de tempo estruturado. Outro equa­voco: para se proteger contra doenças crônicas, vocêprecisa de um corpo fa­sico de tanquinho. Um terceiro: vocênão estãofazendo direito, a menos que esteja dolorido.

“O que eu gosto de dizer aos meus entrevistados éque não pense em atividade física ou exerca­cio como algo formal que vocêtem que planejar”, ​​diz Arguello. "Para ser fisicamente ativo, não preciso planejar uma hora do meu dia para fazer uma longa caminhada, andar de bicicleta ou nadar."

a‰ aqui que entram a tecnologia e a IA. Os pesquisadores monitoram remotamente as atividades dos participantes usando um acelera´metro que detecta o movimento para medir o quanto ativos eles estãoao longo do dia. Os dispositivos semelhantes ao Fitbit foram desenvolvidos com algoritmos proprieta¡rios por pesquisadores do Northeastern's mHealth Group e do BouvéCollege of Health Sciences.

Os sensores, que os participantes usam em seus pulsos, alimentam dados de movimento de Arguello que indicam certos comportamentos, como períodos de sentar, caminhar, ficar em panã, andar de bicicleta e dormir.

Em seguida, Arguello e sua equipe verificam os participantes ao longo do dia para ajuda¡-los a cumprir suas metas de condicionamento fa­sico, conforme definido por contagens de passos ou alguma outra manãtrica personalizada. Essas conversas são uma parte cra­tica do trabalho de Arguello 一 para socializar o processo de ser mais ativo ao longo do dia e capacitar os indivíduos a ter mais controle sobre seu bem-estar fa­sico e mental.

A automatização de ferramentas de saúde e bem-estar já estãobem encaminhada 一 e épraticamente sua própria indaºstria, diz Arguello. Basta olhar para o dilaºvio de aplicativos de smartphones que oferecem de tudo, desde meditações guiadas a medições biomanãtricas quase precisas de uma variedade de funções corporais.

Mas sem "racioca­nio humano e solução de problemas" para complementar o trabalho da IA, Arguello diz que algumas dasmudanças comportamentais que ele estãovendo entre os participantes do ensaio não seriam possa­veis.

“As pessoas estãocomunicando que estãoaprendendo muito sobre como ser fisicamente ativo e como incorporar (exerca­cios) em suas vidas de maneiras que nunca pensaram ser possa­veis”, diz Arguello.

 

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