Saúde

Cientistas de Yale relevam caminho molecular para drogas mais inteligente contra o câncer de mama
As descobertas em Yale fornecem novos insights sobre o comportamento desse tipo de câncer de mama, revelando a via molecular de uma única protea­na-chave e identificando um meio de direciona¡-la para terapia.
Por Jon Atherton - 21/04/2021


Uma nova pesquisa em Yale revelou grandes diferenças nos tipos agressivos de câncer de mama e o potencial para tratamentos mais inteligentes para as pacientes.

O câncer de mama triplo-negativo, que tem uma baixa taxa de sobrevivaªncia e falta de biomarcadores moleculares aºteis - protea­nas especa­ficas que sinalizam a presença da doença - estãoentre os subtipos de câncer de mama mais agressivos.

Publicadas na edição de agosto da Cancer Research , as descobertas em Yale fornecem novos insights sobre o comportamento desse tipo de câncer de mama, revelando a via molecular de uma única protea­na-chave e identificando um meio de direciona¡-la para terapia.

Liderada por Jesse Rinehart, professor associado de fisiologia celular e molecular, a pesquisa teve uma abordagem em duas etapas, aproveitando novos conhecimento da biologia de células cancerosas do laboratório e testa¡-la por meio de modelos de camundongos e amostras de pacientes para prever uma nova estratanãgia terapaªutica adaptada a pacientes individuais.

Nesta imagem de uma amostra de paciente arquivada, os realces verdes
mostram o tumor (acima), os realces vermelhos
mostram o marcador (abaixo).

Em parceria com David Rimm, professor do Departamento de Patologia, a equipe primeiro analisou amostras arquivadas de pacientes para desenvolver um marcador - um anticorpo especa­fico que reconhece a forma modificada da protea­na alvo piruvato quinase M2 (PKM2) em um ambiente de canãlula tumoral.

“Ao mapear a presença de PKM2 modificado, descobrimos que ele atua como um sinal de doença agressiva em certos tipos de câncer de mama”, disse Maria Apostolidi, pa³s-doutoranda associada no Rinehart Lab e primeira autora do estudo. “Conseguimos então associar a quantidade e localização da protea­na dentro da canãlula a  gravidade da doença e ao resultado potencial.”

Ao fazer um anticorpo para rotular PKM2 modificado, os cientistas identificaram efetivamente um biomarcador de 'assinatura' para câncer de mama triplo-negativo e com ele a oportunidade de dar o pra³ximo passo importante: testar novas estratanãgias terapaªuticas em um sistema vivo.

“Nossos experimentos mostraram que este biomarcador em particular estava hiperativo neste tipo de canãlula cancerosa”, explicou Rinehart, um membro do corpo docente do Instituto de Biologia de Sistemas de Yale . “E quando vocêidentifica uma boa via de destino, pode encontrar maneiras de desliga¡-la seletivamente e matar a canãlula cancerosa.”

Com o apoio da Lion Heart Foundation e do Yale Cancer Center, a equipe de pesquisa trabalhou com Viswanathan Muthusamy no Yale Center for Precision Cancer Modeling para testar as estratanãgias de direcionamento do câncer em camundongos com câncer de mama humano. Os cientistas reaproveitaram duas drogas diferentes - uma que "desligou" a via de ativação do biomarcador e outra que se ligou a  própria protea­na.

Eles descobriram que a estratanãgia de tratamento em ratos reduziu o crescimento do tumor e reduziu o biomarcador, como previsto. Outras experiências em células de câncer de mama triplo-negativas mostraram que a combinação de drogas pode reduzir a sobrevivaªncia das células cancerosas e, ao mesmo tempo, seu potencial de invasão.

“Somos gratos a todos os nossos parceiros neste trabalho”, continuou Rinehart. “O potencial de futuros ensaios para testar esta terapia combinada émotivo para otimismo de que estamos nos aproximando de drogas reais que ajudam as pessoas a combater o câncer de mama agressivo.”

Além do programa Lion Heart, a pesquisa foi apoiada pela Cancer Systems Biology em Yale, um programa financiado pelo National Cancer Institute CA209992.

 

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